sábado, 17 de novembro de 2018

DA ESCOLA DE FRANKFURT AOS DIAS ATUAIS

A ESCOLA DE FRANKFURT E SUA TEORIA CRÍTICA, O CÍRCULO DE VIENA E O CENTRO DE PESQUISA SOCIAL A Escola de Frankfurt teve sua origem no “Instituto de Pesquisa Social”, fundado em 1923. Suas principais características são: Rejeitava o marxismo soviético e desenvolvia uma severa crítica à sociedade burguesa moderna; Procurava dar uma visão global e crítica da sociedade, baseada no método dialético, o único capaz de captar as contradições internas da sociedade; Procurava promover uma transformação radical da sociedade, que leve em conta o homem com sua liberdade e se baseia na colaboração entre todos os homens. Principais representantes da escola de Frankfurt: Theodor W. Adorno, Mase Horkheimer, Herbert Marcuse, Erich Fromm, Jurgen Habermas, Karl Otto Apel e outros. SIGMUND FREUD: O PAI DA PSICANÁLISE Sigsmund Schlomo Freud Freud nasceu em Freiberg, Tchecoslováquia, no ano de1856 e morreu em Londres, em 23 de setembro de 1939. Mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da Psicanálise. Nasceu em uma família judaica, na época pertencente ao Império Austríaco. Atualmente a localidade é denominada Příbor, na República Tcheca. Aos quatro anos de idade sua família transferiu-se para Viena, permanecendo até 1938 e depois se transferiu para a Inglaterra. SURGIMENTO DA PSICANÁLISE Na Antiguidade e na idade Média, a psicologia era o estudo da alma. Na Idade Moderna, a partir do Renascimento, a psicologia passou a estudar os fenômenos psíquicos ou "as faculdades da mente". Com o passar dos tempos a psicologia se tomou uma ciência positiva. Construída a partir de observações e experimentações Científicas. Tomou como objeto de pesquisa o comportamento do ser humano. No século XIX, um médico chamado Sigmund Freud abria as portas para o surgimento de uma ciência nova e um método diferente: a Psicanálise. ESTRUTURA DA PERSONALIDADE: APARELHO PSÍQUICO ID - é o sistema original da personalidade. É formado pelos aspectos psicológicos herdados e presente no nascimento, inclusive os instintos. O ID pode ser comparado à "caixa preta", onde fica armazenada todas as informações vistas, ouvidas ou vivenciadas. EGO - é a parte organizada da estrutura psíquica que existe para realizar os objetivos do inconsciente e não para frustá-fo. É também chamado de CONSCIENTE ou EU. SUPEREGO - é a arma moral da personalidade. Representa a realidade. Pode também ser chamado de Pré-consciente ou Subconsciente. Sua luta é mais pela perfeição do que pelo prazer. Sua maior função é decidir se algo é certo ou errado em resposta aos padrões morais da sociedade. FASES DE DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE Freud distinguiu 3 grandes períodos normais do desenvolvimento da criança: 1° Período - Este período de desenvolvimento na vida da criança vai do seu nascimento até por volta do 5° ou 6° ano de vida. Este período consiste em experiências sexuais ativas, época em que a sexualidade infantil atinge seu apogeu. É neste período é que se situa a fonte das neuroses, mesmo quando seus sintomas só se manifestam mais tarde. 2° Período - Vai de mais ou menos 06 a 09 anos e é chamado período de latência, "parada da sexualidade" ou "pausa da sexualidade" para voltar depois. Durante este período toda expressão da sexualidade é reprimida e rejeitada como desejo sexual. 3° Período - chamado período da Puberdade, de 10 a 12 anos. É nesta idade que começa o período da sexualidade adulta. Em suas teorias, Freud afirmava que os pensamentos humanos são desenvolvidos, obtendo acesso à consciência, por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que a sistemática do nosso cérebro trabalha essencialmente com o campo da semântica, isto é, a mente desenvolve os pensamentos num sistema cheios de linguagem baseados em imagens, as quais são representações de significados latentes. De tudo o que foi exposto fica claro que na verdade Freud foi o homem que “perturbou o sono do mundo”. Paulo Freire Paulo Reglus Neves Freire nasceu no Recife em 19 de setembro de 1921 e morreu em São Paulo, 2 de maio de 1997. Foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial,1 tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. O talento como escritor o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição a prática por ele denominada de educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.2 Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades comoHarvard, Cambridge e Oxford. RUBEM ALVES Rubem Azevedo Alves nasceu em Boa Esperança, 15 de setembro de 1933 e morreu em Campinas em 19 de julho de 2014. Foi psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, autor de livros religiosos, educacionais , existenciais e infantis. É considerado um dos maiores pedagogos brasileiros de todos os tempos, um dos fundadores da Teologia da Libertaçãoe intelectual polivalente nos debates sociais no Brasil2 . Foi professor da Universidade Estadual de Campinas(UNICAMP). Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas. Mestre em Teologia e Doutor em Filosofia(Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, Minas Gerais, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito e criou vários grupos de pesquisa. Tinha um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno. Devido sua formação transitava pelas áreas de teologia, psicanálise, sociologia, filosofia e educação. Após ter lecionado em universidades, tinha um restaurante (a culinária foi uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos), viveu em Campinas , onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que se encontra semanalmente para leitura de poesias. Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. "Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum: rindo, dizer coisas sérias, mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas. Foi cidadão honorário de Campinas onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura. Rubem Alves faleceu em 19 de julho de 2014, em Campinas, por falência múltipla de órgãos. O corpo foi velado no plenário da Câmara Municipal de Campinas, no interior paulista, cidade onde o escritor mineiro morava. Marilena Chaui Marilena de Souza Chaui nasceu em Pindorama. São Paulo, em 04 de setembro de 1941. É professora de filosofia, e historiadora de filosofia brasileira. Filha do jornalista Nicolau Alberto Chaui, de origem árabe, e da professora Laura de Souza Chaui. Professora titular de Filosofia Política e História da Filosofia Moderna da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, é mestre em Merleau-Ponty e a crítica do humanismo, sob a orientação do professor Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior. Doutora, com Introdução à leitura de Espinosa, sob a orientação da professora Gilda Rocha de Mello e Souza e livre docente de Filosofia em Espinosa e a questão da liberdade. Além de extensa produção acadêmica, Marilena também publicou livros paradidáticos de Filosofia, voltados sobretudo para o público jovem ou não especializado. Seu livro O que é Ideologia, ColeçãoPrimeiros Passos, foi selecionado pelo Ministério da Educação e Cultura como livro didático obrigatório na rede pública de ensino, tornando-se desta forma um best-seller com mais de cem mil exemplares vendidos, bastante acima da média de vendas dos livros não didáticos no Brasil. Foi Secretária Municipal de Cultura de São Paulo, de 1989 a 1992, durante a administração de Luiza Erundina. Para Marilena Chaui, a "classe média" brasileira é fascista 4 . Segundo ela, "(...) a classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta e é uma abominação cognitiva porque é ignorante... MARIO SÉRGIO CORTELLA Mário Sergio Cortella, nascido em Londrina/PR em 05 de Março de 1954. É Filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro. Tem Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977/2012), com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação: Currículo (1997/2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977/2007); Em 1989 concluiu seu mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sob a orientação do Prof. Dr. Moacir Gadotti, e em 1997, sob a orientação do Prof. Dr. Paulo Freire, conclui seu doutorado também em Educação pela PUC-SP. É professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou na FGV-SP (1998/2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). Foi membro-conselheiro do Conselho Técnico Científico da Educação Básica da CAPES/MEC (2008/2010). Fez o programa "Diálogos Impertinentes" na TV PUC, no Canal Universitário. Mário Cortella tem várias obras publicadas no campo da Filosofia e da Educação. É autor, entre outras obras, de: A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos;Nos Labirintos da Moral, com Yves de La Taille; Educação e Esperança; Não Nascemos Prontos!; Viver em Paz para Morrer em Paz: Paixão, Sentido e Felicidade. Assim como seu mestre Paulo Freire, Mário Cortella entende que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda; enxerga na educação muitas saídas para problemas da sociedade. Porém, critica o fato de inúmeras famílias transferirem sua responsabilidade para as instituições escolares. Ele fala ainda da questão escola pública versus particular e como a educação está vinculada à ética, mídia, religião e tecnologia. GABRIEL CHALITA Gabriel Benedito Isaac Chalita nasceu em Cachoeira Paulista, aos 30 de abril de 1969. É advogado, jurista, professor,escritor e político brasileiro. Gabriel Chalita publicou seu primeiro livro aos 12 anos de idade. Concluiu os estudos de bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1994, e de Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia Ciências e Letras de Lorena, em 1989. Defendeu a tese "A Sedução no Discurso em Tribunais de Júri", obtendo o grau de Doutor em Comunicação e Semiótica e Direito, na PUC-SP. É autor de mais de 60 livros , entre eles: "Educação: a solução está no afeto", "Os Dez Mandamentos da Ética", "Pedagogia do Amor", "Cartas entre Amigos". Atualmente Chalita é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU e Membro de Conselho Editorial da Revista Profissão Mestre. É membro da União Brasileira de Escritores da Academia Paulista de Letras e recentemente foi eleito por unanimidade na Academia Brasileira de Educação. LUIZ FELIPE PONDÉ Luiz Felipe de Cerqueira e Silva Pondé (Recife, 1959) é um filósofo e escritor brasileiro, doutor em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e com pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv, em Israel. Escreveu, dentre outras obras, o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia e Marketing existencial. É colunista da Folha de S. Paulo, escrevendo semanalmente no jornal. Luiz Felipe Pondé é pernambucano, nascido na cidade de Recife. Iniciou a carreira acadêmica cursando medicina na Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, mas não concluiu o curso. Mais tarde também cursou filosofia na Universidade de São Paulo, tendo feito doutorado pela mesma instituição, com suporte financeiro e mestrado pela Universidade de Paris. Realizou pós-doutorado na Universidade de Tel Aviv. Atualmente, é vice-diretor e coordenador de curso na Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). É também professor de Ciências da religião na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e de filosofia na FAAP. Fã declarado de Nelson Rodrigues, Pondé muitas vezes se expressa por meio de aforismos sobre o cotidiano. A ideia e a filosofia de Pondé baseiam-se num certo pessimismo, na valorização das tradições religiosas ocidentais e no combate ao pensamento politicamente correto nos meios universitários. Define-se como um "rato de universidade" e carrega fortes influências do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, do niilismo e do existencialismo. Pondé tem sido ávido divulgador do pensamento que nomeia como "liberal-conservative", que engloba, segundo o filósofo, ideias de autores como David Hume (sua moral), Adam Smith, Edmund Burke, Alexis de Tocqueville, Friedrich Hayek, T.S. Eliot, Michael Oakeshott, Isaiah Berlin, Russell Kirk, Theodore Dalrymple, John Gray, Gertrude Himmelfarb, Thomas Sowell, Phyllis Schlafly e Roger Scruton.[12] Essa definição de Pondé, contudo, é criticada pelo filósofo Roger Scruton, que rejeita a aproximação entre o conservadorismo e o liberalismo,[13] e muitos autores supracitados nunca se definiram como "liberal conservatives".[14] Pondé traça uma linha de pensamento comum entre esses autores, liberais ou conservadores. Embora não haja tantos pensadores que usem explicitamente essa definição, com algumas exceções como o brasileiro Meira Penna, o termo é justificado por diversas razões. Roger Scruton, por exemplo, considera liberais conhecidos e importantes tais como Friedrich Hayek, Adam Smith e David Hume como conservadores. Russel Kirk aceitava a aproximação do liberalismo clássico com o conservadorismo, bem como seu amigo e influência, Wilhelm Ropke, economista liberal de valores conservadores, que em certas situações inclusive se definiu como liberal-conservador. Pondé acredita que os atos morais são motivados pelas experiências e paixões do indivíduo (fobias, traumas, experiências) e não por princípios ou pela razão, aderindo à visão do filósofo David Hume. Além disso, segundo ele, todo ato moral demandaria sacrifício, sofrimento, combate. Pondé é crítico do ateísmo materialista, entendido por ele como filosoficamente raso e aborrecido. Mesmo não sendo seguidor de nenhuma religião em especial, encontra na hipótese do Deus bíblico algo atraente e belo. Perguntado em entrevista feita pelo site da Rede Bandeirantes sobre o seu suposto abandono do ateísmo, Pondé respondeu que não havia deixado de ser um ateu no sentido filosófico, porém entendendo que "Deus" é o maior conceito produzido pela filosofia. Em entrevista dada à jornalista Eliana de Castro, Pondé diz ser apaixonado pela ideia de Deus, mesmo não tendo qualquer tipo de relacionamento ou necessidade de fazer pedidos a alguma força superior. Nessa mesma entrevista ele diz que "Deus" é um personagem que o encanta e que espera ser a sua existência verdadeira. Além disso, é apresentado como sendo um "ateu apaixonado por Deus". Em outra entrevista, dada ao "Jornal de Jundiaí Regional", trata a ideia de Deus como sendo uma hipótese. LEANDRO KARNAL Leandro Karnal nasceu em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no dia 1 de fevereiro de 1963. É graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em Porto Alegre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor do ensino fundamental e médio em escolas públicas e privadas. Lecionou em cursinhos pré-vestibulares. É professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de História da América. Apresenta diariamente a coluna "Careca de Saber", na Band News TV, onde fala sobre religião, filosofia, história, política, comportamento etc. Trabalha na capacitação de professores da rede pública e na elaboração de material didático e de apoio ao professor. É autor, coautor e organizador de diversos livros, entre eles: “Teatro da Fé: Representação Religiosa no Brasil e no México do Século XVI” (1998), “História da Cidadania” (2003), “História na Sala de Aula” (2005), “Estados Unidos: a Formação da Nação” (2005), “História dos Estados Unidos: das origens ao Século XXI” (2007) e “Conversas com um Jovem Professor” (2012). Programa de Televisão Programa Módulo e Curadoria Tema Data Café Filosófico Uma Agenda para o Inverno (Luiz Felipe Pondé) Confrontos Religiosos e Fundamentalismos 27/Fev/2009 Os Fantasmas da Perfeição (Luiz Felipe Pondé) A Utopia da Melhor Idade 15/Set/2009 Uma Agenda para o Medo (Luiz Felipe Pondé) Temor e Tremor 23/Abr/2010 As Razões do Ódio (Luiz Felipe Pondé) O Ódio no Brasil 23/Set/2011 7 Prazeres Capitais: Pecados e Virtudes Hoje (Leandro Karnal) Os Velhos e os Novos Pecados 21/Set/2012 O Pecado Envergonhado: A Inveja e a Tristeza sobre a Felicidade Alheia 12/Abr/2013 O Mal Primordial: O Orgulho Nosso de Cada Dia 08/Set/2014 Os Clássicos da Literatura e o Cotidiano (José Alves de Freitas Neto) Hamlet e o Mundo como Palco 24/Mar/2015 Servidões Voluntárias e Involuntárias: a quem nos entregamos depois de conquistar a liberdade? (Leandro Karnal) O Medo à Liberdade e a Alma Humana dos ditadores à autoajuda 02/Out 2015 Provocações — Entrevista 22/Abr/2014 Jô Soares — Entrevista 14/Out/2015 Jornal da Cultura — Comentarista — — Jô Soares — Entrevista 01/Abr/2016 Roda Viva Entrevista 04/Jul/2016 (Pesquisa e elaboração: Professor Romildo Alves – Técnico em Contabilidade; Professor Graduado pela PUC/MG; Pós-Graduado em Psicanálise Clínica) TRABALHO Nome: .................................................................................................................................................................... Data: ........./.........../................ Série: ..... Turma: Turno...........................Nº (Se possível) • Leia a apostila com atenção, escolha 5 teóricos da educação e escreva resumidamente em poucas palavras a teoria de cada um deles, apontando qual delas é a melhor para aplicar na educação de hoje e justifique sua resposta.

