quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A FILOSOFIA DE SÓCRATES
Sócrates nasceu em Atenas, em 470 a.C. e morreu em 399 a.C. Era filho de um escultor e de uma obstetriz. Não fundou nenhuma escola, como muitos outros filósofos. Realizou seus ensinamentos em locais públicos (nos ginásios, nas praças públicas, etc,). Exerceu um imenso fascínio sobre os jovens e sobre os homens de todas as idades, o que lhe custou inúmeras aversões e inimizades.
Sócrates é considerado o maior filósofo de todos os tempos e o divisor da filosofia. São celebres suas frases: “Sei que nada sei” e “Conheça a ti mesmo”. Sócrates disse assim, por considerar que muitas pessoas diziam saber de tudo e percebeu que muitas pessoas não se conheciam.
Sócrates não escreveu nada, considerando que sua mensagem fosse transmitida pela palavra viva, através do diálogo e da “oralidade dialética”.

A Descoberta da Essência do Homem
Os naturalistas procuraram responder as questões sobre a natureza. Sócrates, por sua vez concentrou definitivamente seu interesse sobre o homem. Ele procurou responder qual é a realidade última do homem, realizando com isso uma revolução no pensamento de sua época, principalmente no tradicional quadro de valores.

Sócrates e o Conceito de Liberdade
Para Sócrates, o verdadeiro homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos e o homem escravo é aquele que, não sabendo dominar seus instintos, torna-se vítima deles.

Sócrates e o Conceito de Felicidade
Sócrates dizia que a felicidade não pode vir das coisas exteriores do corpo, mas somente da alma, porque esta é a sua essência. Para ele, quem é virtuoso é feliz, ao passo que o malvado e o injusto é infeliz. Ele afirma que o homem pode ser feliz em qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade.

Trabalho nº 1
1-Caracterizar o nascimento do filósofo Sócrates.
2-Onde Sócrates realizou seus ensinamentos?
3-O que significa dizer que Sócrates exerceu um imenso fascínio sobre as pessoas de todas as idades?
4-Citar as duas frases célebres de Sócrates, comentando sobre seus significados.
5-Defina os termos: palavra viva, diálogo e oralidade dialética.
6-Comente sobre o quadro de valores apresentado por Sócrates e dê sua opinião.
7-Comente sobre as virtudes de que fala Sócrates.
8-Sócrates afirma que ninguém erra por sua própria vontade. Quem faz o mal, faz por ignorância do bem. Dê sua opinião.
9-Qual é o verdadeiro homem livre e o homem escravo para Sócrates.
10- Comente sobre o conceito de felicidade apresentado por Sócrates.
11- Na sua opinião, a liberdade e a felicidade existem. Dê sua opinião.
12- Para Sócrates, o homem pode ser feliz qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. Comente e dê sua opinião.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

INSTITUIÇÕES SOCIAIS

Instituição social é um conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que têm grande valor social. São os modos de pensar, de sentir e de agir que a pessoa encontra preestabelecidos e cuja mudança se faz muito lentamente, com dificuldade.
As principais instituições sociais são: a Família, a Escola, a Igreja e o Estado(instituição jurídica,econômica e política).
As instituições sociais servem principalmente como um meio para a satisfação das necessidades da sociedade. Nenhuma instituição surge sem que tenha surgido antes uma necessidade. Mas, além desse papel as instituições sociais cumprem também o de servir de instrumento de regularização e controle das atividades do homem.

TRABALHO
1-Defina Instituição Social.
2-Diferencie instituição social de grupo social.
3-Cite as 4 principais instituições de nossa sociedade.
4-Sabemos que as instituições sociais servem como um meio para a satisfação das necessidades sociais. Justifique esta afirmação.
5-Como as instituições sociais servem de regulamento e de controle das atividades do homem?

A FAMÍLIA
A família é o mais antigo e o mais importante grupo social; é formada por um grupo de pessoas unidas por laços de parentesco.

