domingo, 23 de outubro de 2022

SÓCRATES, OS SOFISTAS E OS SOCRÁTICOS MENORES

A FILOSOFIA DE SÓCRATES Sócrates nasceu em Atenas, em 470 a.C. e morreu em 399 a.C. Era filho de um escultor e de uma obstetriz. Não fundou nenhuma escola, como muitos outros filósofos. Realizou seus ensinamentos em locais públicos (nos ginásios, nas praças públicas, etc,). Exerceu um imenso fascínio sobre os jovens e sobre os homens de todas as idades, o que lhe custou inúmeras aversões e inimizades. Sócrates é considerado o maior filósofo de todos os tempos e o divisor da filosofia. São celebres suas frases: “Sei que nada sei” e “Conheça a ti mesmo”. Sócrates disse assim, por considerar que muitas pessoas diziam saber de tudo e percebeu que muitas pessoas não se conheciam. Sócrates não escreveu nada, considerando que sua mensagem fosse transmitida pela palavra viva, através do diálogo e da “oralidade dialética”. A Descoberta da Essência do Homem Os naturalistas procuraram responder as questões sobre a natureza. Sócrates, por sua vez concentrou definitivamente seu interesse sobre o homem. Ele procurou responder qual é a realidade última do homem, realizando com isso uma revolução no pensamento de sua época, principalmente no tradicional quadro de valores. Sócrates e o Conceito de Liberdade Para Sócrates, o verdadeiro homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos e o homem escravo é aquele que, não sabendo dominar seus instintos, torna-se vítima deles. Sócrates e o Conceito de Felicidade Sócrates dizia que a felicidade não pode vir das coisas exteriores do corpo, mas somente da alma, porque esta é a sua essência. Para ele, quem é virtuoso é feliz, ao passo que o malvado e o injusto é infeliz. Ele afirma que o homem pode ser feliz em qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. OS SOFISTAS Na Grécia Antiga haviam professores itinerantes que percorriam as cidades ensinando, mediante pagamento, a arte da retórica às pessoas interessadas. A principal finalidade de seus ensinamentos era introduzir o cidadão na vida política. Tudo o que temos desses professores são fragmentos e citações e, por isso, não podemos saber profundamente sobre o que eles pensavam. Aquilo que temos de mais importante a respeito deles foi aquilo que disseram seus principais adversários teóricos, Platão e Aristóteles. Eles eram chamados de sofistas, termo que originalmente significaria “sábios”, mas que adquiriu o sentido de desonestidade intelectual, principalmente por conta das definições de Aristóteles e Platão. Aristóteles, por exemplo, definiu a sofística como "a sabedoria aparente, mas não real”. Para ele, os sofistas ensinavam a argumentação a respeito de qualquer tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões, pois para eles a verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo em que o homem está inserido. O contexto histórico e sociopolítico é importante para que se compreenda o papel e o pensamento dos sofistas para a sociedade grega. Embora Anaxágoras tenha sido o filósofo oficial de Atenas na época do regime de Péricles, não havia um sistema público de ensino superior. Então, jovens que podiam pagar por instrução recorriam aos sofistas a fim de se prepararem para as dificuldades que enfrentariam na vida adulta. Uma delas, imposta pelo exercício da democracia, era a dificuldade de resolver divergências pelo diálogo tendo em vista um interesse comum. O termo “sofista” não corresponde, portanto, a uma escola filosófica e sim a uma prática. Mesmo assim, podemos elencar algumas caracterizações comuns aos sofistas: a) Oposição entre natureza e cultura: Pelo que sabemos, podemos dizer que a maior parte dos sofistas tinha seu interesse filosófico concentrado nos problemas do homem e da natureza. Isso significa que aquilo que é dado por natureza não pode ser mudado, como a necessidade que os homens têm de se alimentar. O que é dado por cultura pode ser mudado, como, por exemplo, aquilo que os homens escolhem como alimento. Ou seja, todos nós precisamos da alimentação para continuarmos vivos, mas na China, a carne dos cães pode fazer parte do cardápio e, na Índia, o homem não pode se alimentar da carne bovina, pois a vaca é considerada um animal sagrado. b) Relativismo. Para os sofistas, tudo o que se refere à vida prática, como a religião e a política, era considerado fatores culturais, logo podiam ser modificados. Dessa forma, colocavam as normas e hábitos em dúvida quanto à sua pertinência e legitimidade. Como eles eram relativistas, suas questões podiam ser levadas para o seguinte sentido: as leis estabelecidas são pertinentes para essa cidade ou precisam ser mudadas? c) A existência dos deuses. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto, eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. A diferença entre os sofistas e aqueles que acreditavam nos deuses – e a educação grega esteve, no início, ligada à existência e interferência dos deuses nos destinos da humanidade – é que eles preferiam não se pronunciar a respeito. Mas, se os deuses existissem, eles não teriam formas e pensamentos humanos. d) A natureza da alma. A definição de alma para os sofistas é de uma natureza passiva e podia ser modelada pelo conhecimento que vem do exterior. Isso é muito importante para a prática que eles exerciam, pois, se as pessoas possuem almas passivas, elas podem ser convencidas de qualquer discurso proferido de forma encantadora. Por isso, era preciso lapidar a técnica a fim de levar as pessoas a pensarem de um modo que favoreça o orador, ou seja, aquele que está falando para o público. A resistência que alguma pessoa oferece a algo que é dito não seria proveniente da capacidade de refletir ou questionar e sim era decorrência da inabilidade discursiva do orador. e) Rejeitam questões metafísicas. Os sofistas estavam bastante empenhados em resolver questões da vida prática da pólis. Aquilo que contribuiria para uma vida melhor com os outros ou para atender às necessidades imediatas era o centro de suas preocupações. Por concentrarem seus esforços para pensar naquilo que consideravam útil, questões como a origem do seres, a vida após a morte e a existência dos deuses, ou seja, questões de ordem metafísica eram rejeitadas. f) A habilidade de argumentar, mesmo se as teses fossem contraditórias, também era um de seus fundamentos. Apesar da dura crítica feita a eles, o trabalho dos sofistas respondia a uma necessidade da época: com o desenvolvimento e a consolidação da democracia na Atenas do século V a.C., era imprescindível desenvolver a habilidade de argumentar em público, defender suas próprias ideias e convencer a maior parte da assembleia a concordar com aquilo que os beneficiaria individualmente. g) Antilógica. Uma estratégia de ensino comum aos sofistas era ensinar os jovens a defenderem uma posição para, em seguida, defenderem seu oposto. Essa técnica argumentativa foi chamada de antilógica e foi criticada por Platão e Aristóteles por corromper os jovens com a prática da mentira. Historiadores contemporâneos, no entanto, consideram essa técnica como uma atividade característica do espírito democrático por respeitar a existência de opiniões diferentes (cf. CHAUÍ, Marilena). Os mais conhecidos sofistas foram Protágoras de Abdera (c. 490-421 a.C.), Górgias de Leontinos (c. 487-380 a.C.), Hípias de Élis, Isócrates de Atenas, Licofron, Pródicos e Trasímaco. OS SOCRÁTICOS MENORES Os socráticos, no sentido pleno da palavra, são Platão e Aristóteles. Mas é necessária uma breve menção sobre os socráticos menores, que fundaram escolas e procuraram juntar a filosofia socrática com a do período anterior. São quatro: Escola Megárica ou de Megara, Escola Elíaca (1), Escola Cirenaica ou Hedonista e Escola Cínica. Escola Megárica: Fundada pelo discípulo de Sócrates, Euclides de Megara (444 a 369 AC), tentou juntar a ética de Sócrates com o monismo antológico dos eleatas, ou, de outra forma, desenvolver a filosofia eleática a partir do ponto de vista ético. Escola Elíaca: Fundada pelo discípulo de Sócrates, Fédon, da cidade de Elis, não teve grande discrepância da escola megárica. Os filósofos aqui também se estregaram em demasia a dialética erística (2). Nada de maior importância há na História sobre estes filósofos. Escola cirenaica ou Hedonista: Fundada por Aristipo de Cirene (435 a 355 AC), discípulo de Sócrates, ensinou o subjetivismo sensível, quer dizer, que a especulação é vã e que a sensação nada nos ensina fora do presente estado subjetivo. Os cirenaicos aplicaram este subjetivismo da sensibilidade na Ética.: o supremo humano não é a virtude, mas a felicidada, e esta, por sua vez, consiste no deleite que deve ser considerado como um prazer que passa e não como um estado ou maneira permanente. O conhecimento e a virtude não passam de meios para alcançar o deleite, o primeiro (conhecimento) remove os entraves, o que nos separa da aquisição de prazer, e a virtude nos ajuda a ser moderados no deleite, para que possam ser gozados por mais tempo. Escola cínica: Fundada por Antístenes de Atenas (444 a 369 AC), discípulo de Górgias e depois de Sócrates, cultivou a princípio a ética socrática, mas desviou para um exagero de desapego da civilização que consideravam a causa dos homens não serem bons. Desejaram uma volta a vida mais primitiva possível afirmando que aquele que é inteiramente feliz não necessita de cultura e da civilização. Diógenes de Sinope é um dos discípulos deste escola. Trabalho de Filosofia Nome Completo: ............................................................................................................... Data: ....../....../........... Série: .... Turma: ........................................................ Turno: ............................. Nº da Sala: ... 1- Caracterizar o nascimento do filósofo Sócrates. Onde Sócrates realizou seus ensinamentos? 2- O que significa dizer que Sócrates exerceu um imenso fascínio sobre as pessoas de todas as idades? 3- Citar as duas frases célebres de Sócrates, comentando sobre seus significados. 4- Comente sobre as virtudes de que fala Sócrates. 5- Sócrates afirma que ninguém erra por sua própria vontade. Quem faz o mal, faz por ignorância do bem. Dê sua opinião. 6- Qual é o verdadeiro homem livre para Sócrates? Qual é o homem escravo Sócrates? 7- Na sua opinião, a liberdade existe? Explique 8- Dê sua opinião: A felicidade existe? Justifique sua resposta. 9- Comente sobre o conceito de felicidade apresentado por Sócrates. 10- Para Sócrates, o homem pode ser feliz qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. Comente e dê sua opinião. 11- Estabeleça a diferença básica entre o ensinamento de Sócrates e os sofistas. 12- Qual é o significado do termo sofista? Comente. 13- Citar as principais características do ensinamento dos sofistas. 14- Citar os principais sofistas que aparecem no texto. 15- Citar as principais escolas dos socráticos menores com seus respectivos fundadores.

