quarta-feira, 14 de junho de 2023

O ESCRAVISMO

Com o surgimento do trabalho escravo e da propriedade privada o mundo passou por grandes transformações. A desigualdade se consolidou e os seres humanos se dividiram em duas classes sociais: de um lado estavam os senhores, donos dos escravos, das terras, das ferramentas de trabalho e de todos os bens materiais que eram produzidos. Do outro lado estavam os escravos. Não possuíam nada, não podiam vender nem sua força de trabalho e nem empregá-la em benefício próprio. Recebiam apenas a comida necessária para continuarem sobrevivendo e produzindo para os senhores. Como os escravos não podiam ficar com nada do que produziam, logicamente não sentiam o menor interesse e vontade de trabalhar. Para manter os escravos produzindo era preciso exercer a violência direta sobre eles. Para governar a sociedade e manter sob dominação aquela quantidade enorme de escravos, evitar fugas e reprimir as revoltas, foi se organizando um sistema de poder controlado pelos senhores, baseado em autoridades, leis e tributos e garantido pela força das armas. A esse sistema, em seu conjunto, deu-se o nome de Estado. O trabalho escravo permitiu a formação de grandes impérios. Existem, ainda hoje, grandes obras que foram construídas através do trabalho escravo: as pirâmides dos faraós, no Egito; os templos e palácios da Grécia; os teatros e arquedutos de Roma. Os escravos executavam a quase totalidade dos trabalhos braçais. Havia também uma certa quantidade de trabalhadores livres, como os artesãos, os comerciantes e funcionários do Estado. Os senhores, donos dos escravos se ocupavam apenas com atividades pensantes, com as artes e o divertimento. Veio dessa época a idéia que existe até hoje, de que o trabalho manual é uma coisa sem valor e que o importante são as atividades intelectuais. Foi no período do escravismo é que se desenvolveram as técnicas de cultivo da terra, com o aperfeiçoamento de ferramentas de metal como o arado, a foice, a enxada, etc. O escravismo, que em seu início funcionou como um tipo de organização que impulsionou a produção, nos primeiros séculos da era cristã deixou de ser, transformando-se em uma espécie de freio que impedia novos progressos da humanidade. Quais foram as causas disso: • O enorme contingente de escravos exigia manutenção de exércitos cada vez maiores que nada produziam e eram sustentados pelo trabalho escravo; • As guerras que eram travadas para ampliar o poder econômico dos impérios e dos grandes proprietários acabavam destruindo boa parte das forças produtivas. • Lavouras eram queimadas, as cidades saqueadas, estradas interrompidas, além de milhares de mortes de animais e de seres humanos. • Os escravos não ganhavam nada no seu trabalho duro e muitas vezes sabotavam as plantações e destruíam as ferramentas. Aconteciam também rebeliões dos escravos, como famosa revolta de Spartacos. Com isso, muitos senhores de escravos começaram a diminuir o grau de opressão, para manter o nível de crescimento da produção. TRABALHO DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS Nome: ..................................................................................................................... Data: ...../....../.......... Série: ..... Turma: .... Turno::......................................... 1- O que aconteceu no mundo com o surgimento do trabalho escravo e a da propriedade privada? 2- No período do escravismo a sociedade ficou dividida em duas classes. Explique. 3- Caracterizar os Senhores e os escravos. 4- De acordo com o texto, porque os escravos não sentiam nenhum interesse e nem vontade para trabalhar? 5- Se você tivesse que trabalhar sem ganhar nada você sentiria prazer no que estava fazendo? Dê sua opinião. 6- Para manter os escravos trabalhando e produzindo era preciso exercer a violência direta sobre eles. Que tipo de violência era própria para os escravos? 7- Com que finalidade o Estado foi criado? 8- O Estado foi um sistema criado baseado em quê? 9- Citar algumas obras construídas pelo trabalho dos escravos e que são consideradas grandiosas até hoje para o mundo todo. 10-O que significa dizer que Os escravos executavam a quase totalidade dos trabalhos braçais? 11-Havia também certa quantidade de trabalhadores livres. Cite-os. 12-Quais eram as principais atividades dos senhores, donos dos escravos? 13- Na sua opinião, o trabalho manual é menos importante do que o trabalho intelectual? Justifique sua resposta. 14- citar algumas ferramentas de trabalho desenvolvidas no período do escravismo. 15- O escravismo em sua decadência passou a ser um freio que travou o progresso da humanidade. Quais foram as conseqüências?

