quinta-feira, 7 de março de 2024

PROGRAMA DE MATÉRIA DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS De acordo com a Etimologia (origem da palavra) a palavra humanidade deriva do latim "humanitas,atis", com o sentido de condição da essência do ser humano. HUMANIDADE vem de HUMANUS, “relativo ao homem”, derivado de HOMO, “homem”. Ciências Sociais é o Conjunto de disciplinas que estudam o Homem através das suas relações com a sociedade e com a cultura. As questões relacionadas com o Homem em sociedade começaram a merecer a atenção dos estudiosos e a revestir um caráter científico a partir do século XVIII. As ciências Sociais abrangem três diferentes áreas de estudo: Antropologia, Sociologia e Ciências políticas. Antropologia – Está ligada às dimensões do ser humano no que diz respeito às origens, desenvolvimento e suas formas de organização cultural. Sociologia – Está ligada ao acompanhamento dos questionamentos que a sociedade faz, por meio de teorias sociais. Ciências Políticas – Está relacionada ao poder, principalmente às instituições do Estado, suas formas de organização e decisões políticas. De que se ocupam as Ciências Sociais O comportamento humano é muito diversificado. Cada ser humano recebe influencias de seu meio, forma-se de determinada maneira e age no meio social de acordo com sua formação. O ser humano aprende com o meio, mas também pode transformá-lo em sua ação social. Há comportamentos – como andar, respirar, dormir – estritamente individuais, que se originam na pessoa enquanto organismo biológico. São comportamentos estudados pelas ciências físicas e biológicas. Por outro lado, receber salários, fazer greve, participar de eventos, casar-se, educar os filhos são comportamentos sociais , pois se desenvolvem no contexto da sociedade. Ao longo da história a espécie humana organizou sua vida em grupo. As ciências sociais pesquisam e estudam o comportamento social humano e suas várias formas de organização. E como ciência voltada para o social tem um amplo corpo de conhecimento. O conhecimento teórico e técnico das ciências sociais é de tal forma amplo que pode ser aplicado tanto para entender um fato social como para elaborar e implantar desde pequenos projetos até estudos de política de governo. O Objeto e Objetivo das Ciências Sociais Pode-se dizer que as ciências sociais são o estudo sistemático do comportamento social do ser humano. Ocupando-se sistematicamente do comportamento social humano, o objeto das ciências sociais é, portanto , o ser humano em suas relações sociais. Tento como objeto de interesse o ser humano em suas relações sociais, o objetivo das ciências sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. Assim, as ciências sociais contribuem para um melhor entendimento da sociedade em que vivemos e dos fatos e processos sociais que nos rodeiam. A investigação científica é o método usado pelas ciências sociais em suas atividades. A DIVISÃO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Com o avanço do conhecimento, tornou-se necessária a divisão das ciências sociais em diversas disciplinas, para facilitar a sistematização dos estudos e das pesquisas. Essa divisão atualmente abrange várias disciplinas, como a sociologia, a economia, a antropologia, política, etc. HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Durante milhares de anos os seres humanos vem refletindo sobre os grupos e as sociedades em que vivem, procurando compreendê-los. MITOLOGIA – As primeiras tentativas de compreender o fenômeno das forças sociais baseavam-se na imaginação, na fantasia, na especulação. Recorria-se, por exemplo, a deuses e heróis para explicar certos fenômenos sociais, Na mitologia grega, Zeus, senhor dos seres humanos e dos deuses, era o deus justiceiro e bom, que mantinha a ordem no mundo moral e físico. Hera, esposa de Zeus, protegia o casamento e era a divindade que tutelava a vida familiar. RELIGIÃO E FILOSOFIA – Na Antiguidade e durante a Idade Média, até o início da Idade Moderna, as tentativas de explicar a sociedade foram bastante influenciadas pela filosofia e pela região, que propunham normas para a sociedade, procurando melhorá-la de acordo com seus princípios. Essas primeiras tentativas de estudo sistemático sobre a sociedade humana começaram com os filósofos gregos Platão(427-347 a. C), em seu livro A República, e Aristóteles (384-322 a. C.), com a obra Política. É de Aristóteles a afirmação de que “o homem nasce para viver em sociedade”. Na Idade Média, como acontecia na antiguidade, os filósofos continuaram a propor normas para que o ser humano vivesse numa sociedade ideal. Santo Agostinho, por exemplo, em sua obra a Cidade de Deus, afirmava que nas cidades reinava o pecado. Propunha normas para que não houvesse pecado. Obras como essa descreviam a sociedade humana de uma perspectiva religiosa muito acentuada. REFLEXÃO MAIS REALISTA – Com o Renascimento, começaram a surgir pensadores que abordavam os fenômenos sociais de maneira mais realista. Escreveram sobre a sociedade de sua época: Maquiavel, em o Príncipe; Tomas Morus, em Utopia; Tomaso Campanella, em Cidade do Sol; Francis Bacon, em Nova Atlântida. Mais tarde, outras obras importantes, frutos da reflexão sobre a sociedade deram grande contribuição ao desenvolvimento das ciências sociais. Entre eles se destacam O Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã, e o Leviatã, de Thomas Hobbes. A NOVA CIÊNCIA No século XVIII, um avanço importante para a análise mais realista para a sociedade foi a contribuição de Giambattista Vico, com sua obra A Nova Ciência. Nela, Vico afirma que a sociedade se subordina a leis definidas, que podem ser descobertas pelo estudo e pela observação objetiva. Sua formulação “O mundo social é, com toda certeza , obra do homem” foi um conceito totalmente revolucionário para a época. Alguns anos depois, Jean Jacques Rousseau reconheceu a influência decisiva da sociedade sobre o indivíduo. Em seu livro O Contrato Social, Rousseau afirma que “o homem nasce puro, a sociedade o corrompe”. Hoje sabe-se que o indivíduo também influencia o meio e que não nascemos tão puros assim, considerando-se a teoria dos instintos, de Sigmund Freud. Foi no século XIX – com Algusto Comte, Herbert Spencer, Gabriel Tarde e, principalmente, Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx – que a investigação dos fenômenos sociais ganhou um caráter verdadeiramente científico.

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