A ERA DA VELOCIDADE

A Aceleração dos fatos nas últimas décadas é uma realidade que ninguém duvida. Passamos de um mundo estático para um mundo dinâmico. Com Galileu Galilei a terra começa a girar. Com Albert Einstein, surge a relatividade. “Hoje o que é sólido dissolve no ar”. Estamos em um mundo em constantes reboliço. As decisões tomadas hoje, amanhã elas precisam ser repensadas, recolocadas. O mundo continua fluindo conforme já dizia Heráclito. Uma teoria é válida até surgir uma teoria nova. Os novos avanços científicos e tecnológicos vão ficando rapidamente obsoletos. O jornal que lemos pela manhã, meio-dia jogamos este no lixo e pedimos um novo jornal. Queremos saber o que há de novo. O volume de informações está duplicando cada vez mais em tempos menores. Passamos da Olivett à Internett. É a velocidade que vai ficando cada vez mais veloz. No passado, o cidadão escrevia uma carta, entregava para uma pessoa, esta pessoa montava num cavalo e a carta ia a mais ou menos 8 km/h. A música era uma valsa. Hoje a música é um negócio muito doido. O automóvel se locomovia a 40 km/h. Também não havia estrada para ele correr. Depois veio o avião. Hoje é só no teclado e na tela. É tudo num piscar de olhos. As distâncias se encurtaram. O planeta terra virou um quintal. Na época de nossos avós, quem sabia ir a Belo Horizonte era famoso. Nossos avós acreditavam no futuro. Hoje nós temos receio do amanhã. Nossos avós ensinavam aos mais novos. Hoje são os netos que ensinam os avós no computador. O jovem do passado estudava ao som de uma música erudita clássica bem suave. Hoje, o jovem liga o som no último volume, abre o livro e diz que está pesquisando. Antigamente, se preocupava com o homem das cavernas. Hoje se preocupa com as cavernas do homem. No passado, a vida girava ao redor da torre da igreja e da chaminé do fogão. No centro das cidades estavam as catedrais. Hoje nos centros das cidades estão os bancos e as centrais de compras, que no Brasil insistem em chamar de “Shoppings”. Tudo depende do humor do mercado. Como se situar diante das mudanças pelas quais estamos passando, sobretudo nas últimas décadas? Muitas transformações iniciadas há dois séculos ou mais, se encontram hoje no seu ápice. Trata-se de um equilíbrio milenar que foi se rompendo. No século passado foram tantas as tentativas de um novo equilíbrio, após tantos desequilíbrios, rupturas, convulsões, de incerteza. Sentimos pouca segurança nas respostas, não estão sendo satisfatórias, talvez nossas grandes sabedorias esteja em pelo menos fazer bem as perguntas. O antigo e o tradicional não servem mais para as novas gerações. O moderno se impõe. E não raro, este também entra em crise. Falamos então do pós-moderno. Seja lá qual for a era, o certo é que nós temos a impressão de estarmos vivendo um vazio. Fazemos a experiência do tédio, da angústia, da ausência de sentido e de normas, de um individualismo narcisista e de um niilismo. A noção de muitos de certo e de errado está confusa. O mundo é plural, policêntrico e planetário. Assim Pascal já falava sobre o infinito: “O centro está em todo lugar e a circunferência em lugar nenhum”. Temos a impressão de que este mundo está escapando de nossas mãos. Rapidamente, tomamos conhecimento do que acontece a terra, nos ares e além dos mares. Diante deste novo quadro proporcionado pela ciência e as novas tecnologias, nossa cabeça parece pequena para açambarcar toda esta alavanche de novidades que nos é apresentada todos os dias. Diante desta velocidade corremos o risco de ficarmos somente buscando infinitamente, correndo o risco de nos tornarmos pessoas acríticas. É como diz a canção: “Como será o amanhã? Responda quem souber. O que irá acontecer?...Cada um deve se esforçar para fazer a sua história. “É triste pensar que a história já está contada”. O futuro é algo que nós desconhecemos. Diante dos obstáculos da atualidade, que nós não caiamos na tentação do desespero. As dificuldades são grandes sim. Porém, nosso entusiasmo com a vida deve ser ainda maior. Apesar de tudo, que nós continuemos com esta teimosia em mirar lá na linha do horizonte. Pois, a comunidade humana ainda tem um longo caminho a percorrer. Texto de Pe. Geraldo Antônio de Carvalho Trabalho de Filosofia Nome: ..................................................................................................................................................................................... Data:..........⁄.............⁄................. Série: ........... Turma: ............................................ Turno:.................................................... Leia o texto com atenção e desenvolva as seguintes questões: 1- Qual é o titulo do texto estudado? Você acha apropiado este título ou você daria outro título para o texto? 2- O que significa dizer que passamos de um mundo estático para um mundo dinâmico? 3- Porque o autor afirma que “Com Galileu Galilei a terra começa a girar”? Qual é a ligação que podemos fazer desta parte do texto com o capítulo 14 do livro Fundamentos de Filosofia? 4- Relacione esta afirmação com os acontecimentos políticos dos dias de hoje: “As decisões tomadas hoje, amanhã elas precisam ser repensadas, recolocadas” 5- Comente este trecho: “No passado, o cidadão escrevia uma carta, entregava para uma pessoa, esta pessoa montava num cavalo e a carta ia a mais ou menos 8 km/h. A música era uma valsa. Hoje a música é um negócio muito doido. O automóvel se locomovia a 40 km/h. Também não havia estrada para ele correr. Depois veio o avião. Hoje é só no teclado e na tela. É tudo num piscar de olhos. As distâncias se encurtaram. O planeta terra virou um quintal”. 6- Analise esta parte do texto e escreva sobre ele, mostrando sua opinião. “Antigamente, se preocupava com o homem das cavernas. Hoje se preocupa com as cavernas do homem. No passado, a vida girava ao redor da torre da igreja e da chaminé do fogão. No centro das cidades estavam as catedrais. Hoje nos centros das cidades estão os bancos e as centrais de compras, que no Brasil insistem em chamar de “Shoppings”. Tudo depende do humor do mercado”. 7- Muitas transformações iniciadas há dois séculos ou mais, se encontram hoje no seu ápice. Trata-se de um equilíbrio milenar que foi se rompendo. Comente. 8- Dê sua opinião: “O antigo e o tradicional não servem mais para as novas gerações. O moderno se impõe. E não raro, este também entra em crise. Falamos então do pós-moderno. Seja lá qual for a era, o certo é que nós temos a impressão de estarmos vivendo um vazio. Fazemos a experiência do tédio, da angústia, da ausência de sentido e de normas, de um individualismo narcisista e de um niilismo. A noção de muitos de certo e de errado está confusa. O mundo é plural, policêntrico e planetário”. 9- Na sua opinião, quais as áreas que a sociedade está com maior velocidade: no conhecimento científico, na economia, na medicina, na política, na astronomia, nas relações humanas, na religião, na tecnologia, etc... Justifique. 10- Comente esta última parte do texto (se precisar, pode separar as partes do parágrafo ou as frases para comentar): Diante desta velocidade corremos o risco de ficarmos somente buscando infinitamente, correndo o risco de nos tornarmos pessoas acríticas. É como diz a canção: “Como será o amanhã? Responda quem souber. O que irá acontecer?... Cada um deve se esforçar para fazer a sua história. “É triste pensar que a história já está contada”. O futuro é algo que nós desconhecemos. Diante dos obstáculos da atualidade, que nós não caiamos na tentação do desespero. As dificuldades são grandes sim. Porém, nosso entusiasmo com a vida deve ser ainda maior. Apesar de tudo, que nós continuemos com esta teimosia em mirar lá na linha do horizonte. Pois, a comunidade humana ainda tem um longo caminho a percorrer...

