sábado, 11 de março de 2017

MULHERES NA FILOSOFIA

A história da filosofia demonstra a presença de várias mulheres filósofas, embora com destaque reduzido. Isso se deve a vários fatores, dentre os quais a menor presença de mulheres em relação a homens nesse campo ao longo de toda a história. Em certos casos, porém, seus trabalhos não foram tão reconhecidos e difundidos simplesmente por questões culturais. Antiguidade (Séc. XXIII) Enheduana - Foi o primeiro ser humano de que se tem notícia a assinar suas próprias obras, sendo por isso a primeira pensadora da História. Foi também a primeira sacerdotisa (sábia, filósofa) do templo da deusa lua; nestes templos dirigia várias atividades, comércio, artes; também eram ensinados matemática, ciências e especialmente o movimento das estrelas e dos planetas. Escreveu 42 hinos para a deusa Inana e é por isso uma das principais fontes da mitologia suméria. Antiguidade(Séc. IX - IV) Lopamudra - Foi uma filósofa da Índia, que viveu em cerca de 800 a.C.; a ela deve-se um dos hinos do Rigveda e a disseminação dos mil nomes da Deusa mãe. Temistocléia - Foi uma filósofa, matemática e uma alta profetisa de Delfos, que viveu no século VI a.C. e foi, segundo o filósofo Aristoxenos a grande mestra de Pitágoras, introduzindo-o aos princípios da ética, Depois de Pitágoras criar o termo filosofia, Temistocléia teria sido a primeira mulher filósofa do Ocidente [1]. Melissa - Melissa foi uma filósofa e matemática pitagórica. Safo de Lesbos(VII-VI a. C) - Poetisa e educadora nascida em Mitilene, na ilha de Lesbos. Rivalizou com o poeta Alceo e, junto com ele, representa a criação da poesia lírica grega, em contraposição à poesia épica (Homero). Da sua obra conservaram-se dez livros. Theano (546 a. C. -) Nascida em 546 a.C., viveu na última parte do século VI a.C. foi uma matemática grega. É também conhecida como filósofa e física. Theana foi aluna de Pitágoras e supõe-se que tenha sido sua mulher. Acredita-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido. Aspásia de Mileto (470-410 a. C.) - Nascida em Mileto, pertenceu ao círculo da elite de Atenas onde conhece Péricles e com ele tem um filho. Como sofista da época, Aspásia também nada escreveu, e os relatos de sua habilidade como argumentadora e educadora, bem como sua influência política sobre Péricles encontram-se na obra de Platão. Diotima de Mantineia (século V a C) - Personagem criada por Platão é apresentada como sábia no diálogo o Banquete. Não se sabe ao certo se existiu, mas acredita-se que sim. A ela atribui-se toda a teoria socrático-platônica do amor. Asioteia de Filos (393 – 270 a C)[editar | editar código-fonte] Ensinava física na Academia de Platão ao lado de outras mulheres que frequentavam a escola. Hipárquia de Maroneia - Aristocrata, é elogiada por Diógenes Laertios pela cultura e raciocínio, comparando-a com Platão. Escreveu: “Cartas e Tragédias”. Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C) - Viveu em Alexandria, seguidora do culto de Isis é considerada como a fundadora da alquimia. Entre os escritos está o livro de Magia Prática. Atribui-se a ela a descoberta do ácido clorídrico e é em homenagem às suas descobertas com o ponto de ebulição da água o nome de banho-maria. Hipácia de Alexandria (415 d C) - Cultivou superiormente as matemáticas e a filosofia. Manteve viva a chama do pensamento helênico de raiz ateniense numa Alexandria dilacerada pelas lutas religiosas. Foi brutalmente assassinada por uma multidão de religiosos fanáticos. Idade Média(Séc. V - XIV) Hildegarda de Bingen (1098-1179) - Conhecida como terapeuta e visionária. Vasta obra de ciência natural sobre biologia e botânica, astronomia e medicina. Fundou um monastério em 1165, seus escritos místicos e teológicos