TEORIAS CIENTÍFICAS

ANTROPOCENTRISMO O Antropocentrismo (do grego, anthropos "humano" e kentron "centro" que significa homem no centro) é um conceito, oposto ao Teocentrismo, que ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre para realizar suas ações no mundo. Símbolo do Antropocentrismo Humanista: Homem Vitruviano (1590) de Leonardo da Vinci. Em outras palavras, o antropocentrismo é uma doutrina filosófica ou ciência do ser humano, de forma que o homem representa a figura central, sendo responsável por suas ações (seja cultural, social, histórica e filosófica) bem como a principal referência para o entendimento do mundo. Diferença entre Teocentrismo e Antropocentrismo Por oposição, o Teocentrismo (Deus no centro do mundo) está relacionado à religião, cujas coisas são assim porque Deus as colocou dessa forma no mundo. Sem hipótese de questionamento científico, o teocentrismo foi um conceito muito difundido durante a Idade Média donde a religião possuía um lugar de centralidade na vida da população. No entanto, com o humanismo renascentista e outras transformações pelo qual passou a Europa no século XV e XVI (grandes navegações, invenção da imprensa, reforma protestante, declínio do sistema feudal, surgimento da burguesia, cientificismo, etc.), o antropocentrismo surge como medida de inspiração aos estudiosos (filósofos e artistas), os quais tinham o intuito de trazer à tona questões baseadas no cientificismo empirista. Diante dessa mudança de mentalidade e rompimento de paradigmas em relação à época anterior, surge um homem racional, crítico e questionador com sua própria realidade, responsável portanto pelos seus pensamentos e ações no mundo. Assim, nesse momento, o antropocentrismo representou a passagem do feudalismo ao capitalismo mercantil, ou ainda, da passagem da Idade Média para Idade Moderna. Nesse sentido, diversos campos do conhecimento cultivaram essa nova visão de mundo, pautada no ser humano, na natureza e na sociedade, tal qual as artes em geral (literatura, pintura, escultura, musica, etc) bem como a filosofia. Foi nessa época que os humanistas incentivaram a inclusão de disciplinas no universo acadêmico, importantes para o desenvolvimento dessa nova mentalidade: filosofia, línguas, literatura, artes humanidades e ciências. Vale destacar que Deus não foi deixado de lado totalmente, pois o “divino” ainda fazia parte da vida das pessoas, no entanto, passou a não ser a única coisa verdadeira, baseada na bíblia. De tal modo, a verdade estaria intimamente relacionada à racionalidade humana (razão) a qual designaria a dádiva enviada pelo senhor, ou seja, algo divino que deveria ser explorado diante do poder do homem como imagem e semelhança de Deus. Essa independência humana de Deus levou o ser humano a refletir, criar, difundir e produzir conhecimento, e dessa forma, às grandes descobertas científicas, bem como à evolução do pensamento humano. TEOCENTRISMO O Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro", que significa literalmente "Deus como centro do mundo") é a doutrina calcada nos preceitos da Bíblia, donde Deus seria o fundamento de tudo e responsável por todas as coisas. Esse pensamento vigorou durante o período da Idade Média, e torna-se oposto à doutrina posterior, o antropocentrismo bem como ao humanismo renascentista, cujo foco está sobre o homem como o centro mundo. Destarte, o teocentrismo esteve focado sobretudo na valorização do pensamento sagrado de forma que o prazer era visto como pecado. Assim, o desejo divino sobrepõe-se à vontade e racionalidade humana. Sem espanto, o Teocentrismo Medieval representou a relação entre o divino (religião) e os cidadãos do medievo, ou seja, a existência de uma única verdade, inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia. Foi dessa maneira, refutando ideias científicas e empiristas, que a religião e consequentemente Deus, permaneceu durante séculos como a figura central e salvadora, presente na mentalidade da população, bem como nos aspectos sociais, políticas, culturais e econômicos da época. Vale ressaltar que durante o período da Idade Média (século V ao século XV), a Igreja detinha grande poder ao lado da Nobreza, as quais acreditavam numa única verdade e controlavam a vida da população