sábado, 30 de julho de 2022

DEZENOVE IDÉIAS SOBRE O HOMEM

1. Bíblia: “Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. “Todos pecaram e todos são privados da glória de Deus”. É nesse filho, pelo seu sangue, que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós sua plenitude de sabedoria e prudência. Portanto, inocência original, pecado e redenção em Cristo”. 2. Homero: “Como as folhas na floresta são as gerações dos homens. Veja: a uns o vento dispersa e a outros o madeiro vicejante faz brotar no tempo da primavera. Assim são as gerações dos homens, esta cresce, aquela desaparece”. 3. Aristóteles: “Animal racional (zoon logikón). A idéia é de que a característica essencial do homem e a razão perpassa toda a história da filosofia, pelo menos até o idealismo alemão. 4. Agostinho: “Fizeste-nos para vós, Senhor. Inquieto está o nosso coração, enquanto não repousar em vós.” 5. Giordano Bruno: “O homem se situa no limite entre o tempo e da eternidade, participando de ambos. 6. Blaise Pascal: “Caniço pensante”. Mesmo se o universo aniquilasse o homem, este ainda seria mais nobre do que aquele que o mata, porque sabe que morre, o universo não o sabe. O pensamento é portanto, a nossa suprema dignidade”. 7. Thomas Hobbes: “Homo homini lupus” (o homem é o lobo do homem). 8. Lamettrie: “O homem é uma máquina” (homme machine). 9. Rousseau: “Tudo é bom, quando sai das mãos do criador. Tudo degenera sob as mãos do homem. O homem em si mesmo é bom, a sociedade o corrompe”. 10. Goethe: “O homem não pode permanecer por muito tempo na consciência ou no estado consciente; deve refugiar-se no inconsciente, pois nele vive a sua raiz”. 11. Fichte: “O sentimento da espécie humana não consiste apenas em ser racional, mas em tornar-se racional”. 12. Immanuel Kant: “O homem é cidadão de dois mundos”. 13. Kierkegaard: “O homem é uma relação que relaciona consigo mesmo”. 14. Karl Marx: “O homem não passa de um conjunto de relações sociais”. 15. Haechel: “O homem é um animal como os outros animais, pertence ao ramo dos mamíferos, é apenas mais evoluído”. 16. Nietzsche: “O homem é um animal doente. Animal ainda não fixado”. Percorrestes os caminhos do verme do homem e muita coisa em vós ainda é verme. Outrora éreis macacos e mesmo agora o homem é mais macaco do que qualquer um... O homem é um cabo, preso entre o animal e o super-homem. O homem é um cabo sobre um abismo”. 17. Max Scheler: “Biologicamente o homem é um erro da vida; metafisicamente, é um asceta da vida”. 18. Heidegger: “O homem é o ente, em cujo ser se trata dele mesmo. É o pastor do ser”. 19. Sartre: “A existência precede a essência”. O traço do ser humano é ser para si, liberdade e criador de valores. Mas no fundo, tudo é absurdo e o homem é uma paixão inútil. Trabalho de Filosofia Nome: ................................................................................................................................................ Data: ......./........./............... Série: ......... Turma: ....... Turno: .................... Sala: ....... 1- Leia o texto: Dezenove Idéias Sobre o Homem; Faça sua interpretação, Escolha a melhor idéia sobre o homem e explique porque achou esta idéia mais importante, justificando sua resposta. 2- Usando sua criatividade, acrescente ao texto mais uma idéia sobre o homem. ( Favor não colar a mesma idéia do colega).

ARISTÓTELES X THOMAS HOBBES

A FILOSOFIA DE ARISTÓTELES Aristóteles nasceu em Estagira, na Grécia, em 384 a.C. Seu pai, chamado Nicômaco, era um corajoso médico, tendo servido ao Rei Amintas, da Macedônia. Sua vida pode ser dividida em 3 fases: a primeira compreende o período em que foi discípulo de Platão; a segunda, período em que foi preceptor de soberanos; a terceira, período em que fundou e dirigiu sua escola Peripatética. Aristóteles dizia que o homem é um ser eminentemente social. É também um “animal” racional. É um “animal” político, constituído de tal modo que, por sua própria natureza, foi criado para viver com os outros em sociedade politicamente estruturada. Aristóteles identificava a condição de “animal político” do homem com o estado próprio de outros animais, como as abelhas e as formigas, que desejando e evitando as mesmas coisas e voltando suas ações para fins comuns, se agregam espontaneamente. Aristóteles formulou também os princípios de Ato e Potência. Ato é aquilo que já está sendo. Potência é a possibilidade de vir a ser. Em Deus não existe potência. Ele é Ato Puro. As obras de Aristóteles influenciaram os estudiosos de todos os tempos. Suas idéias são apreciadas até hoje, sobretudo a metafísica e a lógica. Morreu em 322 a.C. em Atenas. THOMAS HOBBES E A TEORIZAÇÃO DO ESTADO ABSOLUTO Thomas Hobbes nasceu em Malmesbury, Inglaterra, em 1588. A mãe deu-o à luz prematuramente, devido ao terror que lhe causou a notícia da chegada da “armada invencível”, de modo que, em sua autobiografia ele afirmava que sua mãe, junto com ele havia dado a luz ao seu irmão gêmeo, o medo. Thomas Hobbes tinha aversão por Aristóteles e não gostava da posição defendida por ele sobre o homem e sua comparação feita com os animais. Para ele, cada homem é diferente dos outros homens. Cada homem é um átomo de egoísmo. O homem não é de modo algum ligado aos outros homens por um consenso espontâneo como o dos animais. Existem entre os homens motivos de contendas, invejas, ódios e sedições, que não existe entre os outros animais. Os animais não percebem defeitos em sua sociedade, ao passo que o homem os percebe, querendo introduzir contínuas novidades, que constituem causas de guerras e discórdias. Os animais não têm a palavra, que nos homens é frequentemente uma trombeta de guerra e sedição. A condição em que os homens se encontram naturalmente é uma condição de guerra de todos contra todos. Cada qual tende a se apropriar de tudo aquilo que necessita para a sua própria sobrevivência e conservação. Para Hobbes, “homo homini lupus”: “o homem é o lobo do homem”. Morreu em dezembro de 1679, com 91 anos de idade. Trabalho 1-Em quantas fases pode ser dividida a vida de Aristóteles? Explique. 2-Comente as afirmações de Aristóteles: a) O homem é um ser eminentemente social. b) O homem é também um animal racional. 3 -Aristóteles identificava a condição de animal político do homem com as abelhas e as formigas, que desejando e evitando as mesmas coisas e voltando suas ações para fins comuns, se agregam espontaneamente. Comente. 4 -Thomas Hobbes dizia que no homem o bem público difere do bem privado. O que é considerado como bem público e bem privado? 5 - Comente as frases: a) A condição em que os homens se encontram é uma condição de guerra de todos contra todos. b) O homem é o lobo do homem. 6 - Fazer um paralelo entre a Filosofia de Aristóteles e a Filosofia de Thomas Hobbes, identificando: a) Pontos semelhantes na filosofia dos dois filósofos. b) Pontos diferentes entre os dois pensadores. 7-Você concorda com o pensamento de Aristóteles ou com Thomas Hobbes? Porquê? 8-Nos dias de hoje, qual é o pensamento mais presente, o de Aristóteles ou o de Thomas Hobbes? Justifique. 9- Na sua opinião, qual das duas filosofias é mais correta para a aplicação na vida diária? 10- Que sinais da Filosofia de Aristóteles e de Thomas Hobbes podemos perceber no mundo de hoje? Cite 2 exemplos de cada um.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

A FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA

Devido a várias transformações ocorridas no mundo grego após a invasão dos Dórios, com o crescente desenvolvimento do comércio e do artesanato nas ilhas gregas, surgiu um clima propício para a investigação filosófica. Com a invasão dos Dórios na Grécia, muitos povos foram forçados a migrar para as ilhas e Costa da Ásia Menor. Nestes locais os Jônios fundaram colônias, cidades que transformaram em grandes centros. Eles intensificaram relações com outros povos e deixaram para trás as velhas instituições agrárias e patriarcais. Houve, nestas novas cidades, o desenvolvimento do comércio, do artesanato e o desenvolvimento da cultura em geral. A explicação mítica, que até então predominava na cultura do povo já não dava conta de explicar a realidade. É diante desta situação que surgiu um clima proprício para o nascimento da filosofia. Apareceram, então, alguns homens que buscaram de forma racional um princípio para o mundo. O primeiro filósofo foi Tales, de Mileto. Ele encontrou o princípio de tudo na água. Tales encontrou seu princípio na água por observar que tudo é úmido. Para ele tudo nasce com a água e morre com a ausência dela. Discípulo de Tales foi Anaximandro. Ele pensava que não deveria colocar como princípio um elemento material, e sim, algo ilimitado e indefinido, “apeíron”, um elemento que é privado de limites, é indeterminado. Para Anaximandro, de um movimento que é eterno, geraram-se os dois primeiros contrários: frio e calor. Os outros elementos foram também assim formados. Anaxímenes procurou conciliar os dois anteriores, estabelecendo como princípio o AR. Para ele, o ar se presta melhor as variações ocorridas no mundo. Pelo processo de condensação e rarefação o ar forma a terra, o fogo e o cosmos. Heráclito, de Éfeso afirma que a realidade é um contínuo devir. Tudo flui. Nada permanece o mesmo. Para ele, um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio, porque nem o rio e nem o homem permanecem o mesmo. Ele determina o fogo como princípio de todas as coisas, porque o fogo é como um raio que governa tudo. Pitágoras, de Samos, foi outro importante filósofo de sua época. Sua escola nasceu como uma espécie de fraternidade. Buscava o bem comum. Tinha regras precisas de convivência e de comportamento. Suas doutrinas eram em segredo. Ele era muito respeitado por seus companheiros. Sua palavra tinha quase o valor de um oráculo. Pitágoras encontrou seu princípio nos números. Para ele, todas as coisas derivam dos números e eles derivam de outros elementos. O número é a própria realidade, a natureza de todas as coisas. O número é ordem, constitui um elemento determinante e limitante, ilimitado e indeterminado. Sem os números não se pode pensar e nem dizer nada. Xenófones, nasceu em Cólofon, na Jônia, por volta de 570 a.C. viajou muito. Foi andarilho dos 25 aos 92 anos. Foi ele quem primeiro tentou responder as questões teológicas e cosmológicas. Criticou o antropormofismo defendido por Homero e Hesíodo. Ele afirma s superioridade da inteligência e da sabedoria sobre a robustez e a força física dos atletas. Para ele, tudo nasce da terra e nela termina. Todas as coisas que nascem e crescem, são terra e água. Parmênides nasceu em Eléia, na segunda metade do século VI a.C. e morreu em meados do século V a.C. foi um pensador revolucionário e inovador da filosofia da natureza. Foi um político ativo e fundador da escola eleática. Com ele a cosmologia transforma-se em ontologia(teoria do ser). Parmênides nega o devir de Heráclito. Pôe sua doutrina na boca de uma deusa que lhe mostra três caminhos: 1º - Caminho da verdade absoluta: “O ser é não pode deixar de ser; o não ser não não é e não pode vir a ser de modo nenhum”; 2º - O caminho das opiniões falases – Caminho dos sentidos que é da falsidade e do erro. 3º - O Caminho da opinião plausível (doxa plausível). Para Parmênides, pensar e ser é a mesma coisa. O nada é impensável e indizível. O ser é a única realidade e este não se transforma. Não tem passado e nem futuro. É uno, imutável e perfeito. Zenão, nasceu em Eléia, entre fins do séc. VI e princípio do séc. V a.C. Nos seus dados biográficos consta que ele foi um grande defensor da liberdade. Foi um defensor de Parmênides e refutou todos os argumentos que vieram ao contrário. Ele refutou o movimento e a multiplicidade, afirmando que a velocidade e o movimento são algos relativos e não objetivos. Chega a afirmar que o movimento e a variedade das coisas são impossíveis. Melisso, também nasceu em Samos, entre fins do séc. VI e início do séc. V a.C. Foi político hábil e homem capacitado do mar. Foi o sistematizador da doutrina eleática e a corrigiu em alguns pontos. A preocupação maior de Melisso é com o modo de como o homem conhece as coisas. Já tinha uma visão pluralista dos princípios que dão origem às coisas. Para Melisso, a esfera é o símbolo perfeito. Empédocles, natural de Agrigento, nasceu em 492 e morreu em 432 a.C. tentou fazer a conciliação entre Heráclito e Parmênides. Para ele a realidade é composta por 4 elementos fundamentais: a água, o ar, a terra e o fogo. Para Empédocles, o conhecimento humano se dá através de partículas materiais que entram pelos sentidos e encontram seus semelhantes que já existem no homem. Anaxágoras nasceu em Clazômenas em 500 a.C. e morreu por volta de 458 a.C. Foi ele quem pronunciou a célebre frase: “Tudo era um caos até que apareceu a mente humana e colocou ordem nas coisas”. Para Anaxágoras as coisas que dão origem ao nascer e o morrer não são os quatro elementos de Empédocles. O princípio de tudo, o “arché”, são as homeomerias que estão presente em todas as coisas. o que distingue uma coisa da outra é a predominância de determinado tipo de homeomerias. Léucipo, reafirmou a impossibilidade do não ser. Para ele, o nascer e o morrer é um agregar e desagregar das coisas. Demócrito, diz que todas as coisas são compostas por átomos, que são partes indivisíveis. O devir acontece através do movimento desses átomos, que se unem ou desunem, fazendo os objetos nascerem ou perecerem. Diógenes, de Apolônia, fez um tentativa de combinar Tales e Heráclito. Retomou a idéia de que o princípio primeiro deve ser o ar, que seria infinito e inteligente. Arquelau, de Atenas, apareceu como uma das últimas manifestações da filosofia da natureza. Para ele nossa alma é ar. nascemos respirando e morremos com o último suspiro. Esses primeiros filósofos encontraram o princípio primeiro na natureza. Por isso, são chamados naturalistas ou imanentistas. Trabalho de Filosofia Nome: ........................................................................................................................... Data: ......./........./............... Série: .... Turma: ..... Nº ............. 1. Estudando os Filósofos Pré-Socráticos, cada um deles deu uma explicação para o princípio de todas as coisas. Relate as teorias científicas que você conhece sobre a origem do cosmos e do homem, diga em qual delas você acredita e explique porque. 2. Sabemos que Tales, de Mileto, foi o primeiro filósofo da antiguidade. Onde ele encontrou o princípio de sua filosofia? 3. Quem foi o filósofo discípulo de Tales? 4. Para Anaximandro, como surgiu o cosmos? 5. Anaximandro disse que os primeiros animais nasceram da ação do sol sobre a água. O que você acha dessa afirmação? 6. Qual é o princípio da filosofia de Anaxímenes? 7. Para Heráclito, tudo é um contínuo devir. Tudo flui. Nada permanece o mesmo. Como explicar esta afirmação? 8. Escrever a frase do filósofo Heráclito sobre o rio. 9. O filósofo Heráclito acreditava que era preciso mortificar o corpo para cuidar da alma. O que você acha dessa afirmação? Porque? 10. O filósofo Heráclito acreditava em prêmios e castigos depois da morte. O que você acha dessa idéia? Porque? 11. Como nasceu a escola filosófica de Pitágoras? 12. O filósofo Pitágoras era muito respeitado por seus companheiros. Como era considerado o valor de sua palavra? 13. Qual é o princípio da filosofia de Pitágoras? 14. Comente sobre a vida de Xenófones? 15. Onde e quando nasceu Parmênides? 16. O filósofo Parmênides negou a teoria do movimento de Heráclito afirmando que nem o homem e nem as coisas se transformam. Dê sua opinião. 17. O que Zenão diz sobre a velocidade e o movimento? 18. Qual é o símbolo perfeito para Melisso? 19. Como se dá o conhecimento humano para Empédocles? 20. Como se dá o nascer e o morrer para Lêucipo? 21. Para Demóclito, como são compostas as coisas? 22. Qual é o princípio de tudo para Diógenes? 23. Comente sobre o ar, de Arquelau. 24. Porque os primeiros filósofos são chamados de naturalistas? 25. Para você, qual é o elemento mais importante da natureza? Porque?

A FILOSOFIA DE SANTO AGOSTINHO

Aurélio Agostinho nasceu em 354, em Tagasta, pequena cidade da África. Seu pai, Patrício, era um pequeno proprietário de terras, ainda ligado ao paganismo. Sua mãe, Mônica, era uma fervorosa cristã. Com a morte de seu pai, vendeu os bens paternos e fundou uma comunidade religiosa, adquirindo grande notoriedade pela santidade de sua vida. Estudou retórica, aderiu ao maniqueísmo, e quando se despertou para as paixões, se uniu a uma mulher, que lhe deu um filho, Adeodato. Se converteu ao cristianismo ouvindo os sermões de Ambrósio. Agostinho cristianizou a filosofia de Platão e aproveitou suas teorias para dar uma melhor explicação da fé. Suas principais obras: As Confissões – relato de sua vida e de sua conversão; A Trindade – obra filosófica-Teológica; A Cidade de Deus – relato teológico da história. Para Agostinho, a fé não exclui a razão e nem a razão exclui a fé, quando assim ele disse: “Creio para compreender e compreendo para crer”. Para ele, a perfeição do mundo exige um artífice; o fenômeno religioso é universal, e há um vazio interior no homem que só pode ser plenamente preenchido por Deus: “Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Vós”. Agostinho afirma que o homem bom é aquele que ama (Deus e o próximo). O verdadeiro amor coincide em fazer a vontade daquele que nos criou. Morreu em 430, quando os vândalos sitiaram sua cidade. Trabalho de Filosofia Nome:................................................................................................................................................... Data: .........⁄..........⁄............... Série: ...... Turma: ........ N°......... Leia Agostinho e Responda 1) Dê o significado das palavras ou expressões: Paganismo, fervorosa cristã, bens paternos, notoriedade, retórica. 2) Qual é o significado de: a) Agostinho cristianizou a filosofia de Platão. b) Obra filosófica-teológica. c) relato teológico da história. d) Quando se despertou para as paixões. 3) Justifique: a) Para Agostinho “a fé não exclui a razão e nem a razão exclui a fé”. b) “A perfeição do mundo exige um artífice”. c) “O fenômeno religioso é universal”. d) “Há um vazio interior no homem que só pode ser preenchido plenamente por Deus”. e) “O verdadeiro amor coincide em fazer a vontade daquele que nos criou”.