domingo, 11 de novembro de 2018

DEUS NA HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Durante todo tempo, em todo percurso da história e da filosofia, o nome de Deus sempre foi uma constante especulação. “Desde o homem das cavernas até as cavernas do homem”, Deus tem sido buscado, numa forma ou tentativa de compreensão. Em mais ou menos 30 séculos de filosofia, sempre houve uma tentativa da manifestação do nome de Deus para aqueles que se propuseram a ser chamados de amigos da sabedoria. Homero, poeta grego, que teria vivido por volta do século XII antes de Cristo, já falava na filosofia de um ser sobrenatural. Os gregos antigos, no Olimpo ou na Ágora, já dava a demonstração de um “deus desconhecido”. Seus cultos, semelhantes ou diferentemente da nossa forma de expressar, apontava para a existência de um ser superior em adoração. No período clássico da filosofia grega, coube a Aristóteles a tarefa de intitular Deus como o motor imóvel, que sem ser movido, todas as coisas ele movia. Na Idade Média, Santo Agostinho cristianizou a filosofia de Platão, dando uma melhor explicação da fé, apresentando assim, uma idéia do que melhor se aproxima do nosso Deus. Quando afirmou que a fé não exclui a razão e nem a razão exclui a fé colocava em derrocada a idéia de que a filosofia era escrava da teologia ou que a razão é submissa à fé. Para ele “a perfeição do mundo exige um artífice; o fenômeno religioso é universal, e há um vazio interior no homem que só pode ser plenamente preenchido por Deus”. Outro importante filósofo da idade média foi Santo Tomaz de Aquino, que colocou a filosofia a serviço da verdade e a verdade a serviço de Deus. Para ele, Deus é o Ser. O mundo tem seres. Deus é o fundamento de todas as coisas, porque só ELE é o Ser verdadeiro e criador de todas as criaturas. Na filosofia moderna, inúmeros filósofos apresentaram posições diferentes quanto a ideia de Deus, pois a filosofia moderna foi criada para dar respostas à cidade natural dos homens, e não à cidade sobrenatural de Deus. Podemos citar o filósofo René Descartes ao afirmar que Deus, a fé, e a religião não são objetos adequados para a especulação. “Deixa, assim, que a religião permaneça o que ela é, uma questão de fé e não de conhecimento intelectual”. Immanuel Kant, no seu imperativo categórico kantiano argumentou que a existência de Deus pode ser deduzida a partir da existência do bem: “Faça aos outros somente aquilo que você gostaria que fizesse a você”. E, “não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizesse a você”. Friedrich Nietzsche, por sua vez, foi enfático ao falar sobre Deus. Proclamava a morte de Deus pelo afastamento da sociedade ocidental e dizia que o cristianismo é um vício e uma grande maldição. Com o advento da idade contemporânea ou da pós-modernidade filosófica, muitos pensamentos se aglutinam e são inânimes, com ou sem contestação. Citemos por exemplo três grandes filósofos atuais: Mário Sergio Cortella, Luiz Pondé e Leandro karnal. Sendo assim, podemos dizer que os argumentos para a existência ou para a negação de Deus normalmente incluem questões metafísicas, empíricas, antropológicas, epistemológicas ou subjetivas. Finalmente, em meio a tantos argumentos, com a teoria da relatividade de Einsten, muitos relativizaram Deus, debandaram com a logística humana e o pragmatismo fez DELE uma idéia de mercado-comercial. Que diante da realidade atual: dos valores e contra valores, das crises, violências e contradições, dos encontros e desencontros que a atualidade nos impõe, que não caiamos na tentação de relativizar os valores da vida, que assumamos nossas responsabilidades diante do mundo, que não sejamos manipuladores do nome de Deus e que não imputemos a ELE aquilo que é próprio do ser humano. Quer seja nos tempos homéricos, quer seja na antiguidade filosófica, no medievo do cristianismo, na moderna-contemporaneidade ou nos tempos da tecnologia no saber, Deus é o mesmo: ontem, hoje e sempre... Professor Romildo Alves – Técnico em Contabilidade, Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Pós-graduado em Psicanálise Clínica pelo Centro de Orientação e Organização Psicanalítica em parceria com a Faculdade Hokemãh e o Centro de Ciências Sociais. TRABALHO DE FILOSOFIA Considerando que o Texto é um Resumo de mais ou menos 25 séculos de Filosofia, comente sobre ele em no mínimo 10 linhas, apresentando sua justificativa com que parte do texto você mais se identificou. Boa Sorte.Bom Trabalho!

A FILOSOFIA DE SÓCRATES = O MÉTODO DIALÓGICO

Sócrates nasceu em Atenas, em 470 a.C. e morreu em 399 a.C. Era filho de um escultor e de uma obstetriz. Não fundou nenhuma escola, como muitos outros filósofos. Realizou seus ensinamentos em locais públicos (nos ginásios, nas praças públicas, etc,). Exerceu um imenso fascínio sobre os jovens e sobre os homens de todas as idades, o que lhe custou inúmeras aversões e inimizades. Sócrates é considerado o maior filósofo de todos os tempos e o divisor da filosofia. São celebres suas frases: “Sei que nada sei” e “Conheça a ti mesmo”. Sócrates disse assim, por considerar que muitas pessoas diziam saber de tudo e percebeu que muitas pessoas não se conheciam. Sócrates não escreveu nada, considerando que sua mensagem fosse transmitida pela palavra viva, através do diálogo e da “oralidade dialética”. A Descoberta da Essência do Homem Os naturalistas procuraram responder as questões sobre a natureza. Sócrates, por sua vez concentrou definitivamente seu interesse sobre o homem. Ele procurou responder qual é a realidade última do homem, realizando com isso uma revolução no pensamento de sua época, principalmente no tradicional quadro de valores. Sócrates e o Conceito de Liberdade Para Sócrates, o verdadeiro homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos e o homem escravo é aquele que, não sabendo dominar seus instintos, torna-se vítima deles. Sócrates e o Conceito de Felicidade Sócrates dizia que a felicidade não pode vir das coisas exteriores do corpo, mas somente da alma, porque esta é a sua essência. Para ele, quem é virtuoso é feliz, ao passo que o malvado e o injusto é infeliz. Ele afirma que o homem pode ser feliz em qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. Trabalho de Filosofia Nome Completo: ................................................................................... Data: ....../....../........... Série: .... Turma: ........................... Nº: ..... 1- Caracterizar o nascimento do filósofo Sócrates. 2- Onde Sócrates realizou seus ensinamentos? 3- O que significa dizer que Sócrates exerceu um imenso fascínio sobre as pessoas de todas as idades? 4- Citar as duas frases célebres de Sócrates, comentando sobre seus significados. 5- Comente sobre as virtudes de que fala Sócrates. 6- Sócrates afirma que ninguém erra por sua própria vontade. Quem faz o mal, faz por ignorância do bem. Dê sua opinião. 7- Qual é o verdadeiro homem livre para Sócrates? 8- Qual é o homem escravo Sócrates? 9- Na sua opinião, a liberdade existe? Explique 10- Dê sua opinião, a felicidade existe? Justifique sua resposta. 11- Comente sobre o conceito de felicidade apresentado por Sócrates. 12- Para Sócrates, o homem pode ser feliz qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. Comente e dê sua opinião.