seja no âmbito cultural ou político. Diante disso, os indivíduos que criticassem ou questionassem os dogmas da Igreja, eram tratados como “filhos do diabo”, merecedores de castigos ou até mesmo a morte. Diante dessa mentalidade teocêntrica que vigorou durante séculos na Europa, a Igreja e a religião detinham grande poder e assim, eram centrais na vida do povo. No entanto, muitas pesquisas cientificas desenvolvidas na época, tornaram-se fundamentais para a mudança da mentalidade europeia, donde a mais conhecida é o Heliocentrismo de Copérnico (1473-1543). O modelo matemático do astrônomo e matemático polonês Copérnico, apresentado em 1514, desenvolvia uma nova teoria cuja Terra girava em torno do sol, que por sua vez estaria no centro do sistema solar, ao mesmo tempo que refutava o modelo geocêntrico defendido pela Igreja, levando assim a muitas inquietações do ser. Além do heliocentrismo, a crise da Idade Média e da Igreja já despontava e com ela se aproximava uma nova mentalidade e ânsia da população europeia. Um dos grandes exemplos de incertezas e ao mesmo tempo de ambição humana, foi o período dasgrandes navegações, cujos países ibéricos foram os precursores das conquistas realizadas além mar, desenvolvendo o comércio, bem como o surgimento da burguesia. Note que junto à isso, a Reforma Protestante (1517) de Martinho Lutero, refutava e questionava diversas ações desenvolvidas pela Igreja como a venda de indulgências e a autoridade eclesiástica. Assim, aos poucos a população foi tomando consciência e se abrindo mais para as questões relativas ao ser, o que levou ao fortalecimento do renascimento cultural (século XIV a XVI), e consequentemente do humanismo italiano (século XV e XVI), deixando de lado a visão teocêntrica de mundo. Para os humanistas, essa visão unilateral desenvolvida na Idade Média e ressaltada pelo teocentrismo, esteve relacionada a um grande período do retrocesso artístico, intelectual e filosófico, denominado por eles de “Idade das Trevas”, em referência ao obscurantismo do do medievo. GEOCENTRISMO Um dos temas que proporcionou muitos debates ao longo da história foi a dinâmica do Sistema Solar. O interesse em compreender os movimentos dos corpos celestes gerou muitas observações, pesquisas e teorias religiosas e científicas sobre esse fenômeno. Por volta de 350 a.C., na Grécia antiga, Aristóteles desenvolveu uma teoria que defendia a ideia de que a Terra era o centro do universo e nove esferas ficavam girando em torno dela. Posteriormente, no século II d.C., o matemático e astrônomo Claudio Ptolomeu reforçou esse pensamento e elaborou a teoria Geocêntrica, também chamada de sistema ptolomaico. Segundo essa teoria, a Terra está no centro do Sistema Solar, e os demais astros orbitam ao redor dela ao longo de um círculo (epiciclo). Conforme o geocentrismo, cada astro se movimenta com velocidade distinta, cuja ordem de proximidade da Terra é a seguinte: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Esse modelo de Sistema Solar foi defendido pela Igreja Católica durante mais de 1.400 anos, visto que apresentava aspectos de passagens bíblicas. A teoria heliocêntrica já vinha sendo desenvolvida durante o século III a.C., através de observações do astrônomo grego Aristarco de Samos. No entanto, somente no século XVI d.C. foi que Nicolau Copérnico sistematizou uma teoria que contrapunha o modelo geocêntrico, sendo denominado heliocentrismo. Nicolau Copérnico (1473 – 1543), considerado o fundador da astronomia moderna, nasceu na Polônia e desenvolveu conhecimentos nos campos da matemática, geografia e astronomia. Sua teoria heliocêntrica afirmava que a Terra e os demais planetas se moviam ao redor de um ponto vizinho ao Sol, sendo, este, o verdadeiro centro do Sistema Solar. A alternância entre dias e noites é uma consequência do movimento que a Terra realiza sobre seu próprio eixo, denominado movimento de rotação. Rapidamente, a Igreja Católica se opôs à teoria heliocêntrica, e Copérnico só autorizou a divulgação de seus dados matemáticos que comprovavam a teoria após sua morte, pois temia ser condenado por heresia pela Igreja Católica. Posteriormente, Galileu Galilei, durante o século XVII, reforçou a teoria heliocêntrica através de observações com lunetas