A FILOSOFIA DE SANTO TOMAZ DE AQUINO

Santo Tomaz de Aquino nasceu em Roccasseca, em 1225 d.C. Foi discípulo de Alberto Magno, que muito o influenciou na construção do seu sistema filosófico. O objetivo primeiro de suas reflexões é Deus, não o homem ou o mundo. Deus é o Ser. O mundo tem seres. Deus é o fundamento de todas as coisas, porque só ele é o ser verdadeiro e criador de todas as criaturas. Tomaz de Aquino aponta 5 vias ou caminhos para chegar a Deus: 1º- Caminho da Mutação – Tudo aquilo que move deve ser movido por outro. Deve haver um ser imutável que move todas as outras coisas sem ser movido. Esse imutável é Deus. 2º - Caminho da Causalidade Eficiente – Para ir ao infinito é necessário admitir uma causa eficiente primeira. Esta causa é Deus. 3º - Caminho da Contingência – As criaturas são seres contingentes. É preciso admitir uma causa que não é contingente, ou seja, uma causa necessária(que seja ato puro). Esta causa é Deus. 4º - Caminho dos Graus de Perfeição – Entre os seres, há os mais ou menos bons, mais ou menos verdadeiros, mais ou menos nobres e semelhantes. No entanto, deve haver algo que é completamente verdadeiro, completamente bom e completamente nobre. Este é chamado Deus. 5º - Caminho do Finalismo – As coisas que carecem de conhecimento agem em função de um fim. Existe, no entanto, algum ser inteligente que dirige todas as coisas naturais para o seu fim. Esse ser nós o chamamos Deus. Santo Tomaz de Aquino colocou a filosofia a serviço da verdade e a verdade a serviço de Deus. Morreu em 07 de março de 1274, quando ia participar do Concílio de Lião. Trabalho de Filosofia Nome: ..................................................................................................................... Data: ........ /......../............... Série: ....... Turma: ...... Nº .......... Leia Tomaz de Aquino e Responda 1) Qual era o objetivo primeiro da filosofia de Tomaz de Aquino? 2) Comente: a) “Deus é o Ser. O mundo tem seres”. b) “Deus é o fundamento de todas as coisas”. c) “Só Deus é o Ser Verdadeiro e criador de todas as criaturas”. 3) Dê o significado das palavras ou expressões: mutação, causalidade eficiente, contingência, caminho do finalismo. 4)Explique: a) “No mundo deve haver um ser imutável que move todos os outros seres sem ser movido”. b) “Entre os seres, há os mais ou menos bons, mais ou menos verdadeiros, mais ou menos nobres e semelhantes”. c) “No mundo deve haver algo que é completamente verdadeiro, completamente bom e completamente nobre”. 5) Justifique: “Tomaz de Aquino colocou a filosofia a serviço da verdade e a verdade a serviço de Deus”.

FILOSOFIA MEDIEVAL: PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA

Mil anos. Foi esse o período aproximado que denominamos como idade medieval, da queda do império romano no século V até o século XV. Com o início do renascimento foram desenvolvidas duas correntes filosóficas distintas: A filosofia patrística e a filosofia escolástica, ambas possuíam concepções religiosas, porém com diferentes abordagens. Filosofia Patrística (século I ao VII): a filosofia desenvolvida nessa época teve como objetivo consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do cristianismo. Baseadas nas Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João, a escola patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original, a criação do mundo por Deus, ressureição de juízo final. Filosofia da Escolástica (séc. IX ao séc. XV): nesse período ocorreu uma retomada de muitos princípios filosóficos gregos. A grande preocupação da igreja era aliar a razão e a ciência aos ideais da igreja católica. Nesse contexto, surgiu a teologia que foi uma ciência que buscava explicar racionalmente a existência de Deus, da alma, do céu e inferno e as relações entre homem, razão e fé. Apesar das contribuições ideológicas e em alguns aspectos científicos, especialmente na geometria, aritmética, música, astronomia entre outras, a filosofia patrística e escolástica se diferencia das demais correntes de pensamento pelo fato de não aceitar verdades que poderiam, porventura, contrariar dogmas religiosos e os demais pressupostos cristãos. Pelo seu caráter em alguns aspectos manipulador, a filosofia medieval não costuma receber muita atenção de indivíduos engajados na busca científica da existência humana e do próprio universo. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome Completo: ....................................................................................................................................... Data: .......... ⁄...............⁄................... Série: ..... Turma: ................................................. N°......... 1- Quantos anos foi aproximadamente o período considerado como Idade Média? 2- De que século até qual o século marcou o início e o fim da Idade Média? 3- Com o início do renascimento foram desenvolvidas quantas correntes filosóficas distintas? 4- Quais são as correntes desenvolvidas neste período? 5- A Filosofia Patrística foi em qual período? 6- A filosofia desenvolvida nessa época teve qual objetivo? 7- A escola patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos. Quais? 8- A Filosofia da Escolástica (séc. IX ao séc. XV): nesse período ocorreu o quê? 9- Qual era a grande preocupação da igreja? 10- Nesse contexto, surgiu o quê? 11- A teologia foi uma ciência que buscava o quê? 12- Apesar das .................................................. e em alguns ............................................................, especialmente na geometria, ..................................................., música, ................................... entre outras, a filosofia ................................................................ se diferencia das demais correntes de pensamento pelo fato de não aceitar .............................. que poderiam, porventura, contrariar .............................................. e os demais pressupostos cristãos.

DEPOIMENTOS SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS

• Cícero, disse: Não há povo tão primitivo, tão bárbaro, que não admita a existência de deuses, ainda que se engane sobre a sua natureza. • Plutarco: Podereis encontrar uma cidade sem muralhas, sem edifícios, sem ginásios, sem leis, sem uso de moedas como dinheiro ou sem cultura das letras. Mas um povo sem Deus, sem oração, sem juramentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios, tal nunca se viu. • Jung: Entre todos os meus pacientes de mais de trinta e cinco anos não há nenhum cujo problema não seja o da religação religiosa. A raiz da enfermidade de todos está em terem perdido o que a religião deu a seus crentes, em todos os tempos; e ninguém está realmente curado enquanto não tiver atingido, de novo, o seu enfoque religioso. • Pavlov - Quando foi perguntado: Crê o Senhor que a fé no desenvolvimento do mundo é conciliável com a fé num Criador? Ele respondeu que não; mas teve a fineza de acrescentar: Não considero minha falta de fé como uma vantagem, mas como uma desvantagem para mim pessoalmente, em comparação com os que têm fé. • Voltaire (1694-1778) – É considerado um racionalista e afirmou: O mundo me perturba e não posso imaginar que este relógio funcione e não tenha tido relojoeiro. • Max Planck (1858-1947) - recebeu o prêmio Nobel de física em 1918, pela descoberta do quantum de energia. Assim ele afirmou: O impulso de nosso conhecimento exige que se relacione a ordem do universo com Deus. • Antoine Henri Becquerel (1852-1908) – Recebeu o prêmio Nobel de física em 1903, descobridor da radioatividade. Disse: Foram minhas pesquisas que me levaram a Deus. • Andrews Milikan (1868-1953) – Recebeu o prêmio Nobel de física, em 1923, pela descoberta da carga elétrica elementar. Suas palavras: A negação de Deus carece de toda base científica. • Albert Einstein (1879-1955) – Recebeu o prêmio Nobel de física em 1921, pela descoberta do efeito foto-elétrico. O grande cientista abandonou a fé judaica e a crença em Deus quando estudou profundamente a força presente na matéria. Mas quando suas descobertas sobre o átomo foram usadas pelos norte-americanos para construir a bomba atômica, sua decepção com a fragilidade e a incapacidade do ser humano de usar os conhecimentos científicos para o progresso do mundo foi tão grande que ele voltou a acredita em Deus. Ele morreu convicto de que existe, para as questões da existência humana, uma resposta maior e que vai muito além da ciência. Duas afirmações dele provam esta convicção: Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus. E ainda: O universo é inexplicável sem Deus. • Edward Mitchell, astronauta da Apolo 14, um dos primeiros homens a pisar na lua. Ele disse: O universo é a verdadeira revelação da divindade, uma prova de ordem universal da existência de uma inteligência acima de tudo o que podemos compreender. • Max Scheler (Filósofo alemão contemporâneo): Há uma lei essencial: todo espírito finito crê em um Deus ou em um ídolo. A descrença em Deus, ou melhor, a alucinação persistente, que leva a por um bem similar em lugar de Deus (como o Estado, a arte, uma mulher, o dinheiro, a ciência, etc) ou tratá-lo como se fosse um Deus, tem sempre uma causa especial na vida do homem. Se se descobre esta causa, se despoja o homem do véu que oculta a alma da idéia de Deus e ele mesmo, o ato religioso, que havia sido desviado, volta por si mesmo a seu objeto adequado, formando-se a idéia de Deus. Trabalho de Filosofia Nome:................................................................................................................................................................ Data:......../......../............. Série: ...... Turma:........ Turno: ................... Sala: ....... 1. De acordo com o pensamento de Cícero, não há povo ..........................................................,................................................................,que não admita a ..................................................................................................................sobre sua natureza. 2. Plutarco disse: Poderá encontrar uma ..............................,sem................................................,sem..........................................,sem............................, sem o ......................................ou sem..............................................Mas um povo sem................................,................................,..................................sem..............................., tal nunca se viu. 3. O que Jung falou sobre seus pacientes? Segundo ele, onde estava a raiz de suas enfermidades? Quando é que se dava a cura dos pacientes? 4. Qual foi a resposta de Pavlov quando foi perguntado sobre sua crença no desenvolvimento e a fé num criador? O que ele acrescentou? 5. Com que voltaire compara Deus e o mundo? 6. Sobre Deus e o conhecimento Max Planck afirmou:....................................................................................... 7. O que Antoine Henri Becquerel disse sobre as pesquisas e Deus? 8. O que Andrews Milikan falou sobre a negação de Deus? 9. Você certamente ouviu falar sobre Albert Eistein. Como ele é considerado para a ciência? 10. Que prêmio ele chegou a receber? 11. Num primeiro momento ele abandonou a fé Judaica, mas o que aconteceu depois? 12. Qual foi sua posição em relação a construção da bomba atômica? 13. Qual foi sua convicção em relação às existência humana? 14. Escrever as duas frases(afirmações) de Albert Eistein sobre a existência de Deus. 15. Qual foi a afirmação de Edward Mitchell sobre Deus e o universo? 16. Para Max Sheler, todo espírito ...........................................................................................ou em um ídolo. 17. Como ele trata a questão da descrença em Deus? Comente. 18. Você certamente já ouviu dizer que todo filósofo e todo cientista é ateu. Depois de ler esse texto, qual é a sua opinião? Justifique. 19. Na sua opinião a existência de Deus é conciliável com a ciência? Explique. 20. Qual é o depoimento que mais identifica com sua maneira de pensar sobre a existência de Deus? Justifique sua resposta.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