sábado, 10 de novembro de 2018

FILOSOFIA E TECNOLOGIA = A ERA DA VELOCIDADE

A Aceleração dos fatos nas últimas décadas é uma realidade que ninguém duvida. Passamos de um mundo estático para um mundo dinâmico. Com Galileu Galilei a terra começa a girar. Com Albert Einstein, surge a relatividade. “Hoje o que é sólido dissolve no ar”. Estamos em um mundo em constantes reboliço. As decisões tomadas hoje, amanhã elas precisam ser repensadas, recolocadas. O mundo continua fluindo conforme já dizia Heráclito. Uma teoria é válida até surgir uma teoria nova. Os novos avanços científicos e tecnológicos vão ficando rapidamente obsoletos. O jornal que lemos pela manhã, meio-dia jogamos este no lixo e pedimos um novo jornal. Queremos saber o que há de novo. O volume de informações está duplicando cada vez mais em tempos menores. Passamos da Olivett à Internett. É a velocidade que vai ficando cada vez mais veloz. No passado, o cidadão escrevia uma carta, entregava para uma pessoa, esta pessoa montava num cavalo e a carta ia a mais ou menos 8 km/h. A música era uma valsa. Hoje a música é um negócio muito doido. O automóvel se locomovia a 40 km/h. Também não havia estrada para ele correr. Depois veio o avião. Hoje é só no teclado e na tela. É tudo num piscar de olhos. As distâncias se encurtaram. O planeta terra virou um quintal. Na época de nossos avós, quem sabia ir a Belo Horizonte era famoso. Nossos avós acreditavam no futuro. Hoje nós temos receio do amanhã. Nossos avós ensinavam aos mais novos. Hoje são os netos que ensinam os avós no computador. O jovem do passado estudava ao som de uma música erudita clássica bem suave. Hoje, o jovem liga o som no último volume, abre o livro e diz que está pesquisando. Antigamente, se preocupava com o homem das cavernas. Hoje se preocupa com as cavernas do homem. No passado, a vida girava ao redor da torre da igreja e da chaminé do fogão. No centro das cidades estavam as catedrais. Hoje nos centros das cidades estão os bancos e as centrais de compras, que no Brasil insistem em chamar de “Shoppings”. Tudo depende do humor do mercado. Como se situar diante das mudanças pelas quais estamos passando, sobretudo nas últimas décadas? Muitas transformações iniciadas há dois séculos ou mais, se encontram hoje no seu ápice. Trata-se de um equilíbrio milenar que foi se rompendo. No século passado foram tantas as tentativas de um novo equilíbrio, após tantos desequilíbrios, rupturas, convulsões, de incerteza. Sentimos pouca segurança nas respostas, não estão sendo satisfatórias, talvez nossas grandes sabedorias esteja em pelo menos fazer bem as perguntas. O antigo e o tradicional não servem mais para as novas gerações. O moderno se impõe. E não raro, este também entra em crise. Falamos então do pós-moderno. Seja lá qual for a era, o certo é que nós temos a impressão de estarmos vivendo um vazio. Fazemos a experiência do tédio, da angústia, da ausência de sentido e de normas, de um individualismo narcisista e de um niilismo. A noção de muitos de certo e de errado está confusa. O mundo é plural, policêntrico e planetário. Assim Pascal já falava sobre o infinito: “O centro está em todo lugar e a circunferência em lugar nenhum”. Temos a impressão de que este mundo está escapando de nossas mãos. Rapidamente, tomamos conhecimento do que acontece a terra, nos ares e além dos mares. Diante deste novo quadro proporcionado pela ciência e as novas tecnologias, nossa cabeça parece pequena para açambarcar toda esta alavanche de novidades que nos é apresentada todos os dias. Diante desta velocidade corremos o risco de ficarmos somente buscando infinitamente, correndo o risco de nos tornarmos pessoas acríticas. É como diz a canção: “Como será o amanhã? Responda quem souber. O que irá acontecer?...Cada um deve se esforçar para fazer a sua história. “É triste pensar que a história já está contada”. O futuro é algo que nós desconhecemos. Diante dos obstáculos da atualidade, que nós não caiamos na tentação do desespero. As dificuldades são grandes sim. Porém, nosso entusiasmo com a vida deve ser ainda maior. Apesar de tudo, que nós continuemos com esta teimosia em mirar lá na linha do horizonte. Pois, a comunidade humana ainda tem um longo caminho a percorrer. Texto de Pe. Geraldo Antônio de Carvalho Trabalho de Filosofia Nome: ................................................................................................................... Data:......⁄......⁄......... Série: ....... Turma: ............................................ Nº....... Leia o texto com atenção e desenvolva as seguintes questões: 1- Qual é o titulo do texto estudado? Você acha apropiado este título ou você daria outro título para o texto? 2- O que significa dizer que passamos de um mundo estático para um mundo dinâmico? 3- Porque o autor afirma que “Com Galileu Galilei a terra começa a girar”? Qual é a ligação que podemos fazer desta parte do texto com o capítulo 14 do livro Fundamentos de Filosofia? 4- Relacione esta afirmação com os acontecimentos políticos dos dias de hoje: “As decisões tomadas hoje, amanhã elas precisam ser repensadas, recolocadas” 5- Comente este trecho: “No passado, o cidadão escrevia uma carta, entregava para uma pessoa, esta pessoa montava num cavalo e a carta ia a mais ou menos 8 km/h. A música era uma valsa. Hoje a música é um negócio muito doido. O automóvel se locomovia a 40 km/h. Também não havia estrada para ele correr. Depois veio o avião. Hoje é só no teclado e na tela. É tudo num piscar de olhos. As distâncias se encurtaram. O planeta terra virou um quintal”. 6- Analise esta parte do texto e escreva sobre ele, mostrando sua opinião. “Antigamente, se preocupava com o homem das cavernas. Hoje se preocupa com as cavernas do homem. No passado, a vida girava ao redor da torre da igreja e da chaminé do fogão. No centro das cidades estavam as catedrais. Hoje nos centros das cidades estão os bancos e as centrais de compras, que no Brasil insistem em chamar de “Shoppings”. Tudo depende do humor do mercado”. 7- Muitas transformações iniciadas há dois séculos ou mais, se encontram hoje no seu ápice. Trata-se de um equilíbrio milenar que foi se rompendo. Comente. 8- Dê sua opinião: “O antigo e o tradicional não servem mais para as novas gerações. O moderno se impõe. E não raro, este também entra em crise. Falamos então do pós-moderno. Seja lá qual for a era, o certo é que nós temos a impressão de estarmos vivendo um vazio. Fazemos a experiência do tédio, da angústia, da ausência de sentido e de normas, de um individualismo narcisista e de um niilismo. A noção de muitos de certo e de errado está confusa. O mundo é plural, policêntrico e planetário”. 9- Na sua opinião, quais as áreas que a sociedade está com maior velocidade: no conhecimento científico, na economia, na medicina, na política, na astronomia, nas relações humanas, na religião, na tecnologia, etc... Justifique. 10- Comente esta última parte do texto (se precisar, pode separar as partes do parágrafo ou as frases para comentar): Diante desta velocidade corremos o risco de ficarmos somente buscando infinitamente, correndo o risco de nos tornarmos pessoas acríticas. É como diz a canção: “Como será o amanhã? Responda quem souber. O que irá acontecer?... Cada um deve se esforçar para fazer a sua história. “É triste pensar que a história já está contada”. O futuro é algo que nós desconhecemos. Diante dos obstáculos da atualidade, que nós não caiamos na tentação do desespero. As dificuldades são grandes sim. Porém, nosso entusiasmo com a vida deve ser ainda maior. Apesar de tudo, que nós continuemos com esta teimosia em mirar lá na linha do horizonte. Pois, a comunidade humana ainda tem um longo caminho a percorrer...

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA

PATRÍSTICA Por Patrística entende-se o período do pensamento cristão que se seguiu à época do novo testamento e chega até ao começo da Escolástica, isto é, os séculos II – VIII da era vulgar. Este período da cultura cristã é designado com o nome de Patrística, e representa o pensamento dos Padres da Igreja, que são os construtores da Teologia Católica, guias e mestres da doutrina cristã. A Patrística é contemporânea do último período do pensamento grego, o período religioso, com o qual tem fecundo, entretanto dele diferenciando-se profundamente, sobretudo como o teísmo se diferencia do panteísmo. E também contemporâneo do império romano, com o qual também polemiza, e que terminará por se cristianizar depois de Constantino. A Patrística tem três períodos: antes de Agostinho, tempo de Agostinho e depois de Agostinho. Esse último período, foi sistematizado a filosofia patrística. No período antes de Agostinho, os padres defendiam o cristianismo contra o paganismo, os padres começam a defender a fé e deixar de lado a razão grega como mostrava a filosofia helênica. Antes de Agostinho, temos três correntes filosóficas: platonismo judaico, platonismo cristão ou patrística e o platonismo pagão ou neoplatonismo. O platonismo cristão defendia a fé como ponto essencial e fundamental para a vivência da pessoa. Enquanto o platonismo judaico defendia a fé na realidade dos antepassados e a razão na realidade em que viviam e o platonismo pagão, defendia somente a razão. Neste período tivemos muitos filósofos, eis alguns:Fílon, platonismo judaico, Clemente de Alexandria, platonismo cristão, Orígenes, platonismo cristão, Plotino, platonismo pagão. Período de Agostinho houve um crescimento, onde veremos mais à frente quando estudarmos Agostinho. Mas o crescimento do pensamento aconteceu pela causa de que tem jeito de fazer filosofia com fé. No período pós-Agostinho, tivemos Anselmo de Aosta e seus contemporâneos, e começa uma batalha muito forte na defesa da fé e da razão. Dizia-se se precisamos crer para entender? E a primeira necessidade da fé para o conhecimento é a verdade religiosa e moral, daqui a importância do credo. Em segundo lugar, a necessidade de usar a razão para que a adesão à fé não seja cega e meramente passiva: eis a importância da inteligência. Eles diziam que as verdades religiosas não podem ser compreendidas a não ser pela fé. O que existe na realidade é maior ou mais perfeito do que o que existe só no intelecto. Afirmar que não existe na esfera do real aquilo maior do que o qual não se pode pensar nada implica uma contradição, porque significa admitir e ao mesmo tempo não admitir que se possa pensar outro maior do que ele, isto é, existente na realidade. ESCOLÁSTICA A Escolástica representa o último período da história do pensamento cristão, que vai do início do séc. IX até ao fim do séc. XV. Este período do pensamento cristão é denominado ESCOLÁSTICO, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo interesse é acima de tudo religioso e cuja glória é a elaboração da teologia dogmática católica, o interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a elaboração da filosofia cristã. Tal elaboração será plenamente racional, consciente e crítica, apenas Tomás de Aquino, que levou a escolástica ao seu apogeu. Até o Aquinate sobrevivem o pensamento e a tendência platônico-agostiniana, características da patrística, em que era impossível uma filosofia verdadeira e própria por falta de distinção entre natural e sobrenatural, razão e fé, filosofia e teologia. Quanto à divisão da escolástica, distinguiremos a escolástica pré-tomista, com orientação agostiniana (IX- XIII); Tomás de Aquino, que foi o verdadeiro construtor da filosofia cristã (XIII); o período pós-tomista (XIV-XV), que representa a rápida decadência histórica da escolástica. Neste período, aconteceram grandes avanços na área filosófica, devido ao pensamento gnosiológico, místico, dialético, metafísico e moral. Os filósofos desta época foram: pré-tomistas, Scoto e Erígena. Pós-tomista, Rogério Bacon, João Duns Scoto, e Guilherme de Occam. Depois destes, entramos no pensamento moderno.