holandesas. Como consequência de seu “atrevimento”, Galileu foi julgado pelo tribunal da Inquisição, tendo como opção negar sua teoria ou ser queimado na fogueira da Inquisição. Sem muitas alternativas, sua teoria foi negada. Porém, o heliocentrismo foi sendo aperfeiçoado por cientistas e astrônomos como Michael Maestlin, Johannes Kepler e Isaac Newton, e, atualmente, é a teoria mais aceita pela comunidade científica. A Igreja Católica, por sua vez, só aceitou esse modelo de Sistema Solar em 1922. HELIOCENTRISMO Heliocentrismo é o nome do modelo estrutural cosmológico que coloca o Sol no centro do universo. A palavra vem da junção dos vocábulos gregos Helios – Sol e Kentron – centro. Opõe-se ao geocentrismo, que colocava a Terra (geo) no centro do universo. Também opõe-se ao Teocentrismo, em que Deus é visto como o centro do Universo. Pela teoria do heliocentrismo, o Sol permanece estacionado no centro do universo orbitado por planetas e demais corpos celestes. Embora tenha sido levantado por diversos pesquisadores, foi o polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) quem apresentou em 1530, o modelo matemático que mais se aproxima do heliocentrismo após cerca de 30 anos de observações. O modelo de Copérnico colocava o Sol no centro do Universo. Os principais conceitos de Copérnico apontavam a Terra girando em torno de si própria como um dos seis planetas conhecidos orbitando o Sol. A ordem dos planetas era a seguinte: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno (somente mais tarde foram descobertos Urano, Netuno e Plutão). O estudioso ainda determinou as distâncias dos planetas ao Sol. Copérnico também deduziu que a velocidade orbital dos planetas é proporcional à distância do Sul. Os estudos de Copérnico foram considerados uma subversão e refutados pela Igreja Católica, que colocaram sua obra - “Revolutionibus Orbium Coelestium – Das Revolução dos Corpos Celestes” – na lista dos livros proibidos pela Santa Inquisição. Mais tarde, Giordano Bruno (1548-1600) reforça a tese de Copérnico, de que a Terra não é o centro do universo, que tem movimentos próprios e acrescenta a ideia de que o universo não é finito, mas infinito. As teorias de Bruno não foram bem recebidas pela Igreja Católica, que por meio da Santa Inquisição o condenou à morte na fogueira. Ao mudar a posição da Terra no cosmos, o heliocentrismo desafiava o pensamento bíblico de que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus e, estando na Terra, também está no centro do universo. A teoria que tinha o homem como centro do Universo também foi adotada pela Igreja. Por este motivo, um dos principais estudiosos da astronomia, Galileu Galilei (1564 – 1642), apesar de comprovar a teoria do heliocentrismo, negou suas descobertas por ser ameaçado de morte pela Santa Inquisição. Galileu Galilei passou os únicos anos de vida em uma prisão domiciliar. Contemporâneo de Galileu, o alemão Johannes Kepler também passa a observar o movimento dos planetas e conclui que a organização cosmológica só pode ser explicada pela Física. Kepler aperfeiçoou o modelo de Copérnico, considerado confuso, e passa a observar e definir a órbita de Marte. O trabalho embasou o modelo de três leis da Física que contribuíram para os estudos do inglês Isaac Newton (1643 – 1727). Newton elaborou a Teoria da Gravitação Universal. Somente em 1835, o Papa Gregório XVI reconheceu o modelo do heliocentrismo. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome: ................................................................................................................................ Data:..........⁄..........⁄.................. Série: .......... Turma: ......... Turno: ………...………. • De acordo com o tema: Nova Ciência e o Racionalismo, do Cap. !4 do Livro Fundamentos de Filosofia, LOCALIZAR as Teorias Científicas: Antropocentrismo, Teocentrismo, Geocentrismo e Heliocentrismo. • Mostrar o conceito de cada uma das teorias. • Indicar os principais representantes de cada uma delas. • Apontar quais os efeitos de cada uma das teorias para o mundo de hoje. • Na sua opinião, qual é a teoria mais correta ou apropriada para os dias de hoje? Justifique sua resposta.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS: COMO SURGIU E O QUE PROPÕE?