TARDE VOS AMEI - SANTO AGOSTINHO

“Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. Estáveis comigo e eu não estava Convosco! Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Porém, chamastes-me, com uma voz tão forte, que rompestes a minha Surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a minha cegueira! Exalastes Perfume: respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós. Saboreei-Vos e, agora, tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e ardi, no desejo da Vossa Paz" Santo Agostinho

segunda-feira, 13 de junho de 2022

FILOSOFIA - INTRODUÇÃO

1- Etimologia da Palavra Filosofia Quando falamos de Etimologia da Palavra Filosofia, estamos falando, ao mesmo tempo, de: • Os Radicais da palavra filosofia • As Raízes da palavra filosofia • A Origem da palavra filosofia • Vocábulos da palavra filosofia • O Significado da palavra filosofia 2- Conceito da Palavra Filosofia A Palavra Filosofia tem sua origem em dois vocábulos gregos: PHILEIN E SOPHIA, que significa, Amigo da sabedoria. O Termo filosofia representa o desejo, a procura e o amor ao saber. É um conjunto de princípios que se propõe a explicar de maneira unificada a natureza de todas as coisas e a conduta humana em relação a elas. É o estudo dos valores que orientam o comportamento humano. É uma reflexão crítica sobre os fundamentos da realidade e de seu conhecimento. É a ciência das causas primeiras e do porque das coisas. A filosofia nos apresenta uma consciência inquieta e inconformada com o que se sabe; vai atrás de uma verdade para qual se sente impelida. 3 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA FILOSOFIA a) Conteúdo – O conteúdo da filosofia são todas as coisas. A filosofia procura responder qual é a origem de todas as coisas. b) Objetivo – O objetivo da filosofia é o puro desejo de conhecer e contemplar a verdade. c) Método – O método da filosofia é uma explicação puramente racional da totalidade das coisas. 4- Ponto de partida do ensino da filosofia: O ponto de partida da filosofia é a realidade que está a nossa volta. 5- Ponto de chegada do ensino da filosofia: A filosofia pretende chegar em: formação de mentes ricas de teorias, hábeis no uso do método racional, capazes de ler, de modo crítico a realidade, propor, desenvolver e resolver os problemas que nos aparecem. 6- Exigência Prática Filosófica: A exigência prática da filosofia é a humildade de se perceber que a verdade não é uma propriedade de ninguém, mas que está aí esperando ser desvendada por qualquer um. 7- Filosofia de Vida – Filosofia de vida é uma concepção da vida e do mundo que irá interferir em nossas atitudes e modo de ser. É uma idéia do mundo e um programa proposto diante da realidade. É uma visão das coisas, que poderá ser otimista ou pessimista; progressiva ou retrógrada; motivadora ou inibidora de uma ação. 8- A Importância dos Filósofos: Os filósofos foram importantes e são importantes, pelo que disseram, pela tradição que geraram e até por aquilo que deixaram de dizer. 9- Tarefa dos Filósofos: A maior tarefa dos filósofos é refletir sobre as experiências e os conhecimentos, questioná-los, problematizá-los e resolvê-los. 10- Quem é considerado Filósofo? Filósofo é a pessoa que se ocupa da filosofia, por considerá-la princípio do conhecimento, seja como teoria do saber, seja como norma de vida, a fim de determinar a hierarquia dos valores.

terça-feira, 7 de junho de 2022

A BUSCA DA VERDADE NA NOSSA ÉPOCA

Falar da verdade é certamente uma questão complexa que tem várias opiniões e desde as suas origens ainda existem muitas controvérsias, há uma ciência filosófica que se encarregou de explicá-la por meio de diferentes pensadores, passando por diferentes interpretações do Oriente ao Ocidente, associando-o a outros grandes temas que movem a humanidade, como a religião e a política que estão fundamentalmente ligadas ao poder, como afirma Michel Foucoult em seu livro “As Palavras e As Coisas”. Para os gregos existem duas teorias filosóficas da verdade opostas, que se espalharam ao longo da história e fazem a distinção entre o objetivismo e o relativismo. No caso do objetivismo, afirma-se que a ideia de verdade é independente das pessoas ou grupo que a formula. Por outro lado, quando se fala em relativismo, considera-se que a verdade depende ou está em relação ao sujeito, pessoa ou grupo de pessoas que a proclama, ou seja, o relativismo surge quando, por exemplo, no caso das opiniões, são verdadeiras quando as pessoas a defendem parecem verdadeiras. O relativismo sustenta que existem muitas verdades sobre as coisas ou pelo menos tantas quantas as pessoas acreditam ter conhecimento delas. Durante a Idade Média, a verdade era baseada na Bíblia, afirmando que Deus criou o mundo e todas as pessoas. Em contraste, na Idade Moderna, a verdade baseava-se na lógica, portanto, as verdades são racionais, verificáveis e impressionantes. Partindo da consciência como evidência primária, com base nas palavras de Descartes que apontou “Penso, logo existo”. A era pós-moderna diversificou as teorias que proclamam verdades absolutas que acabam sendo perigosas aos olhos de quem as proclama, gerando discursos bombásticos que dividem o mundo entre o bem e o mal, deixando um telos dicotômico que se mantém intocado. Com o tempo, o que tem prevalecido é o caráter subjetivo da verdade, pois com isso se reconhece que cada um pode afirmar algo de acordo com sua perspectiva, ensinando a experiência que é o que acontece a uma pessoa internamente e a experiência a partir do que que é conhecido por ter praticado em algum momento, o que tende a confundir o fato de transmiti-lo a outras pessoas. De acordo com as definições oficiais, é plausível entender que todas elas nos levam a pensar sobre a faculdade que o ser humano tem de saber das coisas, dando-lhe uma interpretação, ou seja, como dito anteriormente, as definições estão mais relacionadas ao grau de subjetivismo do que podemos atribuir de acordo com nosso próprio conhecimento, o que pode ser justificado com a imagem que percebemos por nossos sentidos. Para uma análise mais completa do conceito de verdade, é imprescindível conhecer em princípio as conceituações que os grandes filósofos têm levantado ao longo da história. Sócrates referiu-se à verdade afirmando que “o homem é capaz de conhecer a verdade, de superar as opiniões, elevando-se ao conhecimento dos conceitos do universal”, afirmou o seu discípulo Platão que “o conhecimento visa encontrar uma definição inequívoca para saber sobre todas as coisas”. Texto de *Guido Asencio-Pesquisador na Universidad de Los Lagos (Chile) e Doutorando em Administração de Empresas. Leia o texto com atenção e responda as questões a seguir 1- Em que livro o filósofo Michel Foucoult explicou sobre a verdade? 2- Para os gregos existem duas teorias filosóficas da verdade opostas, que se espalharam ao longo da história e fazem a distinção entre o objetivismo e o relativismo. Explique. 3- De acordo com o texto, qual é a sustentação do relativismo sobre a verdade? 4- Comente sobre a verdade na Idade Média e a verdade na Idade Moderna. 5- Leia a frase e comente: “Com o tempo, o que tem prevalecido é o caráter subjetivo da verdade”. 6- Complete a frase que está no texto: “Para uma análise mais completa do conceito de verdade, é imprescindível .......................................em princípio as .......................que os grandes .................................têm levantado ao ............................da história. 7- Qual era o entendimento do filósofo Sócrates sobre a verdade? 8- Qual foi a afirmação de Platão, discípulo de Sócrates sobre o conhecimento? 9- O que aconteceu com as teorias sobre a verdade na era pós-moderna? 10- De acordo com a matéria do livro: Conhecimento Científico e Tecnologias, cap. 1 e a matéria do caderno, comente sobre: a) A verdade é universal b) A verdade é objetiva c) A verdade é relativa