O MITO DA CAVERNA

O Mito da Caverna, também conhecido como Alegoria da Caverna, foi uma parábola contada por Sócrates aos seus dois irmãos, Gláuco e Adimanto, e relatada por Platão em “A República” (livro VII). Veja a parábola O Mito da Caverna Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas. Glauco – Estou vendo. Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio. Glauco – Um quadro estranho e estranhos prisioneiros. Sócrates – Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte? Glauco – Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida? Sócrates – E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo? Glauco – Sem dúvida. Sócrates – Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam? Glauco – É bem possível. Sócrates – E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles? Glauco – Sim, por Zeus! Sócrates – Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados? Glauco – Assim terá de ser. Sócrates – Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora? Glauco – Muito mais verdadeiras. Sócrates – E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram? Glauco – Com toda a certeza. Sócrates – E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras? Glauco – Não o conseguirá, pelo menos de início. Sócrates – Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz. Glauco – Sem dúvida. Sócrates – Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é. Glauco – Necessariamente. Sócrates – Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna. Glauco – É evidente que chegará a essa conclusão. Sócrates – Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram? Glauco – Sim, com certeza, Sócrates. Sócrates – E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia? Glauco – Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira. Sócrates – Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol? Glauco – Por certo que sim. Sócrates – E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo? Glauco – Sem nenhuma dúvida. Sócrates – Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública. Glauco – Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la. (Platão, A República, v. II p. 105 a 109) INTERPRETAÇÕES ACERCA DA PARÁBOLA MITO DA CAVERNA O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade. Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias – um mundo real e verdadeiro – e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis – este mundo -, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, não são perfeitas como as coisas no mundo das idéias e, por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento perfeito… O que é a caverna? O mundo de aparências em que vivemos. Que são as sombras projetadas no fundo? As coisas que percebemos. Que são os grilhões e as correntes? Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade. Quem é o prisioneiro que sai da caverna? O filosofo. O que é a luz do sol? A luz da verdade. O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? A realidade. Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A filosofia.

O BICHO

TEXTO: O BICHO Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa não examinava e nem cheirava; Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato O bicho não era rato. O bicho, meu Deus, era um homem! *Poema de Manuel Bandeira, escrito no seu livro Estrela da vida Inteira TRABALHO DE SOCIOLOGIA Nome:........................................................................................................ Data:.......⁄.........⁄.................. Série: ....... Turma: ...... N º ......... Leia o texto e responda as questões a seguir: 1- O que significa dizer que o bicho estava na imundície do pátio? 2- Você já presenciou alguém catando comida entre os detritos? 3- Qual é a sua reação quando você vê alguém catando comida no lixo? Porquê? 4- Porque o autor disse que quando ele achava alguma coisa, não examinava e não cheirava? 5- Será porque o bicho engolia com voracidade? 6- O autor disse que o bicho não era um cão, não era um gato e nem um rato. Quem era o bicho? 7- Que outro nome você daria ao título desse texto? 8- Faça um comentário geral do texto.