filosóficos são de inspiração platônica. Heloísa de Paráclito (1101-1164) - Francesa, foi abadessa do convento de Paráclito, uma comunidade monástica fundada pelo filósofo Pedro Abelardo, seu professor e amante. A longa correspondência dos dois documenta a paixão e o debate que nutriam ao longo da vida (Correspondências ou Epístolas). Também escreveu um texto chamado “Problemata”. Akka Mahadevi (1130-1160) - Suas Vachanas são consideradas uma forma de poesia didática e sua maior contribuição para a literatura Kannada Bhakti. A ela foi concedido o título honorífico Akka pela relevância da obra. Sabe-se que foi ativa em favor de causas femininas e do bem-estar das mulheres; participou de grupos de estudo em filosofia do Anubhavamantapa e de ascensão espiritual (Moksha; por ela nomeado de arivu). Catarina de Siena (1347-1380) - Liderou uma comunidade de homens e mulheres, sendo considerada a última reformadora religiosa do período medieval. Escreveu “Diálogo da Doutrina Divina”. Cristina de Pizan (1365-1431) - Considerada a primeira autora profissional. Sua obra mais famosa foi escrita em 1405, “A Cidade das Mulheres”. Questiona a autoridade masculina dos grandes pensadores e poetas que contribuíram para a tradição misógina e decide fazer frente às acusações e insultos contra as mulheres. Idade Moderna(Séc. XV - XVIII) Teresa de Jesus (de Ávila) (1515-1582) - A partir de 1562 começa a fundar monastérios das carmelitas descalças na Espanha, uma variante feminina da ordem da qual pertencia. Obras: “Caminho da Perfeição”, a autobiografia “Livro de sua Vida”, “Castelo Interior” ou “As Moradas”. Louise Labé (1524-1566) - Francesa erudita, literata e música. Obras: “Sonetos”, “Debate entre a Loucura e o Amor”. Na dedicatória deste livro escreve uma espécie de manifesto das reivindicações femininas: o direito das mulheres à ciência e outros conhecimentos. Oliva Sabuco (1525/30) - Médica e filósofa espanhola; foi pioneira em medicina psicossomática, apontando a necessidade de unir filosofia e medicina, corpo, alma, mente e demonstrando que até a cosmologia pode afetar a saúde humana. Escreveu uma obra holística com sete tratados sobre o assunto, publicada em 1587. Mary Astell (1666-1731) - Uma pensadora que unificou suas convicções filosóficas e religiosas em uma visão feminista. Inovou o campo moral e pedagógico de sua época. Obras: “A Serious Proposal to the Ladies for the Advancement of their true and greater Interests” e “By a lover of her Sex”. Maria Gaetana Agnesi (1718-1799) - Foi uma linguista, filósofa e matemática italiana. Agnesi é reconhecida como tendo escrito o primeiro livro que tratou, simultaneamente, do cálculo diferencial e integral. Escreveu em latim a obra "Propositiones philosophicae" (Proposições Filosóficas), publicada em Milão em 1738; mas o que a tornou notável foi o seu compêndio profundo e claro de análise algébrica e infinitesimal na obra "Instituzioni Analitiche" (Instituições Analíticas), traduzida para o inglês e para o francês. Mary Wollstonecraft (1739- 1797) - Escreveu seu primeiro livro em 1787, “Pensamentos sobre a Educação das Filhas”, onde se percebe a influência de Locke e Rousseau. Em 1790 escreve a “Reivindicação dos Direitos dos Homens” e, em 1792, sua obra mais importante, um tratado político-filosófico intitulado “A Reivindicação dos Direitos das Mulheres”. Olímpia de Gouges (1748-1793) - São mais de quatro mil páginas de escritos revolucionários, peças de teatro, panfletos, novelas, sátiras, utopias e filosofia. Foi presa por questionar a escravidão dos negros; tomou posições em favor dos direitos da mulher (divórcio, maternidade, educação e liberdade religiosa) e defendeu oprimidos e humilhados com tal dedicação será condenada à guilhotina, em 