domingo, 5 de junho de 2022

SÓCRATES, OS SOFISTAS E OS SOCRÁTICOS MENORES

A FILOSOFIA DE SÓCRATES Sócrates nasceu em Atenas, em 470 a.C. e morreu em 399 a.C. Era filho de um escultor e de uma obstetriz. Não fundou nenhuma escola, como muitos outros filósofos. Realizou seus ensinamentos em locais públicos (nos ginásios, nas praças públicas, etc,). Exerceu um imenso fascínio sobre os jovens e sobre os homens de todas as idades, o que lhe custou inúmeras aversões e inimizades. Sócrates é considerado o maior filósofo de todos os tempos e o divisor da filosofia. São celebres suas frases: “Sei que nada sei” e “Conheça a ti mesmo”. Sócrates disse assim, por considerar que muitas pessoas diziam saber de tudo e percebeu que muitas pessoas não se conheciam. Sócrates não escreveu nada, considerando que sua mensagem fosse transmitida pela palavra viva, através do diálogo e da “oralidade dialética”. A Descoberta da Essência do Homem Os naturalistas procuraram responder as questões sobre a natureza. Sócrates, por sua vez concentrou definitivamente seu interesse sobre o homem. Ele procurou responder qual é a realidade última do homem, realizando com isso uma revolução no pensamento de sua época, principalmente no tradicional quadro de valores. Sócrates e o Conceito de Liberdade Para Sócrates, o verdadeiro homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos e o homem escravo é aquele que, não sabendo dominar seus instintos, torna-se vítima deles. Sócrates e o Conceito de Felicidade Sócrates dizia que a felicidade não pode vir das coisas exteriores do corpo, mas somente da alma, porque esta é a sua essência. Para ele, quem é virtuoso é feliz, ao passo que o malvado e o injusto é infeliz. Ele afirma que o homem pode ser feliz em qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. OS SOFISTAS Na Grécia Antiga haviam professores itinerantes que percorriam as cidades ensinando, mediante pagamento, a arte da retórica às pessoas interessadas. A principal finalidade de seus ensinamentos era introduzir o cidadão na vida política. Tudo o que temos desses professores são fragmentos e citações e, por isso, não podemos saber profundamente sobre o que eles pensavam. Aquilo que temos de mais importante a respeito deles foi aquilo que disseram seus principais adversários teóricos, Platão e Aristóteles. Eles eram chamados de sofistas, termo que originalmente significaria “sábios”, mas que adquiriu o sentido de desonestidade intelectual, principalmente por conta das definições de Aristóteles e Platão. Aristóteles, por exemplo, definiu a sofística como "a sabedoria aparente, mas não real”. Para ele, os sofistas ensinavam a argumentação a respeito de qualquer tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões, pois para eles a verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo em que o homem está inserido. O contexto histórico e sociopolítico é importante para que se compreenda o papel e o pensamento dos sofistas para a sociedade grega. Embora Anaxágoras tenha sido o filósofo oficial de Atenas na época do regime de Péricles, não havia um sistema público de ensino superior. Então, jovens que podiam pagar por instrução recorriam aos sofistas a fim de se prepararem para as dificuldades que enfrentariam na vida adulta. Uma delas, imposta pelo exercício da democracia, era a dificuldade de resolver divergências pelo diálogo tendo em vista um interesse comum. O termo “sofista” não corresponde, portanto, a uma escola filosófica e sim a uma prática. Mesmo assim, podemos elencar algumas caracterizações comuns aos sofistas: a) Oposição entre natureza e cultura: Pelo que sabemos, podemos dizer que a maior parte dos sofistas tinha seu interesse filosófico concentrado nos problemas do homem e da natureza. Isso significa que aquilo que é dado por natureza não pode ser mudado, como a necessidade que os homens têm de se alimentar. O que é dado por cultura pode ser mudado, como, por exemplo, aquilo que os homens escolhem como alimento. Ou seja, todos nós precisamos da alimentação para continuarmos vivos, mas na China, a carne dos cães pode fazer parte do cardápio e, na Índia, o homem não pode se alimentar da carne bovina, pois a vaca é considerada um animal sagrado. b) Relativismo. Para os sofistas, tudo o que se refere à vida prática, como a religião e a política, era considerado fatores culturais, logo podiam ser modificados. Dessa forma, colocavam as normas e hábitos em dúvida quanto à sua pertinência e legitimidade. Como eles eram relativistas, suas questões podiam ser levadas para o seguinte sentido: as leis estabelecidas são pertinentes para essa cidade ou precisam ser mudadas? c) A existência dos deuses. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto, eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. A diferença entre os sofistas e aqueles que acreditavam nos deuses – e a educação grega esteve, no início, ligada à existência e interferência dos deuses nos destinos da humanidade – é que eles preferiam não se pronunciar a respeito. Mas, se os deuses existissem, eles não teriam formas e pensamentos humanos. d) A natureza da alma. A definição de alma para os sofistas é de uma natureza passiva e podia ser modelada pelo conhecimento que vem do exterior. Isso é muito importante para a prática que eles exerciam, pois, se as pessoas possuem almas passivas, elas podem ser convencidas de qualquer discurso proferido de forma encantadora. Por isso, era preciso lapidar a técnica a fim de levar as pessoas a pensarem de um modo que favoreça o orador, ou seja, aquele que está falando para o público. A resistência que alguma pessoa oferece a algo que é dito não seria proveniente da capacidade de refletir ou questionar e sim era decorrência da inabilidade discursiva do orador. e) Rejeitam questões metafísicas. Os sofistas estavam bastante empenhados em resolver questões da vida prática da pólis. Aquilo que contribuiria para uma vida melhor com os outros ou para atender às necessidades imediatas era o centro de suas preocupações. Por concentrarem seus esforços para pensar naquilo que consideravam útil, questões como a origem do seres, a vida após a morte e a existência dos deuses, ou seja, questões de ordem metafísica eram rejeitadas. f) A habilidade de argumentar, mesmo se as teses fossem contraditórias, também era um de seus fundamentos. Apesar da dura crítica feita a eles, o trabalho dos sofistas respondia a uma necessidade da época: com o desenvolvimento e a consolidação da democracia na Atenas do século V a.C., era imprescindível desenvolver a habilidade de argumentar em público, defender suas próprias ideias e convencer a maior parte da assembleia a concordar com aquilo que os beneficiaria individualmente. g) Antilógica. Uma estratégia de ensino comum aos sofistas era ensinar os jovens a defenderem uma posição para, em seguida, defenderem seu oposto. Essa técnica argumentativa foi chamada de antilógica e foi criticada por Platão e Aristóteles por corromper os jovens com a prática da mentira. Historiadores contemporâneos, no entanto, consideram essa técnica como uma atividade característica do espírito democrático por respeitar a existência de opiniões diferentes (cf. CHAUÍ, Marilena). Os mais conhecidos sofistas foram Protágoras de Abdera (c. 490-421 a.C.), Górgias de Leontinos (c. 487-380 a.C.), Hípias de Élis, Isócrates de Atenas, Licofron, Pródicos e Trasímaco. OS SOCRÁTICOS MENORES Os socráticos, no sentido pleno da palavra, são Platão e Aristóteles. Mas é necessária uma breve menção sobre os socráticos menores, que fundaram escolas e procuraram juntar a filosofia socrática com a do período anterior. São quatro: Escola Megárica ou de Megara, Escola Elíaca (1), Escola Cirenaica ou Hedonista e Escola Cínica. Escola Megárica: Fundada pelo discípulo de Sócrates, Euclides de Megara (444 a 369 AC), tentou juntar a ética de Sócrates com o monismo antológico dos eleatas, ou, de outra forma, desenvolver a filosofia eleática a partir do ponto de vista ético. Escola Elíaca: Fundada pelo discípulo de Sócrates, Fédon, da cidade de Elis, não teve grande discrepância da escola megárica. Os filósofos aqui também se estregaram em demasia a dialética erística (2). Nada de maior importância há na História sobre estes filósofos. Escola cirenaica ou Hedonista: Fundada por Aristipo de Cirene (435 a 355 AC), discípulo de Sócrates, ensinou o subjetivismo sensível, quer dizer, que a especulação é vã e que a sensação nada nos ensina fora do presente estado subjetivo. Os cirenaicos aplicaram este subjetivismo da sensibilidade na Ética.: o supremo humano não é a virtude, mas a felicidada, e esta, por sua vez, consiste no deleite que deve ser considerado como um prazer que passa e não como um estado ou maneira permanente. O conhecimento e a virtude não passam de meios para alcançar o deleite, o primeiro (conhecimento) remove os entraves, o que nos separa da aquisição de prazer, e a virtude nos ajuda a ser moderados no deleite, para que possam ser gozados por mais tempo. Escola cínica: Fundada por Antístenes de Atenas (444 a 369 AC), discípulo de Górgias e depois de Sócrates, cultivou a princípio a ética socrática, mas desviou para um exagero de desapego da civilização que consideravam a causa dos homens não serem bons. Desejaram uma volta a vida mais primitiva possível afirmando que aquele que é inteiramente feliz não necessita de cultura e da civilização. Diógenes de Sinope é um dos discípulos deste escola. Trabalho de Filosofia Nome Completo: .................................................................................................................................... Data: ....../....../........... Série: .... Turma: ................ Turno: ............................. Sala......... 1- Caracterizar o nascimento do filósofo Sócrates. Onde Sócrates realizou seus ensinamentos? 2- O que significa dizer que Sócrates exerceu um imenso fascínio sobre as pessoas de todas as idades? 3- Citar as duas frases célebres de Sócrates, comentando sobre seus significados. 4- Comente sobre as virtudes de que fala Sócrates. 5- Sócrates afirma que ninguém erra por sua própria vontade. Quem faz o mal, faz por ignorância do bem. Dê sua opinião. 6- Qual é o verdadeiro homem livre para Sócrates? Qual é o homem escravo Sócrates? 7- Na sua opinião, a liberdade existe? Explique 8- Dê sua opinião: A felicidade existe? Justifique sua resposta. 9- Comente sobre o conceito de felicidade apresentado por Sócrates. 10- Para Sócrates, o homem pode ser feliz qualquer que sejam as circunstâncias em que lhe cabe viver e qualquer que seja a situação no além. O homem é o verdadeiro artífice de sua própria felicidade ou infelicidade. Comente e dê sua opinião. 11- Estabeleça a diferença básica entre o ensinamento de Sócrates e os sofistas. 12- Qual é o significado do termo sofista? Comente. 13- Citar as principais características do ensinamento dos sofistas. 14- Citar os principais sofistas que aparecem no texto. 15- Citar as principais escolas dos socráticos menores com seus respectivos fundadores.