Documento criado em 1948 pelas Nações Unidas é considerado marco histórico que inspirou constituições de diversos Estados democráticos pelo mundo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento marco na história mundial que estabeleceu, pela primeira vez, normas comuns de proteção aos direitos da pessoa humana, a serem seguidas por todos os povos e todas as nações. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais, a DUDH foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Paris, no dia 10 de dezembro de 1948, por meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia. Desde a sua criação, o documento foi traduzido em mais de 500 idiomas e inspirou as constituições de muitos Estados democráticos, como o próprio Brasil, que junto a outros países membros da ONU assinou e ratificou a DUDH na data de sua proclamação, em 1948. De acordo com a sede da ONU no Brasil, uma série de tratados internacionais e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram o corpo do direito internacional sobre os direitos humanos. Entre eles, a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (1979), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006). Clique aqui para acessar a DUDH na íntegra ou veja abaixo os artigos que constam na Declaração: “A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição. Artigo 1° Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. Artigo 3° Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4° Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. Artigo 5° Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Artigo 6° Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica. Artigo 7° Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo 8° Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei. Artigo 9° Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo 10° Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida. Artigo 11° 1.Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. 2.Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido. Artigo 12° Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei. Artigo 13° 1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. 2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país. Artigo 14° 1.Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países. 2.Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Artigo 15° 1.Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. 2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo 16° 1.A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais. 2.O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos. 3.A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado. Artigo 17° 1.Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade. 2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade. Artigo 18° Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos. Artigo 19° Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão. Artigo 20° 1.Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. 2.Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo 21° 1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2.Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país. 3.A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. Artigo 22° Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país. Artigo 23° 1.Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego. 2.Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual. 3.Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social. 4.Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses. Artigo 24° Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e das férias periódicas pagas. Artigo 25° 1.Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. 2.A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social. Artigo 26° 1.Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos. Artigo 27° 1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam. 2.Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria. Artigo 28° Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração. Artigo 29° O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. 2.No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática. 3.Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Artigo 30° Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.”. TRABALHO DE FILOSOFIA Nome: ................................................................................................................................ Data:..........⁄..........⁄.................. Série: .......... Turma: ......... Turno: ………...………. • Leia cuidadosamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos e responda as questões a seguir: 1- Quantos artigos contém a Declaração Universal dos Direitos Humanos? 2- Quando foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e quem a criou? 3- Como a Declaração Universal dos Direitos Humanos é considerada para a história mundial? 4- Qual foi a data e a Resolução que proclamou a DUDH? 5- Em quantos idiomas aproximadamente o documento já foi traduzido? 6- Copie o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 7- Escreva sobre o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 8- Copie o artigo 4º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e escreva sobre ele. 9- O artigo 29 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que: “O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade”. O que você acha dessa afirmação? Explique. 10-COMENTE: “A Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição”.

A COMUNIDADE PRIMITIVA