Nomes de filósofos por ordem cronológica

Nomes de filósofos por ordem cronológica. Filosofia antiga Tales de Mileto (c. 624-546 a.C.). Anaximandro de Mileto (c. 610-545 a.C.). Anaxímenes de Mileto (c.585-528 a.C.). Pitágoras (c. 580 a.C. - 500 a. C.). Xenófanes de Colófon (c. 576-480 a.C.). Parmênides de Elea (c. 540-470 a.C.). Heráclito de Éfeso (c. 535-475 a.C.). Anaxágoras de Clazomena (c. 500-428 a.C.). Empédocles de Agrigento (c. 495-435 a.C.). Zenão de Elea (c.490-430 a.C.). Leucipo de Ábdera (c.490-420 a.C.). Meliso de Samos (c. 485-425 a.C. 5). Protágoras de Ábdera (c. 480-410 a.C.). Sócrates (469-399 a.C.). - Fundador da ética. Demócrito de Ábdera (c.460-360 a.C.), atomista. Antistenes o cínico (n. c.450 a.C.). Antifon o Sofista (Antifonte de Atenas) (séc. 5-o a.C.) Aristipo de Cirene (c. 435-355 a.C.). Platão (427-347) Diógenes o cínico (413-323 a.C.). Aristóteles (384-322 a.C.). Teofrasto de Eresos (372 - 285 a.C.). Pirro de Elis (c.360-270 a.C.), cético. Aristoxeno de Tarento (4-o século a.C.) Epicuro de Samos (341-270 a.C.). Zenão de Citio (c. 336-264 a.C.), estoico. Arcesilao de Pitane (315-240 a.C.). Carnéades (c.214-129 a.C.). Clemente de Alexandria, patrístico (c. 150-216). Aristóbulo (200 ou 100 a.C) Cícero. M. T... (106-43 a.C.), estoico. Gaio ou Caio (c. 100 - 180), do Direito Romano. Caro, Lucrécio (98-55 a. C.) Espartaco (+71 a.C.), e luta social. Epicteto, estoico (50 - 138). Andrônico de Rodes (sec. 1-o a.C.). Arius Didimus (último séc. a.C.), estoico. Nigidio Fígulo (+ 45 a.C.). Filo de Alexandria (c. 20 a.C. - c. 40 d.C.). Sêneca. Lucius A.., (2-65 d.C.), estoico. Mussônio Rufo (1-o séc. d.C.), estoico. Possidônio de Apaméia( c. 135-51), estoico. Sexto Empírico (2- séc.). Numênio de Apaméia (fim do 2-o século). Badarayana (entre 150-300), do vedanta brâmane. Panécio, estoico (c. 180- c. 110). Origenes (c.185 -c. 255), cristão. Constantino (Imperador 306 a 337). Basílio Magno (c.330-379), patrístico Prisciliano (345-385), gnóstico. Proclo (Proklos) (410-485). Anaxarco de Abdera. Antíoco, estoico. Eudoro, estoico de Alexandria. Hipácia. Filosofia Medieval Origenes (c.185 - c. 255), cristão. Agostinho de Hipona (354-430), patrístico. Lao Tse, ou Lao Zi (sec. 6-o ou 5-o a.C.), do taoísmo. Boécio (c.470-524), cristão. Cassiodoro. Flavius... (c. 477-c.570). Pseudo-Dionisio (entre 485 e 535). Justiniano (527-565), último imperador Oriente-Ocidente. João Filopono (ou de Alexandria) (6-o. séc.). Isidoro de Sevilha (c.560-636). Mahomé (571-632). Beda, o Venerável (673-735). João Damasceno (c.675-749). Alcuino de York (c. 735-804), escolástico. Shankara (ou Shamkara) (c. 8-o séc. d.C.), do vedanta. Rabano Mauro (776-856). Al-Kindi. Abu Yusuf ibn Ishaq... (c.796-873). João Scoto Erígena (c. 800-870). Fócio (820-891), platônico. Radberto Pascasius (século 9-o). Abu Ishap Ibn Al-Harawi (séc. 9-o). Místico. Abu Zayd Al-Balji (final do s. 9-o). Isaac Israelli (c. 851- c. 950), judeu. Al-Farabi.(c. 870-950), místico (sufi). Hatim Al-Razi (... - 933), da filosofia árabe. Abu Mansur Al-Maturidi ( -944), de Samarcanda. Muhamad ibn Abenmasarra (883-931), mutazilita. Ben Josef al Fayyum (ou Saadia Gaon) (892-943). Abu Zakariyya Yahya Yahyaa Ibn 'Adi (-974), jacobita. Gerbert de Aurillac (Silvestre II) (935-1003), realista. Abu Jayr Ib Al-Jammar (942- ), árabe. Abu Hayyan Al-Tawhidi (séc. 10°). Abu Ishaq al-Nawbajto, (séc. 10-o), iraniano. Abu-i-Hasan Muhammad Ibn Yusuf al-'Amiri, (séc. 10-o), iraniano. Abu Yazid Ahmad Ibn Sahl Al-Balji (século 10-o). Maquart. F.( - X), escolástico. Abu-i-Costume Katib (fim do séc. 10-o). Avicena, ou Ali Ibn Sina (Abu Ali al-Husayn...) (980-1037). Abu 'Ali Muhammad... ibn al-Haytam (c.965-1039), cientista. Pedro Damião (1007-1072), escolástico intransigente. Abu-Bakr al-Baqillani, (? - 1013), filósofo árabe. Abu Ishaq al-Isfara-Ni, (? - 1027), iraniano. Abu Ya'far Amada Ibn Muhammad Alsmnnani ( -1052) árabe. Pselos. Miguel... (1018-1080). Ibn Gabirol, Salomon (ou Avicebron) (c.1020 - c.1070). Ítalos. João... (c.1025-após 1082), neoplatônico. Santo Anselmo, (1033-1109). Bernardo de Chartres ( - c.1124), realista. Miguel de Éfeso (séc. 11), aristotélico. Roscelino de Compiégne (c. 1050-1120), nominalista. Odon de Tournay, ou de Cambray ( - 1113), realista. Algazali (Algazel, ou ainda GazalI) (1058-1111). Gilbert de la Porrée (Pictaviensis) (c.1076-1154). Abelardo, Pedro, (1079-1142), realista moderado. Avempace (Ab bakr Muhammad...). (c.1.080-1138). Abu-i-Barakat al-Bagdadi (c.1085-1164), judeu islâmico. Thiery (ou Teodorico) de Chartres ( - 1155). Hugo de Saint Victor, místico (c. 1096-1141). Pedro Lombardo (c.1100-1160). Tufail.(Abu Bakr Muhammad...) (c.1110-c.1185). João de Salisbury (c. 1120-1180). Allain de Lille (c.1120-1202), escolástico. Averróis (Abul-l-Walid ... ibn Rusd) (1126-1198). Maimônides. Moisés Ben...(Rabi Moses) (1135-1204). Amaury de Benes ( -1207), panteista. Gautier ou Gualter de Saint Victor, místico séc 12. Ricardo de Saint Victor, (sec. 12), místico. David de Dinant (entre séc. 12 e 13), panteísta. Roberto Grosseteste (c.1168-1253), agostiniano. Ibnarabi (1165-1240), místico sufi. Felipe, o Chanceler (c. 1170-1236), secular. Alexandre de Hales (c.1180-1245), agostiniano. Guilhaume d'Auvergne (c. 1190-1249). Alberto Magno (1196-1280), escolástico aristotélico. Robertus de Kilwardby (c. 1200-1279), agostiniano. Pedro Hispano (entre 1205 e 1210 - 1277), aristotélico. Guilherme de Saint-Amour ( ? - 1272), secular. Rogério Bacon (c.1214-1294), agostiniano. Guilherme de Moerbecke (1215-1286), tomista. Henrique de Gand (c. 1217-1293), agostiniano moderado. Ramon Marti (1220-1224), tomista. Tomás de Aquino (1225-1274) aristotélico. Pedro Tarantaise (1225-1276), tomista. Gilles de Lessines (c.1230-1304). Siger de Brabante (c. 1235-1284), averroista. Mateus de Aquasparta (1235-1302), agostiniano. Ptolomeu de Lucques (1238-1326), tomista. Abulafia. Abraham (1240-1290). John Peckham (c. 1240 - 1292), agostiniano. Pedro João Olivi, ou Pierre de Jean Olieu (c. 1248-1298), agostiniano. Ricardo de Clapwel (sec. 13), tomista. Guilherme de Ware, ou Guarro ou Warro) ( - depois de 1300). Godofredo de la Fontaine (- falecido após 1303). Pedro d'Auvergne ( - + 1304), secular tomista. Gilles de Roma, (1247-1316), tomista. Pedro João Olivi, ou Pierre de Jean Olieu (c. 1248-1298), agostiniano. Ricardo de Middleton (c. 1249 - c. 1307-8), agostiniano. Pedro de Maricourt (séc. 13), agostiniano. Rogério Marstons (séc. 13), agostiniano. João, e Geraldo de Sterngassen (sec. 13), tomista. Pedro de Abano (Pietro d'Abano) (1257-1315), aristotélico. Eckhart. Mestre... (c.1260-1328), mistico. Dante Alighieri (1265-1321), de contexto tomista. Mayron. Francisco... ( -m. 1325, ou 1327), escotista. Giotto (1266-1337), pintor humanizante. João Duns Scotus (1266-1308). João de Paris, ou Quidort (c. 1269-1306), tomista. Pedro Auriol (ou de Aurilac) (c. 1280 - 1322), escotista. Ockam. Guilherme de... (c.1280-c.1349), nominalista. Pedro de Áquila ( - 1347), escotista. Johan van Ruysbroeck (1293-1381), místico. Guilherme de la Mare (1298 - ), agostiniano. Gregório de Rimini ( - 1358), nominalista. Nicolau d'Autrecourt (c. 1300 - depois de 1350), nominalista Jean Buridano (c.1300-c.1358), nominalista. João Tauler (c. 1300-1361), místico. Durandus d'Aurillac, dito Durandel (c. 1300-1380), tomista. Petrarca (1304-1374), literato humanista. Nicole de Oresme (c.1310-1382). Boccacio (1313-1375), literato humanista. Ibn Khaldung (ou Ibn Jaldun) (1332-1406), da fil. Árabe. Pedro de Cândia (c. 1340-1410), escotista. Thomas de Sutton (.... + c. 1350), tomista. Pedro de Aylly (ou de Alliaco) (1350-1420), nominalista. Marchia. F. de (sec. 14). Teoria do impetus. Jean de Gerson (1363-1429). Capréolo. João (c.1380-1444), tomista. Gêmistos. Geórgios... dito Plethon (c. 1389- c. 1464). Bessarion. Cardial Basílio... (1395-1472). Nicolau de Cusa (Nikolaus Krebs) (1401-1464), místico. Valla. Lourenço... (1407-1457), humanista. Gabriel Biel (c. 1425-1495), nominalista. Marsilio Ficino (1433-1499), helenizante platônico. Abravanel. Isaac... (1437-1505). Silvestre de Ferrara. (1444-1526), tomista. Vitória. Francisco... (1486-1546), tomista. Melanchton, Philip... (1497-1560), educador. Lípsio. Justo... (1547-1606), helenizante estoico. Abu Bisr Mattµ Al Qannay, filósofo árabe. Abu Hamza Al-Isbahani, (Idade Média). Alberto de Saxe (ou De Saxônia), escolástico nominalista. Als ob (Vahinger) Bernardo de Alvérnia, ou de Clermont, tomista. Cornoldi. João M., escolástico. Ephrem. P., escolástico. Guilherme de Heytesbury (Hentisberus), nominalista. Leão XIII, Papa e renovação escolástica. Longpré. P. Ephrem, escolástico. Müller. Fritz... e Haeckel. Régnon. Th. De..., escolástico. Reinaldo de Piperno, tomista. Taggart. John Mc... William ou Guilherme de Ockam (vd Ockam). Filosofia Moderna. Pietro Pomponazzi (1462-1524), aristotélico. Picco della Mirandola (1463-1494), platônico. Nicoló Machiavelli (1469-1527), filósofo social. Erasmo de Rotterdam. Desiderius (1469- 1536), humanista. Moore. Thomas..., ou Th. Morus (c.1478-1535), utopista. Lutero. Martinho... (1483-1546). Cano. Melquior (1509-1560). Calvino. João (1509-1564). Ramée. Pedro de la... (1515-1572), humanista. Piccolomini. Francesco... (1520-604), aristotélico Domingo Bañes (1528-1604), tomista Montaigne. Michel Eyquem de... (1533-1592), cético. Molina, Luis de (1536-1600), jesuíta. Charron. Pierre... (1541-1603), cético. Bruno. Giordano... (1548-1600), naturalista, monista. Philippe de Mornay (1549-1625), filósofo social. Althusius. Johannes... (1557-1638), fil. do direito. Bacon. Francis... (1561-1626), empirista. Campanella Thomás (1568-1639), naturalista, neoplatônico. Grotius. Hugo... (1583- 1645), filósofo do direito. Cherbury. Herbert de... (1583-1648), deista. Jansenius (Cornelius) (1585-1638), teólogo, jansenismo.. Hobbes Thomas...(1588-1679), empirista. João de Santo Tomás (1589-1644), tomista. Gassendi. Pierre... (1592-1655) atomista. Descartes. Renée... (1596-1650). Digby. Kenelm... (1603-1665), cartesiano. Arnauld. Antoine... (1612-1694), jansenista. Henry Moore (1614-1687). Platônico de Cambridge. Cudworth. Ralph... (1617-1688), platônico de Cambridge. Mauro. Silvestre, (1619-1687), escolástico. Clauberg. Johann... (1622-1665), cartesiano. Pascal. Blaise... (1623-1662), jansenista Geulincx. Arnold... (1624-1669), ocasionalista. Nicole. Pièrre... (1625-1695), jansenista. Bossuet. Jacques (1627-1704), cartesiano eclético. Huet. Pierre-Daniel... (1630-1721), cartesiano, fideista. Louis de la Forge (1632-1666), cartesiano. Locke. John...(1637-1704), empirista. Malebranche. Nicolau... (1638-1715), ontologista. Goudin. Antônio.(1639-1695). Fénelon. Fr. (1641-1715). Cartesiano dissidente. Newton. Isaac... (1642-1727). Leibniz. Godofredo Guilherme (1646-1716). Bayle. Pierre... (1647-1706). Cético. Bernard de Mandeville (1670-1733). Da escola moralistas economistas ingleses. Clarke. Samuel... (1675-1729). Espiritualista. Collins. Anthony....(1676-1729), deista. Berkeley. George... (1685-1753). Idealista. Montesquieu. Barão de... (1689-1755). Hutcheson. Francis... (1694-1747). da Escola Escocesa. Voltaire (1694-1778). La Mettrie. Julien-Offroy de ... 1709-1751), monista materialista. Reid. Thomas... (1710-1796), da escola escocesa. Hume. David.. (1711-1777). Fenomenista. Boscovich. Ruggero Giuseppe(1711-1787), atomista. Rousseau. Jean-Jacques... (1712-1778). Romântico. Diderot. Denis... (1713-1784). Livre-pensador. Baumgarten. Alexander Gottlieb (1714-1762). Condillac. Etienne Bonnot, abbé de (1714-1780). Empirista. Helvetius (Schweitzer), Claude Adrien... (1715-1771), sensista. Alembert. Jean le Rond d'... (1717-1783), enciclopedista. Kant. Immanuel... (1724-1804), criticista. Condorcet. Marquês de... 1743-1794). Livre-pensador. Jacobi. F. H. ... (1743-1819), sentimentalista realista. Herder. Johann Gottfried von... (1744-1803). Bentham. Jeremy... (1748-1832),da escola dos moralistas e economistas ingleses Cabanis. Pierre-Jean-Georges (1757-1808). Empirista. Reinhold. Karl Leonhardt... (1758-1823), kantiano. Fichte. Johann Gottlieb...(1762-1814), idealista. Biran. Mainde de (1766-1824), eclético. Hegel. Georg Johann Friedrich... (1770-1831). Hoelderlin. Friedrich(1770-1843), poeta idealista Coleridge. Samuel Taylor... (1772-1834), romântico idealista. Feuerbach . Anselmo von... (1775-1833), Jurista. Herbart. Johann Friedrich... (1776-1841), do criticismo realista. Buzzetti. Vicente... (1777-1824), escolástico. Lammenais. Feliicité de... (1782-1854). Cousin. Victor (1792-1867), eclético. Carlyle. Thomas (1795-1881), idealista. Fichte. Immanuel Hermann... (1796-1879), kantiano. Rosmini. Antônio(1797-1855), ontologista. Comte. Auguste... (1798-1857), positivista. Littré.Émile (1801-1881), positivista. Martineau (1802-1876), positivista. Feuerbach. Ludwig Andreas... (1804-1872). Mill, Stuart (1806-1873), positivista. Read. Carveth (1806-1931), positivsta. Bauer. Bruno (1809-1882), da direita hegeliana. Balmes. Jaime (1810-1848), espiritualista. Liberatore. Matteo (1810-1892), escolástico. Kleutgen. Joseph (1811-1883),escolástico. Darwin. Charles (1812-1882), evolucionistas. Kierkegaard. S... (1813-1855). Renouvier. Charles... (1815-1903), idealista. Lotze . Rudolf Hermann (1817-1881), do criticismo realista. Marx, Karl (1818-1883). Materialista. Congreve. R. (1818-1899), positivista. Renan. Ernest (1823-1892), positivista. Lafitte. Pierre (1823-1903), positivista. Durkheim. Emile (1823-1917), positivista. Palmieri. Domenico (1829-1909), escolástico. Gonzales. Zeferino (1831-1894), escolástico. Lachelier. Júlio... (1832-1918), idealista. Dilthey.Wilhelm (1833-1912), historicista. Dühring. Eugen... (1833-1921), positivista. Haeckel. Ernst Heinrich... (1834-1919), evolucionista. Caird. Edward (1835-1908), idealista. Green. Thomas Hill... (1836-1882). Laas. Ernst (1837-1885), positivista. Mach. Ernst (1838-1916). Empíriocriticista. Brentano. Franz (1838-1917), fenomenologista. Lepidi. Alberto... (1838-1922), escolástico. Peirce. Charles Sanders (1839-1914), pragmatista. Ribot. Théodule A. (1839-1916), positivista. Cantoni. César (1840-1906), idealista. Liebmann.Otto... (1840-1912), neokantiano. James. William, (1842-1910) Pragmatista. Cohen. Hermann... (1842-1918), neokantiano. Avenarius. Richard (1843-1896), positivista. Nietzsche. Fr... (1844-1900), pré-existencialista. Denifle. Henrique... (1844-1905), escolástico. Ehrle. Francisco (1845-1934), escolástico. Jodl. Friedrich (1846-1914), positivismo. Bradley. Francis Herbert (1846-1924), idealista. Eucken. Rudolf (1846-1926), neo-idealista hegeliano Bosanquet. Bernhard... (1848-1923), idealista. Filosofia Contemporânea Loisy. Alfred (1850-1940), modernista. Mercier. Deziré-Joseph (1851-1926), escolástico. Mattiussi. Guido (1852-1925), escolástico. Baeuemker. Clemens (1853-1924), escolástico. Oswald Wilhelm (1853-1932), positivista. Natorp. Paul... (1854-1924). Neokantiano. Royce. Josiah (1855-1916), idealista. Hamelin. Octave (1856-1907), idealista. Gardeil. Ambroise (1859-1931), escolástico. Husserl. Edmund (1859-1938), fenomenologista. Bergson. Henry (1859-1941). Dewey. John... (1859-1952), pragmatistas. Blondel. Maurice... (1861-1949), filosofia da ação. Külpe. Osvald (1862-1915), realista crítico. Münsterberg. Hugo... (1863-1916). Rickert. Heinrich... (1863-1936). Cornelius. Hans... (1863- 1947), neokantiano. Baumgartner. Mathias... (1865-1933). Croce. Benedeto... (1866-1952), hegeliano Deploiage. Simon (1868-1927), escolástico. Pègues. Thomas (1868-1936), escolástico. Dantec. Felix Le... (1869-1917). Brunschwicg. Leon... (1869-1944), idealista. Cohn. Jonas... (1869-1947). Geyser. Joseph (1869-1948), escolástico. Marechal.Joseph (1870-1944), escolástico. Moore. George Eward (1873-1958). Cassirer. Ernst (1874-1945). Gentile. Giovane... (1875-1944), hegeliano. Grabmann. Martin (1875-1949), escolástico Bauch. Bruno (1877-1942). Descoqs. Pierre (1877-1946). Lagrange. Reginal Garrigou (1877-1964), escolástico. Russel. Bertrand (1879-1970), neopositivista. Keyserling. Conde von (1880-1946). Pelster. Fr.. (1880-1956), escolástico. Hartmann. Nicholai... (1882-1950), da nova ontologia. Maritain. Jacques... (1882-1973), escolástico. Jaspers. Karl (1883-1969). Boyer. Charles (1884-1965), escolástico. Gosselin. Bernard (1886-1962), escolástico. Heidegger. Martin (1889-1976), existencialista. Carnap. Rudolf (1891-1970), neopositivista. Raeymaecker. Louis de... (1895-1970), escolástico. Acker. Leonardo van (1896-1986), escolástico. Ryle. Gilbert... (1900-1976), neopositivista. Popper. Karl Raymund (1902-1994), neopositivista. Copleston. Frederich Charles (1907 ), escolástico. Derisi. Octavio Nicolas... (1907- ). Ayer. Alfred Julius(1910- ), neopositivista.