1793. Das obras destacam-se: “Memórias de Mme. De Valmont”, “Carta ao Povo”, “Os Direitos da Mulher e Cidadã”. Harriet Taylor (1807 – 1858) - Foi uma filósofa e defensora dos direitos das mulheres. A estreita relação com Stuart Mill torna difícil dizer o quanto cada um assumiu o trabalho que produziram coletivamente, principalmente a obra The Subjection of Women. Idade Contemporânea (Séc. XIX - XX) Rosa de Luxemburgo (1871-1919) - Publicava, em Paris, o Jornal A Causa Operária, em 1906. Participou sempre à esquerda das atividades do Partido Social Democrata Polonês e do III Congresso da Internacional Socialista. Foi presa diversas vezes. Em 1919 é assassinada pela polícia em uma prisão alemã. Obras: “Acumulação do Capital”, “Contribuição para a explicação do Imperialismo”, “Militarismo, guerra e classe operária”, “A revolução Russa.” Lou Andreas-Salomé (1861-1937) - Em 1919 escreve seu primeiro ensaio de argumento psicológico, “O Erotismo”. Passou então a freqüentar o debate psicanalítico e encontrou os argumento que necessitava para articular seus maiores interesses: a arte, a religião e a experiência amorosa como pode se verificar em sua obra: “Reflexões sobre o problema do amor”, “Religião e Cultura”, “Jesus, o judeu”, “Meu agradecimento a Freud”. Edith Stein (1891-1942) - Lecionava na Universidade de Gottinger. E 1915 presta serviço a Cruz Vermelha.Em 1925 dedica-se a uma intensa atividade, traduzindo obras de São Tomás de Aquino e Newman e publicando “Sobre o Estado e a Fenomenologia de Husserl”. Interessou-se pela questão feminina no campo filosófico e religioso, publicando “Ethos” das profissões das mulheres. Morreu em 1942 em Auschwitz numa câmara de gás. Maria Zambrano (1904-1991) - Em 1936 faz parte de um grupo de intelectuais que com missões pedagógicas, iniciam uma experiência de educação popular. A relação entre poesia e filosofia, o mito e a razão, a paixão e o intelecto, a obra e a ação, o papel dos intelectuais e o sentido da história parecem ser as principais preocupações de Maria Zambrano. Hannah Arendt (1906-1975) - A partir de “As origens do Totalitarismo”, inicia uma reflexão dos acontecimentos de sua época; pensa de um modo novo a política e critica a tradição filosófica de seu tempo e seus contemporâneos. Obras: “A condição Humana”, “Entre o passado e o futuro”, “Crises da República”, “Eichmann em Jerusalém”, “A banalidade do mal”, “A vida do Espírito. O pensar, o querer e o julgar” Simone de Beauvoir (1908-1986) - Representante do Existencialismo. Colaboradora da Revista Tempos Modernos. Nas décadas de 50 e 60 viajou pelo mundo debatendo sua produção filosófica, com grupos políticos e feministas. O “Segundo Sexo”, obra sobre a condição feminina, transformou-se em ícone do movimento feminista. Escreveu também: “Por uma moral da ambiguidade”, “A força das coisas” e “Balanço final”, entre outros. Foi professora mas, seguindo seu impulso político, decidiu fazer parte da classe operária. Seus textos refletem suas experiências e suas intuições, bem como seu percurso pelo marxismo até a religião. Obras: “Reflexões sobre as Causas da liberdade e da opressão social”, “Reflexões sobre a Origem do Hitlerismo”, etc. Angela Davis (1944) - Ativista radical dos anos 70 no movimento político Black Power- as panteras negras. Debate os conceitos de liberdade e liberação, bem como a reflexão sobre o sexismo e racismo, ao lado da classe e o poder. Seus escritos trazem um pensamento transformador para a reflexão filosófica no século XX.