Funções da família:
Função procriativa: consiste gerar filhos, garantindo a expansão e preservação da espécie humana.
Função educativa: consiste no dever dos pais de prestar ensinamentos aos filhos, transmitindo-lhes os fundamentos da vida em sociedade. Dizia Planiol: “No colo de uma mãe é que se forma o que há de maior e mais útil ao mundo: um homem honesto”.
Função emocional: consiste no equilíbrio psicológico proporcionado ao individuo mediante o clima de amor que deve existir entre marido e mulher, transmitindo-se dos pais para os filhos.
Função econômica: consiste no trabalho dos pais a fim de garantir à família uma vida materialmente digna. Essa função não diz respeito a um dever apenas dos pais, pois cabe ao Estado proteger solidariamente a família, melhorando, entre outras coisas, a condição social do trabalhador.

Trabalho
1-O que você acha da afirmação de que a Família e o mais antigo e o mais importante dos grupos sociais.
2-Citar as 4 funções da família, especificando cada uma delas.
3-Citar frase do sociólogo Planiol sobre a família.
4-Comente: A função econômica não diz respeito a um dever apenas dos pais, pois, cabe ao Estado proteger solidariamente a família, melhorando, entre outras coisas, a condição social da pessoa.
5-O que você acha da afirmação de que a família é a “célula mãe” da sociedade?
6-Na sua opinião, as famílias que temos na sociedade estão cumprindo seu papel? Justifique sua resposta.
7-Como é que você vê a organização das famílias na sociedade?Explique.
8-Na sua opinião, o que ajuda e o que dificulta na organização das famílias.
9-Cite as 4 funções principais da família.
10-Na sua opinião, das 4 funções que a família tem na sociedade existe uma função mais importante do que a outra? Explique.

A ESCOLA
A escola é uma instituição social porque tem estrutura própria e permanente, e o relacionamento entre seus membros é regido por normas e leis.
O objetivo da escola é educar e dar oportunidade ao individuo de adquirir cultura.
As entidades educacionais podem pertencer às entidades publicas, particulares, entidades confessionais e instituição não governamentais de natureza diversa.
As publicas são as mantidas pelos Poderes Políticos: municipais, estaduais e federais.
As escolas particulares são mantidas pela iniciativa particular.
É dever do Poder Político e a iniciativa particular a cooperação para oferecer educação de qualidade a todas as pessoas.
A escola moderna se dedica à educação integral do homem. Isto significa que a escola não deve oferecer aos seus alunos apenas formação intelectual. Juntamente com a educação intelectual a escola deve possibilitar o desenvolvimento integral do homem.

Trabalho
1-De acordo com o texto, que tipo de instituição é a família.
2- Na sua opinião, a Escola está cumprindo sua função na sociedade.
3-Diferencie Escola pública e Escola particular.
4-Quem mantem as escolas públicas.
5-Quem mantem as escolas particulares.
6-O que significa dizer que a função da escola é educar e dar oportunidade as pessoas de adquirirem cultura.
7-É dever de quem trabalhar em cooperação para oferecer educação a todas as pessoas.
8-O que significa dizer que a escola moderna se dedica à educação integral da pessoa.
9- Na sua opinião, o que precisa mudar no ensino brasileiro?
10-O ensino que temos é de boa qualidade? Comente



A IGREJA
A Igreja é uma instituição Social porque tem estrutura própria e permanente e o relacionamento entre os seus membros é regido por normas ou leis.
Igreja não é somente o lugar onde se realizam os rituais religiosos, é também o conjunto de pessoas unidas pela mesma crença.
Todas as sociedades conhecem alguma forma de religião. A religião é um fato social universal, sendo encontrada em toda parte e desde os tempos mais remotos.
Ao longo da História apareceram muitas formas de manifestação religiosa. Das religiões que surgiram, algumas desapareceram e outras existem até hoje, congregando milhões e milhões de fiéis. A crença em algum tipo de divindade e o sentimento religioso são acontecimentos generalizados em todas as sociedades.
Desde as antigas civilizações, percebe-se o culto sobrenatural como algo muito importante, mostrando que o espírito de religiosidade acompanha o homem desde os primórdios. Cada povo tem sua cultura própria, tem o culto ao sobrenatural como motivo de estabilidade social e de obediência às normas sociais.

Trabalho
1-A igreja é somente o lugar onde se realizam os rituais religiosos. Justifique.
2-O filósofo Karl Mark dizia que “A religião é o ópio ( uma anestesia) do povo”. O que você acha da afirmação?
3-Há outro provérbio que diz que “A religião é o freio da humanidade”. Qual é a sua opinião?
4-Se você pudesse o que você mudaria dentro da sua igreja?
5-O que você mais admira dentro da sua igreja?
6-Qual o conselho que você daria para as pessoas que não tem nenhuma religião.
7-Cite nome de pelo menos dez religiões.
8-Qual é a religião com maior número de adeptos no mundo, hoje.