FILOSOFIA E TECNOLOGIA

FILOSOFIA E TECNOLOGIA A Palavra Tecnologia vem do grego "ofício" + "estudo", que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura; A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia. É um termo que inclui desde as ferramentas e processos mais simples, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da água do mar. A ciência e a tecnologia sempre estiveram muito próximas uma da outra. Geralmente, a ciência é o estudo da natureza rigorosamente de acordo com o método científico. A tecnologia, por sua vez, é a aplicação de tal conhecimento científico para conseguir um resultado prático. Esta relação próxima entre ciência e tecnologia contribui decisivamente para a crescente especialização dos ramos científicos. A história da tecnologia é quase tão antiga quanto a história da humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a usar ferramentas de caça e de proteção. A história da tecnologia tem, conseqüentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de um recurso natural adequado. A história da tecnologia segue uma progressão das ferramentas simples e das fontes de energia simples às ferramentas complexas e das fontes de energia complexas. As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, são meios simples para a conversão de materiais brutos e "crus" em produtos úteis. Os antropólogos descobriram muitas casas e ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais. A descoberta e o conseqüente uso do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais que necessitavam do calor para serem úteis. Nos tempos atuais os denominados sistemas digitais tem ganhado cada vez mais espaço entre as inovações tecnológicas. Grande parte dos instrumentos tecnológicos de hoje envolvem sistemas digitais, principalmente no caso dos computadores. A cada dia que passa as condições de vida estão enormemente mudadas, o que constitui um fenômeno para a humanidade. A revolução técnico-científica tomou, assim, uma forma universal e com isso ultrapassou todas as fronteiras, tanto de países desenvolvidos como de países em desenvolvimento. Maschal Mcluhan chega a afirmar que estamos vivendo numa verdadeira “aldeia global”. Tudo o que o homem realiza torna-se automaticamente objeto do conhecimento de todos. O regionalismo cedeu lugar ao universalismo e o universalismo cedeu lugar ao regionalismo. Muitos estudiosos, no entanto, afirmam que a revolução técnico-científica trouxe consigo grandes problemas, cujas respostas todos aguardam anciosamente. E o futuro da humanidade, dependerá, em grande parte, dos rumos que o homem moderno der a essas implicações. A revolução técnico-científica coloca perante a humanidade grandes problemas que gera incertezas e inquietudes. O futuro está na dependência do curso ou da direção que tomar a revolução tecnológica. Até o século XX o domínio da técnica estava limitado ao campo da produção de bens materiais. Hoje ela reflete profundamente em todos os setores da vida social. No século XX, principalmente em sua segunda metade, as condições de trabalho e de vida mudaram com muita rapidez. As coisas que cercavam o dia-dia das pessoas passaram por uma série de mudanças bruscas e violentas e sem dúvida, a revolução técnico-científica é a causa dessas mudanças contínuas. Já no início do século XXI, O homem pós-moderno conhece melhor as particularidades das estruturas dos menores organismos do que seu próprio organismo. Constrói as “máquinas que sabem pensar”, mas o segredo de sua própria atividade criadora continua sendo um enigma em muitos aspectos. O homem conseguiu desvendar da natureza muitos segredos, no entanto, muitos angustiantes e contundentes problemas sócio-político-econômicos continuam esperando soluções. Trabalho Leia o texto com atenção e faça um comentário sobre ele.

EU ETIQUETA

EU ETIQUETA Em minha calça está gravado um nome que não é meu de batismo ou de cartório. Um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordem de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha própria identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser eu que antes era e me sabia tão diverso de outros, tão mim-mesmo ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invensível condição. Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer língua(qualquer principalmente). E nisso me comprazo, tiro glória de minha anulação. Não sou – vê lá – anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago para anunciar, para vender em bares festas praias pérgulas piscinas, e bem à vista exibo esta etiqueta global no corpo que desiste de ser veste e sandália de uma essência tão viva, independente, que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam, e cada gesto, cada olhar, cada vinco da roupa resumia uma estética? Hoje sou costurado, sou tecido, sou gravado de forma universal, saio da estamparia, não de casa, da vitrine me tiram, recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem, meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa coisamente. Poema de Carlos Drumond de Andrade. O Corpo. Rio de Janeiro. Record. 1984. P.85-87 Trabalho de Sociologia Leia o texto com atenção, faça sua interpretação e responda as questões a seguir: 1- Qual é o título do texto? 2- Coloque número nas linhas do texto para melhor compreensão das atividades. 3- Dê o significado das expressões: a) letras falantes b) gritos visuais c) ordem de uso, abuso, reincidência d) costume, hábito, premência 4- Comente: “Em minha calça está grudado... um nome estranho. 5- Porque o autor reclama que meu blusão traz lembrete de bebida que jamais coloquei na boca, marca de cigarro que não fumo, produtos que nunca experimentei? 6- O autor do texto diz que seu lenço, seu relógio, seu chaveiro, etc. em sua casa, todos estes objetos trazem etiquetas? 7- No texto: “E fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada”. Dê sua opinião. 8- O que você acha da afirmação: “È doce estar na moda, ainda que a moda seja negar sua própria identidade”. 9- O que quer dizer no texto: a) Demito-me de ser eu que antes era e sabia tão diverso de outros. b) Tão mim mesmo, ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos e conscientes da sua humana, invensível condição. 10- comente as questões 10, 11 e 12. “Agora sou anúncio, ora vulgar, ora bizarro em língua nacional ou em qualquer língua(qualquer principalmente). 11-E nisto me comprazo, tiro glória de minha anulação. 12- Comente: Não sou – vê lá – anúncio contratado. 13- Interprete as questões de 13 a 20 e resolva: Eu é que mimosamente pago para vender em festas, bares, praias e pérgulas piscinas. 14- Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher. 15- Hoje sou costurado, sou tecido, so gravado de forma universal. 16- Saio da estamparia, não de casa. 17- Da vitrine me tiram, recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signos de outros objetos, estátuas, tarifadas. 18- porque me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial. 19- Peço que meu nome retifiquem. 20- Já não me convém o título de homem. Meu nome é coisa. Eu sou a coisa coisamente.

A LINGUAGEM SILENCIOSA DA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL

A LINGUAGEM SILENCIOSA DA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL O Corpo Fala Sem Palavras Pela linguagem do corpo, você diz muitas coisas aos outros. E eles têm muitas coisas a dizer para você. Também nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para nós mesmos. É uma linguagem que não mente, e cuja estrutura é demonstrada nas páginas que você tem agora em suas mãos. Elas darão a você uma nova dimensão na comunicação pessoal. Homem ou mulher, jovem ou maduro, casado ou solteiro, qualquer que seja sua profissão ou função – este livro foi escrito para todo ser humano. Pois todo ser humano tem que lidar consigo mesmo e com os outros. Neste capítulo você vai conhecer a fascinante linguagem do corpo humano, de maneira fácil e prática, o que permitirá você lidar consigo mesmo e com os outros, e assim vai compreender que o nosso corpo fala. Por exemplo: alguém em sua frente cruza ou descruza os braços, muda a posição dos pés ou vira as palmas das mãos para cima. Tudo isso são gestos inconscientes e que, por isso mesmo, se relacionam com o que se passa no íntimo das pessoas. Estima-se que há de 2.500 a 5.000 (e às vezes até 10.000) bits o número de sinais informativos que fluem, por segundo, entre duas pessoas. Isto, evidentemente, inclui todas as mudanças que possam, em grau mínimo, ser discernidas por aparelhos registradores de alterações nas faixas percebidas como som, imagem, temperatura, tato e outros estímulos corporais. Comparemos então o corpo humano a uma esfinge. Aquela esfinge egípcia ou assíria. A esfinge era composta de 4 partes: Cabeça de gente; Corpo de boi; Asas de águia; Tórax de leão. Existe uma tradição antiga segundo a qual cada uma das partes representa uma parte do físico do homem e também a sua correspondência psicológica, que prevalece até hoje na psicologia moderna. O Boi, quando colocado em evidência na nossa expressão corporal, tende a se traduzir por uma acentuação do abdômen. A pessoa avança o abdômen; isto se encontra em pessoas que gosta de boas refeições, que se senta a vontade diante de uma farta mesa de almoço ou jantar. No plano sexual temos o famoso requebrar das mulheres. É uma provocação para os homens. Estes, por sua vez, engancham os polegares no cinto, com os outros dedos apontados para os órgãos genitais, numa nítida maneira de se oferecer. Vamos tomar como exemplo um rapaz e uma jovem: ele conversando com ela e com os polegares no cinto. Ela sai requebrando durante uns dois ou três passos, antes de voltar ao seu ritmo normal. E assim, ambos naquele breve encontro, mostraram, em linguagem do corpo, o que se passava na esfera da sua vida instintiva e vegetativa. O Leão se evidencia pelo tórax onde reside o coração; é o centro da emoção. Os especialistas em expressão corporal, sobretudo os coreógrafos, o consideram como o centro do EU. • Assim, quando há uma postura de preponderância do tórax, estamos em presença de uma preponderância do EU. São pessoas vaidosas, egocêntricas e extremamente narcisistas; ou que naquele momento querem se impor. • Ao contrário, quando o tórax está encolhido, estamos em presença ou diante de uma pessoa cujo EU está diminuído; são pessoas tímidas, submissas, retraídas ou que naquele momento se sentem dominadas pela situação. • Um tórax em postura normal significa um EU equilibrado. Podemos também observar o estado emocional da pessoa olhando atentamente para o seu tórax: • Aumento da respiração significa tensão e forte emoção. • Suspiros são indicadores de ansiedade e angústia. • O palpitar do coração e aumento do ritmo cardíaco é também indicador de forte emoção. A Águia, representada pelas asas, tem sempre o desejo de voar, às vezes para contemplar a vida, por outras vezes voar para bem longe a fim de fugir de si mesmo. O Homem, representado pela cabeça, nos indica o estado de controle do corpo pela mente. • A cabeça erguida significa hipertrofia do controle mental. • A cabeça baixa significa que a pessoa é controlada pelos estímulos externos. • Cabeça em posição normal indica um controle normal na mente. N.B.: Nós Ocidentais, estamos infinitamente mais habituados a observar expressões na cabeça do que no restante do corpo das pessoas. Nosso retrato, nos documentos que nos identificam, não inclui o corpo, e a descrição por escrito tenta nos definir por detalhes faciais e não das outras partes do corpo. Nas culturas orientais, as representações da figura humana a buscam inteira, em expressivas atitudes corporais propositadamente significativas. A inferência é clara: a cultura do Oriente percebe mais a linguagem do corpo do que nós, os ocidentais. Por exemplo, nas moedas das culturas ocidentais de todos os tempos, podemos observar o perfil dos monarcas sempre de cabeça erguida, nunca estão cabisbaixo; a sua atitude é mostrar que enxergam longe, dominando o futuro. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome: .................................................................................................................................................... Data:............⁄.............⁄.................. Série: .... Turma: ..... N°..... 1- Você acredita mesmo que pela linguagem do corpo, você diz muitas coisas aos outros, e eles têm muitas coisas a dizer para você? Explique. 2- Também nosso corpo é antes de tudo um centro de ............................................... para nós mesmos. 3- O que significa dizer que o nosso corpo fala? 4- Os gestos podem ser ....................................... e que, por isso mesmo, se .................................... com o que se passa no ................................... das pessoas. 5- Estima-se que há de ........................ a ..........................(e às vezes até 10.000) bits o número de sinais informativos que fluem, por ..................................., entre duas pessoas. 6- Isto, evidentimente, inclui todas as mudanças que possam ser discernidas por aparelhos registradores de alterações nas faixas percebidas como? 7- Comparando o corpo humano à uma esfinge, responda: a esfinge egípcia ou assíria era composta de quantas partes? Especifique. 8- De acordo com as partes da esfinge, num primeiro momento tomemos por base o boi. A pessoa quando avança o abdômem, isto se encontra entre que tipo de pessoas? 9- No plano sexual o que significa o requebrar das mulheres? 10- O leão se evidencia por qual parte do corpo? 11- O coração neste caso significa o quê? 12- Os especialistas em expressão corporal consideram o tórax como quê? 13- Quando há uma postura de preponderância do tórax, estamos em presença de uma preponderância de quê? 14- As pessoas quando evidencia o tórax são que tipo de pessoas? 15- De acordo com o texto, dê o significado de: a) Quando o tórax está encolhido. são pessoas de que tipo? b) Um tórax em postura normal. c) Aumento da respiração. d) Suspiros são indicadores de..................................................................................................... e) O palpitar do coração e aumento do ritmo cardíaco é também indicador de.................................................... 16- A Águia, representada pelas asas, tem sempre o desejo de voar, para quê? 17- O Homem, representado pela cabeça, nos indica o quê? 18- De acordo com o texto: a) A cabeça erguida significa........................................................................................................... b) A cabeça baixa significa............................................................................................................... c) Cabeça em posição normal indica............................................................................................... 19- Escreva sobre as expressões corporais na cultura ocidental. 20- Escreva sobre as expressões corporais na cultura oriental.