[2] Susanne Langer (1895-1985) - Susanne Langer (Susanne Katherina Knauth, Nova Iorque, 20 de dezembro de 1895 — Nova Iorque, 17 de julho de 1985) foi uma grande especialista em filosofia da arte, seguidora de Ernst Cassirer. Sua publicação mais conhecida em português é Filosofia em Nova Chave, seus principais escritos enfocam o papel da arte no conhecimento humano. Entre suas principais influências destacam-se também o filósofo e matemático Alfred North Whitehead, o músico Heinrich Schenker, o filósofo da educação Louis Arnaud Reid, o psiquiatra e neurologista alemão Kurt Holdstein. Define a obra de arte como um símbolo presentacional que articula a vida emocional do ser humano. Ayn Rand (1905-1982) - Ayn Rand foi uma escritora, dramaturga, roteirista e controversa filósofa estado-unidense de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo. A filosofia e ficção enfatizam noções de individualismo, egoísmo racional, e capitalismo. Os romances preconizam o individualismo filosófico e liberalismo econômico. Sarah Kofman (1934–1994) - Foi uma filósofa francesa com mais de 20 livros publicados, sobre diferentes assuntos; estudos sobre a mulher na psicanálise freudiana (considerada a mais completa análise sobre a sexualidade feminina em Freud), a trajetória da mulher na filosofia ocidental e estudos sobre Nietzsche. Julia Kristeva (1941) - É uma filósofa búlgara-francesa. Erudita, é autora de vários livros em variadas áreas de conhecimento, como arte, linguística, feminismo e pós-estruturalismo. N.B – Existem outras mulheres filósofas nos dias de hoje, que estão vivas, escritoras, acadêmicas, jornalistas e muito mais. Dentre elas podemos citar: Marilena Chauí, Mirna Fernandes, Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins, Mirna Fernandes e outras.

LISTA DE 50 MULHERES QUE INFLUENCIARAM O MUNDO

Nos anos 60, Leila Diniz tornou-se símbolo da mulher brasileira emancipada e independente Para aqueles que acham que as mulheres não merecem ser louvadas em um dia especial, deveriam saber que as moças já apanharam muito na história do mundo e tiveram seu papel relegado ao segundo plano. Mesmo nas crenças religiosas, as mulheres são associadas ao mal: Eva, responsável pela nossa expulsão do Paraíso; Maria Madalena, colocada como prostituta no Novo Testamento; e Salomé, sedutora que pediu a cabeça de João, o batista, estão aí para mostrar uma terrível imagem feminina aos crentes. Já na mídia podemos exemplificar com a revista Life, que em 1997 por exemplo, lançou uma belíssima edição sobre os maiores acontecimentos do milênio. Dos 100 grandes nomes relacionados aos avanços nessa trajetória, só 9 eram de mulheres. Por isso, para fazer real justiça ao público feminino, listamos, abaixo, 50 grandes mulheres que mudaram a vida dos homens, rivalizando-os com seu poder, inteligência e força interna. Graças a elas e tantas outras, nossa existência ficou mais rica e, seguramente, mais interessante. Obviamente que toda lista é polêmica e sabemos que essas 50 mulheres estão entre milhares de outras, mas que elas sirvam, hoje e em todos os dias do ano, como inspiração. 1.Helena de Tróia (Grécia - lendária) Figura mitológica de beleza e graça incontestável, teria sido o motivo pelo qual os gregos batalharam os troianos na famosa guerra, ganha especialmente por um cavalo de madeira. 2.Nefertiti (Egito - 1380 AC a 1345 AC) Rainha egípcia, junto com seu marido, o faraó Akhenaton, alterou as crenças religiosas de seu povo para o monoteísmo e levou-os a louvar o sol ao invés da lua. 3.Phryne (Grécia - cerca de 400 AC) Famosa cortesã grega em cerca de 400 AC, tinha uma beleza considerada divina, a ponto de livrá-la da morte por heresia em um tribunal. 4.Cleópatra (Egito - 70 AC a 30 AC) Um dos nomes femininos mais conhecidos de todos os tempos, governou o Egito e levou os romanos Julio César e Marco Antônio à loucura e a uma rivalidade sem tamanho. 