O ESTADO
Estado é a forma pela qual se organiza uma nação, visando o alcance dos seus objetivos.
O Estado é essencialmente um agente de controle social. Difere de outras instituições – como a família e a igreja, que também exercem controle – medida em que tem poder para regular as relações entre todos os membros da sociedade.
O Estado constitui-se de três elementos:
Território - é a base física do Estado, sobre a qual exerce sua jurisdição;
População – é composta pelos habitantes do território;
Governo – é o grupo de pessoas colocadas à frente dos órgãos fundamentais do Estado e que em seu nome exercem o poder público.

Estado, Nação e Governo
Estado é diferente de nação. A nação é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, valores.
Estado é uma instituição social permanente, e o governo é um elemento Como o Estado é uma entidade abstrata, que não tem “querer” nem “agir” próprio, o governo (grupo de pessoas) age em seu nome. Por exemplo: a Presidência da República é um órgão fundamental do Estado brasileiro. O Presidente da Republica é que exerce esse cargo; ele age em nome do Estado.
Os Estados modernos possuem três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Trabalho

1-Na sua opinião, o Estado esta cumprindo sua função na sociedade.
.2- Faça a diferenciação entre Estado, Nação e Governo.
3 - Na sua opinião, todo governante é corrupto?Explique.
4-Que sugestões você daria para os governantes governarem com mais dignidade.
O FEUDALISMO
As transformações ocorridas na sociedade com o fim do escravismo não acabou com a exploração econômica e com a opressão política. Os antigos proprietários de escravos se tornaram senhores feudais. Os escravos e uma parte dos soldados se tornaram servos. Nesse novo tipo de sociedade chamada feudalismo, já não havia mais correntes nem chicotadas, mas era o servo que trabalhava e produzia na terra, enquanto o fruto de seu trabalho era apropriado pelo senhor feudal, pelo menos a maior fatia.
O Feudo era uma grande extensão de terra pertencente a um senhor. Esse senhor feudal concedia pedaços de terra para os servos plantarem e produzirem os alimentos necessários à sua sobrevivência. Mas boa parte de sua produção tinha que ser destinada ao senhor.
Além disso, o servo tinha que deixar sua roça três ou quatro dias da semana e ir cultivar outras terras do senhor. O servo estava preso à terra e devia total obediência ao senhor feudal.
Cada senhor exercia, no seu feudo, o poder econômico, político, militar e judicial. O rei de cada nação não tinha forças para controlar politicamente todo o Estado, e concedia ao clero e aos nobres esse poder. Os feudos eram auto-suficientes. Produziam tudo o que necessitavam.
Como os servos, ao contrário dos escravos, podiam ficar com uma parte daquilo que produziam, tinham mais interesse no trabalho e a produção sempre crescia.
No feudalismo não havia mais a dominação basicamente pela força. A dominação neste período se apoiava principalmente no controle das idéias. A Igreja Católica teve um papel importante e triste nesta época. Ela foi se tornando uma grande proprietária de terras que recebia dos senhores feudais como doações e heranças. A Igreja chegou a ser a maior proprietária de terras de toda a Europa.
Dessa forma, o clero acabou se aliando à classe dominante, passando a interpretar o Evangelho sempre sob o ponto de vista favorável aos ricos. Os sermões pregavam que, na terra era preciso sofrer para ganhar o reino dos céus. Desse modo, difundiam o conformismo e a aceitação da opressão que era exercida pelos senhores feudais. Além disso, a igreja chegou a vender a “salvação” dos ricos em troca de doações e riquezas. Seu papel foi o de ajudar a manter os privilégios dos poderosos.
Controlando a educação, a igreja espalhou essas idéias favoráveis à dominação. A isso chamamos dominação ideológica. Os padres eram assessores especiais dos nobres e dos reis, dirigindo, assim, indiretamente, o próprio Estado.
No início do feudalismo existia apenas um pequeno comércio. As estradas eram poucas e suas condições de tráfego eram péssimas. Os senhores feudais cobravam altos pedágios dos comerciantes que precisassem atravessar suas terras. Além disso, cada região tinha uma moeda diferente e isso dificultava o comércio.
Aos poucos, com o desenvolvimento do artesanato, as trocas entre os feudos foram se intensificando. Eram formadas feiras nos cruzamentos das estradas, perto dos castelos. Alguns servos abandonavam o trabalho agrícola e passaram a se dedicar cada vez mais ao artesanato, transformando-se em ferreiros, sapateiros, marceneiros, tecelões, etc.
Com o passar dos anos, conforme cresciam as rotas de comércio terrestre, lá pelo fim do primeiro milênio, essas feiras foram se transformando em pequenas cidades que eram chamadas “burgos”. Nos burgos começaram a surgir ricos comerciantes, que eram chamados “burgueses”. O crescimento desses burgos introduziu transformações na sociedade feudal.
Nos feudos, a rígida exploração dos servos também gerou inúmeras fugas e revoltas, principalmente sob a forma de “seitas religiosas hereges”, que desafiavam a linha oficial da igreja.