A LINGUAGEM DO HOMEM E DOS OUTROS ANIMAIS

A LINGUAGEM DO HOMEM E DOS OUTROS ANIMAIS O homem é um ser que fala. A palavra se encontra no limiar do universo humano, pois caracteriza fundamentalmente o homem e o distingue do animal. Poderíamos dizer, porém, que os animais também têm linguagem. Mas a natureza dessa comunicação não se compara a revolução que a linguagem humana provoca na relação do homem com o mundo. A diferença entre a linguagem humana e a dos animais irracionais está no fato de que os animais irracionais não conhecem os símbolos, mas somente os índices. O índice se relaciona de forma fixa e única com a coisa que se refere. Por exemplo: as frases com que nos adestramos os cachorros devem ser as mesmas, porque são índices, isto é, indicam a mesma coisa e uma coisa muito especial. Ninguém pode negar que o cachorro expressa a emoção por sons que nos permitem identificar medo, dor, prazer, etc. Quando abana o rabo ou rosna arreganhando os dentes, o cão nos diz coisas; e quando pronunciamos a expressão vamos passear, ele nos aguarda alegremente junto a porta. Quanto a entender o que o dono diz, isso se deve ao adestramento, e os resultados são sempre medíocres, porque são mecânicos, rígidos, geralmente obtidos mediante aprendizagem por reflexo condicionado. No estudo da linguagem das abelhas, por exemplo, dançando elas comunicam as outras onde encontraram pólen. No caso das abelhas, estamos diante de uma linguagem programada biologicamente, idêntica da espécie. Por outro lado, o símbolo é universal, convencional, versátil e flexível. Tomemos como exemplo a palavra cruz. Esta palavra não tem sentido unívoco, na medida que faz lembrar um instrumento usado para executar os condenados a morte; pode representar o cristianismo; pode ser também um enfeite e assim por diante, com múltiplas, infindáveis e inimagináveis significações. Assim, a linguagem humana intervém como uma forma abstrata que distancia a pessoa da experiência vivida, tornando-o capaz de reorganizá-la numa outra totalidade e lhe dar novo sentido, enquanto a linguagem irracional visa adaptação a situação concreta. É pela palavra que somos capazes de nos situar no tempo, lembrando o que aconteceu no passado e antecipando o futuro pelo pensamento. Enquanto o animal irracional vive sempre no presente, as dimensões humanas se ampliam para além de cada momento. É por isso que podemos dizer que, mesmo quando o animal irracional consegue resolver algum problema, sua inteligência é ainda concreta. Já o homem, pelo poder do símbolo, tem inteligência abstrata. Se a linguagem, por meio da representação simbólica e abstrata, permite o distanciamento do homem em relação ao mundo, também é o que possibilitará seu retorno ao mundo para transformá-lo. Portanto, se não tem oportunidade de desenvolver e enriquecer a linguagem, o homem torna-se incapaz de compreender e agir sobre o mundo que o cerca. Na verdade, o homem é um ser que pensa e fala. Se a palavra, que distingue o homem de todos os seres vivos, se encontrar enfraquecida na possibilidade de expressão, é o próprio homem que se desumaniza. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome:........................................................................................................................................ Data:..........⁄.........⁄.................. Série: .......... Turma: ........ N º ...... 1- De acordo com o texto A Linguagem do Homem e dos Outros Animais, o homem é: ( ) Um ser que pensa ( ) Um ser raciocina ( ) Um ser que fala 2- O que significa a expressão “no limiar do universo humano”? 3- Porque é importante dizer que a palavra se encontra no limiar do universo humano? 4- Podemos dizer que os animais também têm linguagem. Mas, o que acontece com a linguagem do homem que é diferente dos outros animais? 5- De acordo com o texto, onde está a diferença entre a linguagem humana e a dos animais irracionais? 6- Diferencie índice e símbolos na linguagem. 7- Cite um exemplo de índice na linguagem. 8- Cite um exemplo de símbolo na linguagem. 9- Como é que o cão entende o que dizemos a ele? 10- Como são os resultados do que dizemos ao cão? 11- Porque podemos dizer que o resultado da nossa linguagem com o cão é medíocre? 12- No estudo da linguagem das abelhas, como é que elas comunicam as outras que encontraram o pólen? 13- Qual é o tipo de linguagem das abelhas? 14- Por outro lado, o símbolo é .......................,......................,.........................e ............................. 15- O que significa dizer que a palavra cruz não tem sentido unívoco? 16- Cite alguns significados da palavra cruz, de acordo com o texto. 17- Dê o significado das palavras: infindáveis e inimagináveis. 18- De acordo com o texto, como é que somos capazes de nos situar no tempo, lembrando o que aconteceu no passado e antecipando o futuro pelo pensamento? 19- Comente as afirmações: a) “Enquanto o animal irracional vive sempre no presente, as dimensões humanas se ampliam para além de cada momento”. b) “Podemos dizer que, mesmo quando o animal irracional consegue resolver algum problema, sua inteligência é ainda concreta”. c) “Já o homem, pelo poder do símbolo, tem inteligência abstrata”. 20- Justifique a frase: “Se a palavra, que distingue o homem de todos os seres vivos, se encontrar enfraquecida na possibilidade de expressão, é o próprio homem que se desumaniza”.

O SER HUMANO E A COMUNICAÇÃO

O SER HUMANO E A COMUNICAÇÃO Primeiras Formas de Comunicação A história dos meios de comunicação se iniciou no momento em que os integrantes de um primeiro grupo humano começaram a se entender por gestos e sons indicativos de objetos e intenções. Em seguida, com base nessa experiência, surgiu a linguagem, concebida em sua primeira fase, como um elenco de nomes próprios. Com o passar do tempo, do nome próprio nasceu o nome comum, isto é, a palavra que não se limita a indicar um determinado objeto, mas sim, todos os objetos de uma mesma espécie. Por exemplo: peixe, para significar todos os peixes; árvore, significando qualquer tipo de árvores. Desse modo, a palavra se transformou em vestimenta de idéias. A palavra, mistério e redenção do homem, foi apenas o passo inicial de um infinito itinerário. Misteriosas quanto a suas origens, a palavra permitiu uma eficiente transmissão de conhecimentos de geração a geração, fazendo surgir grupos humanos homogeneizados por um acervo cultural comum. A ESCRITA Mais tarde, o homem aprendeu a reproduzir, pelo desenho, a figura de animais, plantas e cenas da natureza. Discute-se sobre as intenções dos longevos artistas que desenharam as figuras nas paredes das cavernas. No entanto, qualquer que seja a explicação desses intuitos, o certo é que uma nova experiência se incorporou ao acervo humano. Talvez com base nessa experiência, talvez sem base nela, um dia o homem gravou uma marca a qual atribuiu um significado e, a partir desse primeiro sinal, lançou os fundamentos daquilo que viria a ser a escrita. Na verdade não sabemos qual teria sido esse sinal de tão insigne progênie, pois somente suposições orientam os pesquisadores neste assunto. É possível que os primeiros sinais gráficos tenham sido de conteúdo numérico. Talvez os caçadores anotando, com traços, a quantidade de animais abatidos. Primordial na história da escrita foi a invenção da pictografia, possivelmente quase quatro mil anos antes de Cristo. A escrita pictográfica ou hieroglífica constitui na representação desenhada de objetos concretos, formando, em sucessão, um relato coerente. Gradualmente alguns desses sinais tomaram um sentido convencional e passaram a designar conceitos abstratos, tornando-se ideogramas. Acrescentaram-se, depois, sílabas que, articuladas, formaram palavras. Afinal, surgiram signos alfabéticos que, correlacionando a escrita com a voz humana, reproduziram-na graficamente. Os egípcios, os assírios e outros povos da antiguidade conheceram essa evolução em seus sistemas de escrita. A última etapa do longo caminho viria a ser a utilização exclusiva dos caracteres alfabéticos nas comunicações escritas. Esta conquista final é creditada aos fenícios. Com a escrita, mesmo em sua forma mais rudimentar, o homem venceu o tempo e o espaço. Ela permitiu a fixação do conhecimento, mantendo-o disponível ao longo do tempo, e, simultaneamente, admitiu sua disseminação pelo transporte, facultando a comunicação a distância, culminando com toda evolução que temos e a que ainda teremos na história da humanidade. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome:....................................................................................................................................................... Data:.......⁄.........⁄.................. Série: ....... Turma: ...... N º ...... Endereço Eletrônico: ............................................................................................................................... 1- Quando é que se iniciou a história dos meios de comunicação? 2- Em seguida, com base nessa experiência, o que surgiu? 3- A linguagem foi concebida em sua primeira fase como.....................................................( Complete). 4- Continue completando: a) Com o passar do.................., do nome...................nasceu o nome ................................. b) A palavra que não se ................. a indicar um .......................... objeto, mas sim, ..................................... de uma mesma espécie. 5- Quando usamos a palavra peixe para significar todos os peixes; árvore, significando qualquer tipo de árvores. Desse modo a palavra se transformou em quê? 6- Dê o significado das expressões: a) "A palavra, mistério e redenção do homem". b) "Foi apenas o passo inicial de um infinito itinerário". c) "A palavra, misteriosas quanto a suas origens". d) "Reconstituídas só por conjectura". e) "A palavra permitiu uma eficiente transmissão de conhecimentos de geração a geração". f) "A palavra fez surgir grupos humanos homogeneizados por um acervo cultural comum". 7- Com o desenvolvimento, o que o homem aprendeu a produzir, pelo desenho? 8- O que significa a expressão "longevos artistas"? 9- Qual é o trabalho artístico que os longevos artistas desenvolveram? 10- Qualquer que seja a explicação desses intuitos, o certo é que uma nova ........................ se ............................ ao acervo humano. 11- Talvez com base nessa .............................., talvez sem base .................., um dia o homem gravou uma marca a qual atribuiu um ............................................. 12- E a partir desse primeiro sinal, lançou os fundamentos daquilo que viria ser o quê? 13- Dê o significado da frase realçando as palavras sublinhadas: "Na verdade não sabemos qual teria sido esse sinal de tão insigne progênie". 14- De acordo com o texto, há uma hipótese que os primeiros sinais gráficos tenham sido de que forma? 15- Dê o significado: "invenção da pictografia". 16- A quantos anos possivelmente se deu a invenção da pictografia, de acordo com o texto? 17- A escrita pictográfica também pode ser chamada de? 18- Em que constitui a escrita pictográfica ou hieroglífica? 19- Depois de alguns desses sinais tomarem um sentido convencional e passarem a designar conceitos abstratos, acrescentaram o quê? 20- Faça um comentário do trecho: "Afinal, surgiram signos alfabéticos que, correlacionando a escrita com a voz humana, reproduziram-na graficamente. Os egípcios, os assírios e outros povos da antiguidade conheceram essa evolução em seus sistemas de escrita. A última etapa do longo caminho viria a ser a utilização exclusiva dos caracteres alfabéticos nas comunicações escritas. Esta conquista final é creditada aos fenícios".