5.Boadicéia (Inglaterra - cerca de 66 AC) Rainha celta que liderou tribos em um levante contra as forças romanas que ocupavam a Grã-Bretanha. Era "alta, terrível de olhar e abençoada com uma voz poderosa", segundo o historiador clássico Dião Cássio. 6.Hipácia de Alexandria (Grécia - de 370 a 415) Matemática e filósofa, adepta às filosofias de Platão, foi perseguida pelos reis cristãos por proclamar que o universo é regido por normas matemáticas. 7.Khadijah bint Khuwaylid (Oriente Médio - de 555 a 619) Esposa do profeta Maomé, foi também a primeira pessoa a se converter ao islamismo. Apesar das leis vigentes na época permitirem o poligamismo, Maomé manteve-a como sua única esposa por 24 anos. 8.Leonor da Aquitânia (Inglaterra - de 1112 a 1204) Rainha consorte da França e Inglaterra, seu instinto político e sagacidade a tornaram uma das mulheres mais influentes e poderosas da Idade Média. 9.Catarina de Siena (Itália - de 1347 a 1380) A Santa Catarina, apesar de analfabeta, ditou várias cartas e obras, em especialDiálogo sobre a Divina Providência , considerado pelos eclesiásticos como um dos maiores testemunhos do misticismo cristão e das idéias teológicas e espirituais. 10.Joana D´Arc (França - de 1412 a 1431) Santa padroeira da França, inspirada, segundo a lenda, por forças espirituais, foi a grande heroína da Guerra dos 100 anos e acabou queimada viva com apenas 19 anos de idade. 11.Catarina de Médici (França - de 1519 a 1589) Força política por trás dos 30 anos de guerra entre a Igreja Católica Romana e os Huguenotes franceses, foi a instigadora do Massacre de São Bartolomeu e grande patrona das artes na França. 12.Elisabeth I (Inglaterra - de 1533 a 1603) A precursora do grande Império Britânico, patrocinadora das artes e da cultura (ela que descobriu William Shakespeare), é ainda figura controversa entre os historiadores, que se dividem ao considerá-la uma grande governante e um mulher que fazia tudo pela metade. 13.Ana Pimentel (Portugal/Brasil por volta de 1534) Esposa de Martim Afonso de Souza, governou a capitania de São Vicente sem nunca ter posto os pés no Brasil, e foi quem ordenou o cultivo de cana de açúcar, laranja, arroz, trigo e criação de gado na região. 14.Dandara (Brasil - de 1664 a 1694) Esposa do Zumbi dos Palmares, foi uma guerreira feroz e brava defensora do quilombo. Suicidou-se para não voltar à condição de escrava. 15.Anne Bonny (Inglaterra - de 1700 a 1782) Pirata irlandesa, ficou conhecida por se destacar em uma ocupação essencialmente masculina, pilhando navios no Caribe junto com seu marido. Apesar de nunca ter comandando um navio, era conhecida por ser bonita, inteligente e muito estourada. 16.Émilie du Châtelet (França - de 1706 a 1749) Cientista, matemática e física, escreveu Dissertation sur la nature et la propagation du feu , com estudos sobre o fogo que serviram de base para o que hoje é conhecida como luz infravermelha e a natureza da luz. 17.Catarina, A Grande (Rússia - de 1729 a 1786) Imperatriz da Rússia, modernizou seu país, reformando todos os aspectos políticos e sociais e se tornando um dos maiores nomes do despotismo esclarecido. 18.Chica da Silva (Brasil - de 1740 a 1796) A escrava que se fez rainha, foi a primeira negra a alcançar prestígio e riqueza no Brasil após união consensual com o explorador de diamantes João Fernandes. Muitas de suas histórias entraram para o imaginário popular. 19.Mary Wollstonecraft (Inglaterra - de 1759 a 1797) Escritora britânica. Sua obra, Uma Defesa dos Direitos da Mulher , de 1790, é considerada a pedra fundamental do movimento feminista. Mary afirmava que o casamento era uma prostituição legalizada e que as esposas eram escravos convenientes. 20.Sacajawea (EUA - de 1786 a 1812) Índia norte-americana que auxiliou os ingleses Lewis e Clark a chegarem ao Oceano Pacífico em 1804. Tornou-se na América do Norte um símbolo da mulher independente, esforçada e com valor indiscutível. 