TRABALHO
1-Sabemos que a passagem do período do escravismo para o feudalismo, não acabou com a exploração econômica, mais houve alguns avanços. O que aconteceu neste período?
2-Qual a diferença do tratamento dos escravos, do período do escravismo e dos servos, do feudalismo?
3-Defina feudo.
4-Qual a justificativa para a expressão “senhor feudal”?
5-Comente sobre os servos.
6-O rei de cada nação não podendo controlar politicamente todo Estado, delegava poderes a certos grupos para fazer o controle. Quem recebia esse poder?
7-Comente sobre o posição assumida pela igreja católica no período do feudalismo.
8-O que você acha da idéia de ter que sofrer aqui na terra para ganhar o reino do céu?
9-Comente sobre a dominação pela força e dominação ideológica.
10- A expressão “burguês” teve sua origem nos burgos das pequenas cidades do final do período do feudalismo. Quem eram os burgueses daquele tempo e quem são os burgueses de hoje?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA
Devido a várias transformações ocorridas no mundo grego após a invasão dos Dórios, com o crescente desenvolvimento do comércio e do artesanato nas ilhas gregas, surgiu um clima propício para a investigação filosófica.
Com a invasão dos Dórios na Grécia, muitos povos foram forçados a migrar para as ilhas e Costa da Ásia Menor. Nestes locais os Jônios fundaram colônias, cidades que transformaram em grandes centros. Eles intensificaram relações com outros povos e deixaram para trás as velhas instituições agrárias e patriarcal.
Houve, nestas novas cidades, o desenvolvimento do comércio, do artesanato e o desenvolvimento da cultura em geral.
A explicação mítica, que até então predominava na cultura do povo já não dava conta de explicar a realidade. É diante desta situação que surgiu um clima proprício para o nascimento da filosofia. Apareceram, então, alguns homens que buscaram de forma racional um princípio para o mundo.
O primeiro filósofo foi Tales, de Mileto. Ele encontrou o princípio de tudo na água. Tales encontrou seu princípio na água por observar que tudo é úmido. Para ele tudo nasce com a água e morre com a ausência dela.
Discípulo de Tales foi Anaximandro. Ele pensava que não deveria colocar como princípio um elemento material, e sim, algo ilimitado e indefinido, “apeíron”, um elemento que é privado de limites, é indeterminado.
Para Anaximandro, de um movimento que é eterno, geraram-se os dois primeiros contrários: frio e calor. Os outros elementos foram também assim formados.
Anaxímenes procurou conciliar os dois anteriores, estabelecendo como princípio o AR. Para ele, o ar se presta melhor as variações ocorridas no mundo. Pelo processo de condensação e rarefação o ar forma a terra, o fogo e o cosmos.
Heráclito, de Éfeso afirma que a realidade é um contínuo devir. Tudo flui. Nada permanece o mesmo. Para ele, um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio, porque nem o rio e nem o homem permanecem o mesmo. Ele determina o fogo como princípio de todas as coisas, porque o fogo é como um raio que governa tudo.
Pitágoras, de Samos, foi outro importante filósofo de sua época. Sua escola nasceu como uma espécie de fraternidade. Buscava o bem comum. Tinha regras precisas de convivência e de comportamento. Suas doutrinas eram em segredo. Ele era muito respeitado por seus companheiros. Sua palavra tinha quase o valor de um oráculo.
Pitágoras encontrou seu princípio nos números. Para ele, todas as coisas derivam dos números e eles derivam de outros elementos. O número é a própria realidade, a natureza de todas as coisas. O número é ordem, constitui um elemento determinante e limitante, ilimitado e indeterminado. Sem os números não se pode pensar e nem dizer nada.
Xenófones, nasceu em Cólofon, na Jônia, por volta de 570 a.C. viajou muito. Foi andarilho dos 25 aos 92 anos. Foi ele quem primeiro tentou responder as questões teológicas e cosmológicas. Criticou o antropormofismo defendido por Homero e Hesíodo. Ele afirma s superioridade da inteligência e da sabedoria sobre a robustez e a força física dos atletas. Para ele, tudo nasce da terra e nela termina. Todas as coisas que nascem e crescem, são terra e água.
Parmênides nasceu em Eléia, na segunda metade do século VI a.C. e morreu em meados do século V a.C. foi um pensador revolucionário e inovador da filosofia da natureza. Foi um político ativo e fundador da escola eleática. Com ele a cosmologia transforma-se em ontologia(teoria do ser).
Parmênides nega o devir de Heráclito. Pôe sua doutrina na boca de uma deusa que lhe mostra três caminhos:
1º - Caminho da verdade absoluta: “O ser é não pode deixar de ser; o não ser não não é e não pode vir a ser de modo nenhum”;
2º - O caminho das opiniões falases – Caminho dos sentidos que é da falsidade e do erro.
3º - O Caminho da opinião plausível (doxa plausível).
Para Parmênides, pensar e ser é a mesma coisa. O nada é impensável e indizível. O ser é a única realidade e este não se transforma. Não tem passado e nem futuro. É uno, imutável e perfeito.
Zenão, nasceu em Eléia, entre fins do séc. VI e princípio do séc. V a.C. Nos seus dados biográficos consta que ele foi um grande defensor da liberdade. Foi um defensor de Parmênides e refutou todos os argumentos que vieram ao contrário. Ele refutou o movimento e a multiplicidade, afirmando que a velocidade e o movimento são algos relativos e não objetivos. Chega a afirmar que o movimento e a variedade das coisas são impossíveis.
Melisso, também nasceu em Samos, entre fins do séc. VI e início do séc. V a.C. Foi político hábil e homem capacitado do mar. Foi o sistematizador da doutrina eleática e a corrigiu em alguns pontos.
A preocupação maior de Melisso é com o modo de como o homem conhece as coisas. Já tinha uma visão pluralista dos princípios que dão origem às coisas. Para Melisso, a esfera é o símbolo perfeito.
Empédocles, natural de Agrigento, nasceu em 492 e morreu em 432 a.C. tentou fazer a conciliação entre Heráclito e Parmênides. Para ele a realidade é composta por 4 elementos fundamentais: a água, o ar, a terra e o fogo.
Para Empédocles, o conhecimento humano se dá através de partículas materiais que entram pelos sentidos e encontram seus semelhantes que já existem no homem.
Anaxágoras nasceu em Clazômenas em 500 a.C. e morreu por volta de 458 a.C. Foi ele quem pronunciou a célebre frase: “Tudo era um caos até que apareceu a mente humana e colocou ordem nas coisas”.
Para Anaxágoras as coisas que dão origem ao nascer e o morrer não são os quatro elementos de Empédocles. O princípio de tudo, o “arché”, são as homeomerias que estão presente em todas as coisas. o que distingue uma coisa da outra é a predominância de determinado tipo de homeomerias.
Léucipo, reafirmou a impossibilidade do não ser. Para ele, o nascer e o morrer é um agregar e desagregar das coisas.
Demócrito, diz que todas as coisas são compostas por átomos, que são partes indivisíveis. O devir acontece através do movimento desses átomos, que se unem ou desunem, fazendo os objetos nascerem ou perecerem.
Diógenes, de Apolônia, fez um tentativa de combinar Tales e Heráclito. Retomou a idéia de que o princípio primeiro deve ser o ar, que seria infinito e inteligente.
Arquelau, de Atenas, apareceu como uma das últimas manifestações da filosofia da natureza. Para ele nossa alma é ar. nascemos respirando e morremos com o último suspiro.
Esses primeiros filósofos encontraram o princípio primeiro na natureza. Por isso, são chamados naturalistas ou imanentistas.