Os primeiros grupos humanos de que temos notícias foram os bandos. Eram grupos de homens e mulheres que viviam da caça e da coleta de alimentos. Estavam sempre se mudando de um lugar para o outro. Viviam do que encontravam ao seu redor, fornecido pela natureza. Tudo o que era conseguido era repartido entre todos. Não havia desigualdades. No entanto, o ser humano era dominado pelas forças da natureza, pelas chuvas, enchentes, feras selvagens. O homem, nessa época, vivia em completa dependência da natureza. A evolução daí para frente foi importante no sentido de se libertar dessa dependência. A descoberta das ferramentas de trabalho foi o primeiro passo nessa direção. Milhares de anos se passaram e o ser humano foi aprendendo a manejar melhor suas mãos. Aos poucos foi elaborando e descobrindo os instrumentos de trabalho. No começo essas ferramentas eram, a pedra, o toco de lenha, um pedaço de osso. Mais tarde a pedra foi transformada em faca, pá, lança, machado. O ser humano aprendeu a transformar a natureza em benefício próprio, até garantir alimentos para quem precisasse. Com o tempo, alguns bandos cresceram, foram se fixando em certas áreas e se organizando em tribos. Com o desenvolvimento das ferramentas, foram aprendendo a criar os animais e a plantar alimentos necessários. As tribos foram o primeiro tipo de sociedade organizada. O nome dessa sociedade é comunidade primitiva, porque se tratava das primeiras organizações e tudo o que era produzido pertencia a todos. Os bens eram propriedades de todos. Havia sim uma divisão, mas era uma divisão de tarefas, motivada por diferenças de idade e, principalmente de sexo. As mulheres cuidavam da casa, dos filhos, preparavam a comida, fabricavam objetos de cerâmica, etc. os homens se dedicavam à caça e a pesca, cuidavam dos rebanhos e lavravam a terra. Todos tinham a mesma importância na comunidade. A divisão de tarefas não causava desigualdades sociais entre os membros da tribo. Todas as decisões eram tomadas em conjunto. O chefe da tribo era escolhido entre aqueles que tinham melhor capacidade de trabalho e de luta. Era respeitado pela sua coragem, experiência e dedicação. Tinha um papel de líder, de coordenador. Não explorava e nem oprimia as pessoas de sua tribo. Com o tempo, a descoberta de novas técnicas e de novos instrumentos de trabalho possibilitou um grande aumento na produção. Os homens passaram a produzir muito mais do que precisavam para viver, mais do que consumiam. Começou a existir uma sobra, um excedente, que inicialmente era trocado entre outras tribos. Com o surgimento dos excedentes, as tribos foram deixando de ser comunidade de iguais. Passaram a ser sociedades com um pouco de desigualdades. Ocorriam guerras entre as tribos e os prisioneiros capturados eram transformados em escravos. Dentro das tribos a produção coletiva passou a ser controlada por alguns chefes de família. Eles passaram a se apropriar de uma parte da sobra para proveito de sua família. Os escravos que no início eram propriedades coletivas passaram a pertencer a propriedades particulares de alguns chefes de família. Surgiu também a propriedade privada da terra que passou a ser cercada em pedaços. A plantação passou a pertencer aos proprietários. Os animais passaram a ser recolhidos como propriedade particular. Com essas mudanças, a divisão natural do trabalho foi se transformando em desigualdade: os frutos do trabalho masculino foram sendo considerados mais importantes do que o trabalho feminino porque traziam riquezas e valor para a tribo. O trabalho da mulher foi sendo desperdiçado porque aparentemente não tinha valor econômico. Milhares de anos atrás o fim da dominação exercida pela natureza sobre o ser humano ocorreu ao mesmo tempo em que começava a exploração do homem pelo homem. O ser humano passou a exercer uma ampla dominação sobre as forças da natureza. TRABALHO DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS Nome: .......................................................................................................................................... Data: ..../..../...... Série: .... Turma: ... Nº : ... e-mail: ................................. ...................... 1- Leia o texto: A Comunidade Primitiva e responda: a) Como foram chamados os primeiros grupos humanos de que temos notícias? Quem eram eles? Como viviam? b) Tudo o que era conseguido era .............................entre ................... c) Não havia entre eles ...................................................... 2- Comente: “O ser humano era dominado pelas forças da natureza, pelas chuvas, enchentes, feras selvagens”. 3- A Evolução foi importante no sentido de se libertar da dependência. Que tipo de evolução? Que tipo de dependência? 4- Quais foram as primeiras ferramentas de trabalho utilizadas pelo homem naquela época? 5- A pedra foi transformada em quê? 6- O que aconteceu com os bandos com o passar do tempo? 7- O que fizeram com o desenvolvimento das ferramentas? 8- As tribos foram os primeiros tipos de sociedade organizada. Como era o nome dessa sociedade? Porque recebeu este nome? Como eram os bens dessa sociedade? 9- Havia, sim uma divisão entre eles? Como era essa divisão? 10- Quais eram as tarefas das mulheres? 11- Quais eram as tarefas dos homens? 12- Como eram tomadas as decisões? 13- Como era escolhido o chefe da tribo? 14- Como o chefe da tribo era respeitado? 15- Qual era o papel do chefe da tribo? 16- Como era o comportamento do chefe da tribo? 17- Com o tempo, o que aconteceu com a descoberta de novas técnicas e novos instrumentos de trabalho? 18- O que aconteceu quando os homens passaram a produzir mais do que precisava para a sua sobrevivência? 19- Quando é que as tribos foram deixando de ser comunidade de iguais? O que aconteceu? 20- Comente sobre as guerra entre as tribos. 21- O que aconteceu quando a produção coletiva passou a ser controlada por alguns chefes de família? O que aconteceu com os escravos? 22- Qual é a diferença entre propriedade pública e propriedade privada? 23- Vem desde o período da comunidade primitiva a idéia de que o trabalho masculino é mais importante do que o trabalho feminino porque não traziam riquezas e valor para a tribo. O que você acha dessa idéia? Comente. 24- Nos dia atuais, como você vê a participação da mulher na sociedade? 25- Comente: O ser humano passou a exercer uma ampla dominação sobre as forças da natureza e começava a exploração do homem pelo homem.