21.Maria Quitéria (Brasil - de 1792 a 1853) Militar brasileira, disfarçou-se de homem para lutar na guerra da independência brasileira. Feita alferes por D. Pedro I, é considerada a Joana D´Arc do Brasil. 22.Marquesa de Santos (Brasil - de 1797 a 1867) Famosa por ter seduzido e se tornado amante de D. Pedro I, a marquesa foi, no fim de sua vida, uma humanitária, ajudando mendigos, famintos e doentes e patrocinando estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em São Paulo. 23.Ana Néri (Brasil - de 1814 a 1880) Pioneira da enfermagem no Brasil, acompanhou seus filhos, soldados, na Guerra do Paraguai, prestando serviços médicos. Foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do imperador Pedro II uma pensão vitalícia. 24.Rainha Vitória (Inglaterra - de 1819 a 1901) Grande condutora do Império Britânico no século 19, seu governo foi marcado pela revolução industrial, expansão colonial e mudanças drásticas na política, economia e cultura inglesa. 25.Florence Nightingale (Inglaterra - de 1820 a 1910) Enfermeira britânica, famosa pelo seu pioneirismo em tratar feridos de guerra e inventora da representação gráfica de dados, conhecida como gráfico pizza. Deu as bases para a enfermagem atual. 26.Susan B. Anthony (EUA - de 1820 a 1906) Pioneira no movimento feminista americano e europeu já no século 19. Fundou a associação sufragista americana e foi a primeira mulher a ter seu rosto estampado em uma moeda de circulação nacional nos EUA. 27.Anita Garibaldi (Brasil - de 1821 a 1849) Companheira de Giuseppe Garibaldi, é conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos" por ter participado da Revolução Farroupilha no Brasil e da unificação da Itália. 28.Clara Barton (EUA - de 1821 a 1912) Fundadora da Cruz Vermelha Americana na época da Guerra Civil e presidente da organização por 22 anos, é referência como humanitária e universalista. 29.Princesa Isabel (Brasil - de 1846 a 1921) Princesa imperial do Brasil e primeira senadora da nação, aboliu a escravatura e defendia o voto feminino e a reforma agrária. Era partidária de idéias modernas, e sua postura era considerada avançada para a época. 30.Chiquinha Gonzaga (Brasil - de 1847 a 1935) Autora da primeira marcha carnavalesca, Ô Abre Alas , em 1899, primeira pianista de chorinho e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, além de ter sido ativista do abolicionismo e do movimento republicano. 31.Madame Curie (França - de 1867 a 1934) Junto com seu marido Pierre, foi Prêmio Nobel de Física de 1903 pelas suas pesquisas em radioatividade e Nobel em Química em 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio. 32.Helen Keller (EUA- de 1880 a 1968) Cega e surda, foi a primeira pessoa nessas condições a ganhar um diploma, graças especialmente ao trabalho de sua professora Anne Sullivan em torná-la apta para a sociedade, apesar de seus deficiências. Tornou-se escritora e ativista social. 33.Eleanor Roosevelt (EUA - de 1884 a 1962) A grande primeira dama americana, referência até hoje em seu país, foi ativista dos direitos humanos, e embaixadora na ONU, nomeada pelo presidente Harry Truman, após a morte de seu marido, Franklin Delano Roosevelt. 34.Tarsila de Amaral (Brasil - 1886 a 1973) Uma das maiores pintoras brasileiras, seu quadro Abaporu de 1928 inaugura o movimento antropofágico e foi a obra brasileira a alcançar o maior valor em um leilão internacional: 1,5 milhão de dólares. 35.Mary Phelps Jacob (EUA - de 1891 a 1970) Poeta, editora, pacifista e socialite novaiorquina, foi a inventora do sutiã, que livrou as mulheres da prisão do espartilho. 