Trabalho
1.Estudando os Filósofos Pré-Socráticos, cada um deles deu uma explicação para o princípio de todas as coisas. Discuta as teorias científicas que você conhece e explique em qual delas você acredita.
2.Sabemos que Tales, de Mileto, foi o primeiro filósofo da antiguidade. Onde ele encontrou o princípio de sua filosofia?
3.Quem foi o filósofo discípulo de Tales?
4.Para Anaximandro, como surgiu o cosmos?
5.Anaximandro disse que os primeiros animais nasceram da ação do sol sobre a água. O que você acha dessa afirmação?
6.Qual é o princípio da filosofia de Anaxímenes?
7.Para Heráclito, tudo é um contínuo devir. Tudo flui. Nada permanece o mesmo. Como explicar esta afirmação?
8.Escrever a frase do filósofo Heráclito sobre o rio.
9.O filósofo Heráclito acreditava que era preciso mortificar o corpo para cuidar da alma. O que você acha dessa afirmação? Porque?
10.O filósofo Heráclito acreditava em prêmios e castigos depois da morte. O que você acha dessa idéia? Porque?
11.Como nasceu a escola filosófica de Pitágoras?
12.O filósofo Pitágoras era muito respeitado por seus companheiros. Como era considerado o valor de sua palavra?
13.Qual é o princípio da filosofia de Pitágoras?
14.Comente sobre a vida de Xenófones?
15.Onde e quando nasceu Parmênides?
16.O filósofo Parmênides negou a teoria do movimento de Heráclito afirmando que nem o homem e nem as coisas se transformam. Dê sua opinião.
17.O que Zenão diz sobre a velocidade e o movimento?
18.Qual é o símbolo perfeito para Melisso?
19.Como se dá o conhecimento humano para Empédocles?
20.Como se dá o nascer e o morrer para Lêucipo?
21.Para Demóclito, como são compostas as coisas?
22.Qual é o princípio de tudo para Diógenes?
23.Comente sobre o ar, de Arquelau.
24.Porque os primeiros filósofos são chamados de naturalistas?
25.Para você, qual é o elemento mais importante da natureza? Porque?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PROFETA – QUEM É PROFETA?