domingo, 29 de maio de 2022

A FELICIDADE E AS ESCOLHAS

As diferentes posições sobre a felicidade e como ser feliz em meio às escolhas? Em nosso cotidiano, ouvimos falar constantemente sobre o tema da felicidade. Muitas pessoas afirmam que desejam ser felizes, que querem alcançar a felicidade, ou que estão infelizes. Isso nos leva a refletir sobre as seguintes questões: a felicidade é um conceito objetivo ou subjetivo? Existe "a" felicidade ou cada um tem seu conceito sobre o que é ser feliz? Frente a estas dúvidas, a tendência é tentar negar a existência da felicidade. Perigosa tentação, pois às vezes é mais fácil negar a felicidade do que aceitar que ela existe e reconhecer que não a possuímos... Estamos frente a uma situação limite... pouco discutida e que quase não é refletida em nosso cotidiano corrido... Você já parou para pensar sobre o que é a felicidade? Você já se perguntou um dia por que todo mundo a deseja ou acredita na sua existência? Desde a Grécia Antiga os filósofos já se ocupavam sobre a questão da felicidade. Em especial, um grande filósofo chamado Aristóteles já postulava importantes considerações sobre esse tema. Segundo ele, todas as coisas que existem tendem para um fim. O homem, por sua vez, também existe para uma finalidade: “ser feliz”. Nesse sentido, Aristóteles constata que existe um grande consenso entre os homens: “todos querem ser felizes”; mas também há um grande descenso entre eles: “O que é a Felicidade?”. Como o próprio autor afirma em sua obra Ética a Nicômaco: “Todos estão de acordo e dizem ser o fim do homem a felicidade e identificam o bem viver e o bem agir com o ser feliz. Diferem, porém, quanto ao que seja a felicidade, o homem limitado não a concebe da mesma forma que o sábio”. Sendo assim, nem todos os homens compreendem a felicidade de maneira semelhante. Para resolver esse dilema, Aristóteles afirma que o homem verdadeiramente feliz é aquele que age segundo sua própria natureza, isto é, que age racionalmente e visa ser virtuoso, visto que para esse filósofo grego, a essência do homem é sua razão, pois todos tendem ao saber. Mas qual é de fato a nossa natureza? Muitos dizem que somos seres essencialmente bons, outros dizem que somos naturalmente maus e egoístas. Mas podemos acreditar também que somos seres inacabados... incompletos... que ao invés de nascerem com uma essência pré-estabelecida, buscam construir esta suposta essência na própria existência, na vida real, no cotidiano. Assim sendo, podemos ser tanto anjos como demônios. Nossa natureza depende de nossas escolhas, e devido a isso, nossa felicidade também dependerá delas. É o que afirma o filósofo francês Jean-Paul Sartre em sua obra “O Existencialismo é um Humanismo”: “Se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço é o de pôr todo homem no domínio que ele é, de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens”. Dessa maneira, eliminando uma natureza pré-definida que nos dirá o que é ser feliz, podemos analisar uma outra perspectiva sobre o tema, afirmando que a felicidade se encontra na forma como fazemos nossas escolhas, ou seja, encarando a vida da maneira como ela realmente se apresenta, vivendo-a intensamente com responsabilidade. Ora, encarar a vida tal como ela se apresenta não é tarefa fácil. Somos seres jogados na existência e estamos condenados a fazer escolhas. Cada possibilidade de existência assumida significa a renúncia de outro modo de vida. Dessa maneira, podemos acertar ou errar, ganhar ou perder. Tudo depende de nossas escolhas. A angústia é a disposição emocional que nos acompanha neste drama da existência. Como então ser feliz em uma realidade tão dura como essa? A felicidade não é uma disposição emocional. Ser feliz não é estar sempre alegre. O sofrimento e a angústia também fazem parte da vida e da própria felicidade. Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam real valor a felicidade... Às vezes, é preciso chorar para sabermos o quanto é bom sorrir... é preciso sentir saudades para saber o quanto gostamos de alguém... Às vezes, quando temos tudo, nada parece ter valor. A vida é constante movimento, ela é um antes, um durante e um depois. Por isso, devemos viver o momento, sem deixar de olhar para nosso passado e nos projetar para o futuro. Os momentos difíceis são parte integrante da vida e deles não podemos escapar. No entanto, estes momentos são necessários para que possamos valorizar os acontecimentos felizes e encontrarmos a felicidade. É partindo desse ponto de vista, que o filósofo Karl Jaspers ressalta: "Os problemas e conflitos podem ser a fonte de uma derrota, uma limitação para a nossa potencialidade, mas também podem dar lugar a uma maior compreensão da vida e o nascimento de uma unidade que se fortalece com o tempo." Frente a estes pontos de vista, esse artigo chega a conclusão de que a felicidade não deve ser entendida como um objetivo ditado por uma essência pré-definida existente no homem, ou como um sentimento. A felicidade pode ser entendida como a própria vida sendo vivida de maneira intensa e responsável nas próprias escolhas do dia-a-dia, seja nas alegrias ou nos sofrimentos, buscando sempre tirar um aprendizado para aquilo que ocorre conosco. Como afirma Erich Fromm: “buscar a felicidade é como caçar borboletas: quanto mais você tenta, mais ela foge. No entanto, se você deixar a borboleta voar e se preocupar com outras coisas, ela pode até pousar em seus ombros”. Responda 1 - Quais são os principais problemas filosóficos levantados logo ao início do texto a respeito do tema da felicidade? 2 - Desde que período os filósofos tratam do tema da felicidade e o qual o principal filósofo a abordar este tema? 3 - O que Aristóteles afirmava em relação à finalidade última do homem? 4 - Qual a principal divergência entre os homens quando o assunto é a busca pela felicidade? 5 - O que Aristóteles afirmava em relação ao homem verdadeiramente feliz? 6 - Para Aristóteles qual a essência do homem? 7 - O que o texto afirma em relação à natureza humana? 8 - O que o filósofo Sartre afirma sobre a responsabilidade? 9 - Procure explicar o que é felicidade e como a felicidade pode se relacionar com as angústias, as escolhas e problemas encontrados no percurso da existência. 10 – Porque se diz que existe uma relação histórica entre felicidade e Filosofia? 11 – O que é felicidade para você? Em que situações concretas de sua vida você experimentou esse estado de felicidade? 12 – De acordo com o seu livro: “FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA”. Cite 04 fontes da felicidade. 13 – Explique como: a) usar o poder da vontade; b) controlar pensamentos e paixões; c )compreender o amor ao destino; d) eliminar ou moderar os desejos. 14 – Você acha que uma pessoa pode ser plenamente feliz quando busca apenas sua felicidade individual? 15 – Você é feliz? Porque?