36.Bertha Lutz (Brasil - de 1894 a 1976) Pioneira do feminismo no Brasil, foi fundadora da Federação Brasileira para o Progresso Feminino e deputada federal no governo Getúlio Vargas. 37.Golda Meir (Israel - de 1898 a 1978) Uma das fundadoras do Estado de Israel e quarto primeiro-ministro do país, considerada firme em suas decisões, ganhou o apelido de "Dama de Ferro" (que depois foi passado a Margaret Thatcher). 38.Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (Brasil - 1908) Única brasileira homenageada no Museu do Holocausto, segunda esposa de Guimarães Rosa, salvou mais de 100 judeus na segunda guerra emitindo passaportes para entrada ilegal dos refugiados no Brasil. Ainda vive. 39.Simone de Beauvoir (França - de 1908 a 1986) Escritora, filósofa existencialista e feminista francesa, uma de suas obras, O Segundo Sexo , traçou um perfil analítico sobre o papel das mulheres na sociedade moderna. Foi a companheira do também filósofo Jean Paul Sartre. 40.Madre Teresa de Calcutá (Índia - de 1910 a 1997) Missionária católica albanesa, considerada a maior do século 20, dedicou sua vida aos desprotegidos e pobres da Índia, por meio da sua congregação "Missionárias da Caridade". 41.Patrícia "Pagu" Galvão (Brasil - de 1910 a 1962) Escritora, jornalista e militante comunista brasileira, foi um dos grandes destaques no movimento modernista iniciado em 1922. Escreveu Parque Industrial , A Famosa Revista e Safra Macabra . 42.Rachel de Queiroz (Brasil - de 1910 a 2003) Jornalista, tradutora e romancista, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Ganhou em 1993 o considerado Nobel da literatura portuguesa, o Prêmio Camões e é considerada a maior escritora brasileira. 43.Rosa Parks (EUA - de 1913 a 2005) Costureira americana, tornou-se símbolo do movimento civil pelos direitos dos negros ao recusar ceder seu lugar a um branco em um ônibus em 1955. Sua luta solitária acabou chegando aos ouvidos de Martin Luther King, que incitou os negros a recusar o transporte público branco. 44.Irmã Dulce (Brasil - de 1914 a 1992) Religiosa brasileira, destacou-se por seu trabalho de assistência aos pobres e aos necessitados e por suas inúmeras obras de caridade no nordeste, em especial na Bahia. 45.Eva Perón (Argentina- de 1919 a 1952) Segunda esposa de Juan Perón, foi a maior primeira-dama argentina, defensora dos direitos femininos e considerada líder espiritual da nação até hoje. 46.Margaret Thatcher (Inglaterra - 1925) Política britânica e primeira-ministra por 11 anos, ficou conhecida como "Dama de Ferro" devido à linha dura de seu governo. Batalhou greves, enfrentou a Argentina na Guerra das Malvinas e foi uma incansável inimiga da União Soviética e do comunismo. 47.Ruth Cardoso (Brasil - de 1930 a 2008) Antropóloga, professora da USP e, apesar de não apreciar o título, primeira-dama brasileira no governo Fernando Henrique Cardoso, criou o programa Comunidade Solidária de combate à exclusão social e à pobreza, destacando-se por sua idoneidade e princípios éticos. 48.Shere Hite (EUA - 1942) Sexóloga e feminista americana, chocou o mundo com seu Relatório Hite , focando principalmente na sexualidade feminina e em como a cultura individual afetava a vida sexual. 49.Leila Diniz (Brasil - de 1945 a 1972) Atriz à frente de seu tempo, escandalizou o governo militar e a sociedade brasileira no fim dos anos 60 e começo dos anos 70 por aparecer grávida na praia e admitir em entrevistas que "transava de manhã, de tarde e à noite". Odiada na época tanto pela direita quanto pela esquerda, tornou-se um símbolo da mulher brasileira emancipada e independente. 50.Maria da Penha (Brasil) Vítima de atentados praticados por seu ex-marido, sua luta e história inspiraram a lei de proteção das mulheres em casos de violência doméstica. Hoje é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência.