Profeta é um homem chamado por Deus para:
Transmitir ao povo sua mensagem,
E falar em nome do senhor.

É alguém do povo, alguém que participa bem de perto dos dramas de seus patrícios, sobretudo dos mais fracos, oprimidos e marginalizados.
Profeta não significa aquele que anuncia os acontecimentos futuros, como adivinho. Ele não é uma espécie de “mágico” que prevê o futuro. O profeta lê o presente.

ELE POSSUI O SENTIDO DA HISTÓRIA
Consegue captar nas entrelinhas dos acontecimentos, o Projeto que Deus tem para os homens;
Ele decifra, à luz da palavra de Deus, os fatos do presente, e está sempre aberto ao futuro, à esperança;
Indica a vontade de Deus;
É alguém engajado, atento, presente, fiel;
Gente sem compromisso com o êxito, com o sucesso e com o poder constituído;
Vê por detrás das aparências dos acontecimentos.

SUA MISSÃO
* É falar no tempo e fora do tempo (1 Sm 7-15; 2 Sm 12);
* É educar para a consciência crítica (Jr 6, 11; Ez 3,14);
* É ajudar aos outros a perceberem a realidade além das aparências (Mt 7, 16-38);
* É re-examinar a prioridade dos valores.

O PROFETA TEM CORAGEM DE
* Denunciar mesmo com ameaças, as injustiças;
* Chamar o povo infiel à conversão;
* Estimular o povo de Deus e seus dirigentes para a fidelidade ao compromisso com o Deus de seus pais, o Deus da aliança, o Deus da libertação;
* Levar o povo e seus dirigentes a tomar consciência da situação histórica. Os profetas não são doutrinadores, mas conscientizadores;
* Contestar a “ordem” contrária ao Plano de Deus; por isso, eles eram considerados elementos perigosos;
* Recordar os acontecimentos da história do povo para criticar e mudar a situação injusta do presente;
* Iluminar os caminhos do futuro do povo;
* Exigir, em nome de Deus, mudanças na conduta pessoal, nas instituições religiosas e políticas do povo;
* Criticar a opressão dos pobres;
* Defender os sem-voz e sem-vez;
* Lutar contra o luxo resultante da exploração dos fracos;
* Mostrar que não se pode encontrar Deus escravizando e explorando o irmão; que não adianta o culto sem justiça e amor ao próximo;
* Acusar e combater os privilégios;
* Construir a fraternidade.