terça-feira, 25 de setembro de 2018

A FILOSOFIA MODERNA

Chamamos de filosofia moderna o período da filosofia que começou no século XV quando teve início a Idade Moderna. Ela permaneceu até o século XVIII, com a chegada da Idade Contemporânea. Baseada na experimentação, a filosofia moderna vem questionar valores relacionados com os seres humanos bem como sua relação com a natureza. O racionalismo e o empirismo demostram essa mudança. O primeiro está associado a razão humana (considerada uma extensão do poder divino), e o segundo está baseado na experiência. Contexto Histórico O final de Idade Média esteve calcada no conceito de teocentrismo (Deus no centro do mundo) e no sistema feudal, terminou com o advento da Idade Moderna. Essa fase reúne diversas descobertas científicas (nos campos da astronomia, ciências naturais, matemática, física, etc.) o que deu lugar ao pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo). Assim, esse período esteve marcado pela revolução do pensamento filosófico e científico. Isso porque deixou de lado as explicações religiosas do medievo e criou novos métodos de investigação científica. Foi dessa maneira que o poder da Igreja Católica foi enfraquecendo cada vez mais. Nesse momento, o humanismo tem um papel centralizador oferecendo uma posição mais ativa do ser humano na sociedade. Ou seja, como um ser pensante e com maior liberdade de escolha. Diversas transformações ocorreram no pensamento europeu da época dos quais se destacam: • a passagem do feudalismo para o capitalismo; • o surgimento da burguesia; • a formação dos estados nacionais modernos; • o absolutismo; • o mercantilismo; • a reforma protestante; • as grandes navegações; • a invenção da imprensa; • a descoberta do novo mundo; • o início do movimento renascentista. Principais Características As principais características da filosofia moderna estão pautadas nos seguintes conceitos: • Antropocentrismo e Humanismo • Cientificismo • Valorização da natureza • Racionalismo (razão) • Empirismo (experiências) • Liberdade e idealismo • Renascimento e iluminismo • Filosofia laica (não religiosa) Principais Filósofos Modernos Confira abaixo os principais filósofos e os problemas filosóficos da Idade Moderna: Michel de Montaigne (1523-1592) Inspirado no epicurismo, estoicismo, humanismo e ceticismo, Montaigne foi um filósofo, escritor e humanista francês. Trabalhou com temas da essência humana, moral e política. Foi o criador do gênero textual ensaio pessoal quando publicou sua obra “Ensaios”, em 1580. Nicolau Maquiavel (1469-1527) Considerado “Pai do Pensamento Político Moderno”, Maquiavel foi filósofo e político italiano do período do Renascimento. Ele introduziu princípios morais e éticos para a Política. Separou a política da ética, teoria analisada em sua obra mais emblemática “O Príncipe”, publicada postumamente em 1532. Jean Bodin (1530-1596) Filósofo e jurista francês, Bodin contribuiu para a evolução do pensamento político moderno. Sua "teoria do direito divino dos reis", foi analisada em sua obra “A República”. Segundo ele, o poder político estava concentrado numa só figura que representa a imagem de Deus na Terra, baseada nos preceitos da monarquia. Francis Bacon (1561-1626) Filósofo e político britânico, Bacon colaborou com a criação de um novo método científico. Assim, é considerado um dos fundadores do "método indutivo de investigação científica", baseado nas observações dos fenômenos naturais. Além disso, apresentou a “teoria dos ídolos” em sua obra “Novum Organum”, que, segundo ele, alteravam o pensamento humano bem como prejudicava o avanço da ciência. Galileu Galilei (1564-1642) “Pai da Física e da Ciência Moderna”, Galileu foi um astrônomo, físico e matemático italiano. Colaborou com diversas descobertas científicas na sua época. Grande parte esteve baseada na teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico (a Terra gira em torno do sol), contrariando assim, os dogmas expostos pela Igreja Católica. Ademais, foi criador do “método matemático experimental”, o qual está baseado na observação dos fenômenos naturais, experimentações e valorização da matemática. René Descartes (1596-1650) Filósofo e matemático francês, Descartes é reconhecido por uma de suas célebres frases: “Penso, logo existo”. Foi criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Esse tema foi analisado em sua obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático, publicado em 1637. Baruch Espinosa (1632-1677) Filósofo holandês, Espinosa baseou suas teorias num racionalismo radical. Criticou e combateu as superstições (religiosa, política e filosófica) que, segundo ele, estariam pautadas na imaginação. A partir disso, o filósofo acreditava na racionalidade de um Deus transcendental e imanente identificado com a natureza, o qual fora analisado em sua obra “Ética”. Blaise Pascal (1623-1662) Filósofo e matemático francês, Pascal contribuiu com estudos pautados na busca da verdade, refletidos na tragédia humana. Segundo ele, a razão não seria o fim ideal para provar a existência de Deus, uma vez que o ser humano é impotente e está limitado às aparências. Em sua obra “Pensamentos”, apresenta suas principais indagações acerca da existência de um Deus baseado no racionalismo. Thomas Hobbes (1588-1679) Filósofo e teórico político inglês, Hobbes buscou analisar as causas e propriedades das coisas, deixando de lado a metafísica (essência do ser). Baseado nos conceitos do materialismo, mecanicismo e empirismo, desenvolveu sua teoria. Nela, a realidade é explicada pelo corpo (matéria) e por seus movimentos (aliados à matemática). Sua obra mais emblemática é um tratado político denominado de “Leviatã” (1651), mencionando a teoria do “contrato social” (existência de um soberano). John Locke (1632-1704) Filósofo inglês empirista, Locke foi precursor de muitas ideias liberais criticando assim, o absolutismo monárquico. Segundo ele, todo o conhecimento era proveniente da experiência. Com isso, o pensamento humano estaria pautado nas ideias de sensações e reflexão onde a mente seria uma "tábula rasa" no momento do nascimento. Assim, as ideias são adquiridas ao longo da vida a partir de nossas experiências. David Hume (1711-1776) Filósofo e diplomata escocês, Hume seguia a linha empirista e do ceticismo. Criticou o racionalismo dogmático e o raciocínio indutivo, analisados em sua obra “Investigação Acerca do Entendimento Humano”. Nessa obra, ele defende a ideia do desenvolvimento do conhecimento a partir da experiência sensível, donde as percepções estariam divididas em: impressões (associadas aos sentidos); ideias (representações mentais resultantes das impressões). Montesquieu (1689-1755) Filósofo e jurista francês do iluminismo, Montesquieu foi um defensor da democracia e crítico do absolutismo e do catolicismo. Sua maior contribuição teórica foi a separação dos poderes estatais em três poderes(poder executivo, poder legislativo e poder judiciário). Essa teoria foi formulada em sua obra O Espírito das Leis (1748). Segundo ele, essa caracterização protegeria as liberdades individuais, ao mesmo tempo que evitaria abusos dos governantes. Voltaire (1694-1778) Filósofo, poeta, dramaturgo e historiador francês foi um dos mais importantes pensadores do Iluminismo, movimento baseado na razão. Defendeu a monarquia governada por um soberano esclarecido e a liberdade individual e de pensamento, ao mesmo tempo que criticou a intolerância religiosa e o clero. Segundo ele, a existência de Deus seria uma necessidade social e, portanto, se não fosse possível confirmar sua existência, teríamos de inventá-lo. Denis Diderot (1713-1784) Filósofo e enciclopedista do iluminismo francês, ao lado de Jean le Rond D’Alembert (1717-1783), ele organizou a “Enciclopédia”. Essa obra de 33 volumes reunia os conhecimentos de diversas áreas. Contou com a colaboração de diversos pensadores, tal qual Montesquieu, Voltaire e Rousseau. Essa publicação foi primordial para a expansão do pensamento moderno burguês da época e dos ideais iluministas. Rousseau (1712-1778) Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo social e escritor suíço e uma das mais importantes figuras do movimento iluminista. Foi um defensor da liberdade e crítico do racionalismo. Na área da filosofia investigou temas acerca das instituições sociais e políticas. Suas obras mais destacadas são: “Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os homens” (1755) e “Contrato Social” (1972). Adam Smith (1723-1790) Filósofo e economista escocês, Smith foi o principal teórico do liberalismo econômico, criticando assim o sistema mercantilista. Sua obra mais emblemática é o “Ensaio sobre a riqueza das nações”. Aqui, ele defende uma economia baseada na lei da oferta e procura, o que resultaria na autorregulação do mercado e consequentemente, supriria as necessidades sociais. Immanuel Kant (1724-1804) Filósofo alemão iluminista, Kant buscou explicar os tipos de juízos e conhecimento desenvolvendo um “exame crítico da razão”. Em sua obra “Crítica da razão pura” (1781) ele apresenta duas formas que levam ao conhecimento: o conhecimento empírico (a posteriori) e o conhecimento puro (a priori). Além dessa obra, merece destaque a “Crítica da razão prática” (1788). Em resumo, na filosofia Kantiana, o conhecimento seria resultado da sensibilidade e do entendimento. FRIEDRICH HEGEL ( 1770 – 1831) Nasceu em Estutigarda, Alemanha. Seu pai era funcionário público e a família não carecia de recursos. Dotado de inteligência excepcional e cultura enciclopédica, foi professor nas universidades de Lena, Heidelberg e Berlim, onde passou a ser o filósofo oficial do estado prussiano. Desde jovem foi grande metódico, estudioso incansável, versado em vários campos do saber. Em 1788, matriculou-se na universidade de Tubinga, estudando filosofia durante um biênio e teologia durante um triênio. Na universidade, estabeleceu relações de amizade com companheiros de estudo destinados a se tornarem protagonistas da cultura alemã. Juntamente com Schelling e Holderlin, participou da cerimônia que celebrou os ideais da revolução francesa com a simbólica plantação da árvore da liberdade. Hegel escreveu sua obra principal chamada de Fenomenologia do Espírito e nela elaborou a forma mais completa do idealismo expressa na sua famosa frase: “tudo aquilo que real é racional e tudo aquilo que é racional é real”. Procurou interpretar a totalidade dos fatos e da história, quando disse: “infeliz é o povo que não conhece sua história, pois está condenado a cometer no futuro os mesmos erros do passado”. Criou o método dialético que se faz em três momentos: tese, antítese e síntese.