Mulheres na filosofia: elas pensam, logo existem

Mulheres na filosofia: elas pensam, logo existem 9 de março de 2016 Clarissa Viana Em comemoração ao dia da mulher, a professora Juliana Aggio organizou uma mesa de debates sobre as mulheres na filosofia. O evento aconteceu no campus São Lázaro, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e teve como convidadas Carla Oliveira (mestranda em filosofia), Laiz Fraga (Doutoranda em filosofia), Karla Sousa (mestranda em Filosofia) e Maíra Kubik (doutora em ciências Sociais). Durante as exposições, foi feito um resgate sobre como a mulher é tratada por diferentes correntes filosóficas ao longo da história. Pitágoras, 500 anos antes de cristo, dizia: “há um princípio bom, que criou o a ordem, a luz e o homem, e um princípio mau, que criou o caos, as trevas e a mulher”. Aristóteles, por sua vez, acreditava que a mulher era inferior ao homem, e escreveu que “o escravo não tem vontade; a criança tem, mas incompleta; a mulher tem, mas impotente”. Em Rousseau, “A mulher tem mais espírito, o homem mais gênio, a mulher observa, o homem raciocina”. Kant aconselha professores que ministrem aulas a mulheres que “não deves dar uma aula fria, especulativa, mas antes elegante, com floreios e ditos espirituosos. A sabedoria das mulheres não provém do pensamento, mas do sentimento”. Schopenhauer considera a mulher “um ser antes destinado a parir filhos fortes, e se há exceções no âmbito artístico e científico, são apenas as que confirmam a regra”, e Nietzsche foi explícito ao dizer que “se a mulher tem inclinações eruditas, geralmente há algo de errado com sua sexualidade”. Em comum, todos citam a “natureza feminina” como trivial e leviana. A mentalidade só muda por volta do século 18. Diderot, por exemplo, percebe que “a mulher é como o homem, ou seja, um ser humano” e Voltaire aponta alguma das injustiças que sofrem as mulheres. Condorcet não só as considera iguais aos homens, como atribui as diferenças a educação recebida por ambos. Do outro lado, há as mulheres filosofas, mas pouco conhecidas. Na Grécia antiga, por exemplo, houveram Aspásia (que ensinou filosofia a Sócrates), Deutina (que ensinou a Sócrates o amor pela filosofia), e Hipácia (lecionou na escola platônica) entre diversas outras. “Nós sequer ouvimos falar dessas filosofas, suas obras se perderam e eu mesma sou culpada por não falar delas a minhas alunas”, revela Juliana Aggio. “Para aqueles que duvidam, nossa academia segue machista. Em menor número e, em alguns casos, com menor agressividade ou pelo menos uma agressividade menos escancarada, mas há”, complementa. Também foi levantada a significação de algumas palavras de etimologia grega que são usadas hoje. Laiz Fraga, em sua fala, exibiu um artigo do The New York Times sobre pesquisa que analisava a presença feminina em debates mistos. Segundo o estudo, homens interrompem mulheres mais vezes do que o contrário, além de terem mais momentos de fala e intervenções mais longas que o sexo oposto, que só ganha em quantidade de falas ignoradas. “Participar de discussões frequentemente exige que mulheres assumam uma postura masculina pra impor sua fala, e precisem despender um esforço maior para falar e para ter sua fala levada a sério. Acredito que se essa pesquisa tivesse sido feita em alguma universidade brasileira, os resultados não seriam muito diferentes”, afirma. O 8 de março foi decidido como dia da mulher por causa de protestos operários nos Estados Unidos, principalmente um incêndio marcante que matou mais de 140 mulheres, em março de 1908. Maíra Kubik, que representava o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM), chamou atenção para um outro fato: “É interessante pensar que, de repente, durante duas ou três semanas as mulheres se tornam um tema relevante e no resto do ano isso não acontece”. Karla Sousa, cuja pesquisa é voltada à filosofa Simone de Beauvoir, comentou que seus colegas e professores sempre perguntam o porquê dela estar fazendo mestrado em filosofia e não no NEIM, onde os estudos de gênero na UFBA estão concentrados – enquanto mulheres que estudam filosofia sejam poucas. Carla Oliveira, por sua vez, retomou o lugar dos estudos feministas na filosofia. “A teoria feminista não trata de assuntos particulares, menores ou marginais, como uma crença comum poderia compreender. Ela se insere dentro da própria construção filosófica”, define Carla Oliveira.  Para filosofar! • Leia o texto com atenção, destaque as idéias mais importantes que você encontrou e transcreva-as para o caderno. • Qual é sua opinião sobre a igualdade de direitos propostos como exigência para a sociedade atual?