O PROFETA É UMA FIGURA CONHECIDA EM TODAS AS REGIÕES

O A T valoriza tanto os profetas que seus escritos formam uma das partes da bíblia.
A época dos Profetas começa no tempo dos Reis.
No A T o termo “profeta” (em hebraico =NABI) quer dizer: “falar com força”, falar com entusiasmo”.

O NÚCLEO FUNDAMENTAL DO PROFETISMO
O núcleo central do profetismo é a oração que alimenta e revigora a missão à qual o profeta é chamado. O profeta tem vida de intimidade com a palavra de Deus. Ele conhece a Deus na experiência da vida e mantém diálogo constante com ele.
O profeta é um homem contemplativo. Ele aprendeu a orar. E ora para ouvir a Deus, para aprender a perceber a linguagem de Deus na vida dos homens.
Ser chamado, ser enviado, viver a vocação profética, é viver na escuta, é aguentar os questionamentos da palavra de Deus.
O profeta tem consciência dos seus próprios limites, mas a força de Deus o encoraja.

CONSEQUÊNCIAS DA MISSÃO DOS PROFETAS
São perseguidos, porque são sempre incômodos. Aparecem sempre conflitos entre os profetas e os que estão no “poder” religioso ou político. Por isso são perseguidos e, às vezes, pagam com a vida a fidelidade à palavra de Javé.

TODO CRISTÃO DEVE SER PROFETA
O profeta é um homem que aceita o Evangelho como força de questionamento para “fermentar” a história e a vida, dos homens, com amor e justiça.
Os profetas do Povo de Deus

O povo de Deus, na Palestina, viveu em paz, durante muito tempo. Sempre recordava as maravilhas que Deus havia feito em sua vida e caminhada: a libertação da escravidão do Egito, sua presença na travessia do deserto, o compromisso da aliança no Sinai: “Eu serei vosso Deus e vós sereis o meu povo”, e a posse da Terra Prometida.
Quando surgiram dificuldades, Deus enviou juízes para que ajudassem o povo a vencer seus inimigos e a não cair na opressão.
Depois, o Povo de Deus se esqueceu da Aliança e se desuniu, ficando escravo de seus proprios companheiros e irmãos. Uns começaram a querer tudo para si. A terra, que Josué dividiu entre todos, estava sendo tomada só por alguns. A ambição e a exploração cresceram. Uns poucos enriqueciam e viviam às custas dos outros.
Por causa desta situação, o povo pediu um rei que resolvesse as dificuldades deles. Não confiaram em Deus, que os tinha guiado, e não confiaram na força e na sabedoria de um povo unido. Assim o Povo de Deus teve três reis: Saul, Davi e Salomão.
Esses reis nem sempre foram pessoas boas, justas, sábias e piedosas. Exploravam os fracos, cobravam altos impostos dos trabalhadores, gastavam o dinheiro do povo, para manter as grandes construções e o luxo de seus palácios. Levavam o povo a abandonar a fé no unico Deus, para adorar Baal, um falso ídolo feito “Deus”.
Mas Deus não esqueceu a Aliança que fizera com o seu povo. Mandou PROFETAS, para lembrar ao povo seu compromisso com Deus e com os irmãos.
O profeta falava em nome de Deus e com muita coragem sobre o que estava certo e o que estava errado. Levantava a voz contra aqueles o que praticavam a injustiça, explorava os irmãos e adoravam deuses falsos. Animava e encorajavam o povo a ser fiel a Deus e a amar os seus irmãos.
Por isso, muitos não gostavam dos profetas. Eram perseguidos, presos e até mortos.
Ser profeta não era fácil. Mas Deus sempre estava com eles.

Extraído do Livro Descobrindo a Vontade de Deus