segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A FILOSOFIA DE PLATÃO
Platão nasceu em Atenas, em 428 a.C. seu nome verdadeiro era Aristocles. Platão é um apelido que derivou de seu vigor físico, da extensão de sua testa larga. Em grego, platos significa amplitude, largueza ou extensão.
Discípulo de Crátilo, posteriormente foi discípulo de Sócrates. Freqüentou a escola de Sócrates para melhor se preparar para a vida através da filosofia. Entretanto, os acontecimentos orientaram sua vida em outra direção. Desde cedo ele viu na vida política o seu próprio ideal: nascimento, inteligência, aptidões pessoais, tudo o levava para essa direção.
Com a morte de Sócrates, seu desgosto com a política alcançou o máximo de sua expressão e ele se convenceu de que melhor seria se afastar da vida política.
Depois de inúmeras viagens, em 360 a.C. Platão retornou a Atenas e fundou sua academia.
Sua autobiografia revela sua proximidade com os pitagóricos, tanto que em sua academia lia-se uma inscrição que dizia: “aqui não entra quem não souber matemática”.
Sua filosofia se caracteriza na descoberta do supra-sensível. Para Platão só podemos chegar ao conhecimento das coisas através de recordações de coisas que já aconteceram. Nosso conhecimento é apenas uma recordação porque nossa alma já habitou o mundo das idéias, no qual contemplou as coisas em si. As coisas foram esquecidas e vão sendo relembradas gradualmente na medida que vão tendo contato com as coisas materiais.
Para Platão o conhecimento acontece através de 4 graus. Dois estão no mundo sensível e dois estão no mundo inteligível:
1- Eikasia – apreensão de imagens.
2- Pistis – percepção das coisas sensíveis.
3- Dianóia – conhecimento das entidades matemáticas.
4- Noésis – conhecimento da idéia pura.
Existe um ponto fundamental de cuja formaulação dependem por inteiro a nova disposição de todos os problemas e o novo clima da filosofia.
Platão empreendeu aquilo que ele mesmo denominou de a “segunda navegação”. Na antiga linguagem dos homens do mar, segunda navegação se dizia daquela que se realizava quando, cessando o vento e não funcionando mais as velas, se recorria aos remos. Na linguagem platônica, a primeira navegação simbolizava o percurso da filosofia realizado sob o impulso do vento da filosofia naturalista.
Platão foi o fundador da metafísica ocidental. Com ele a filosofia atingiu uma de suas expressões mais elevadas, a ponto de Montaigne afirmar: “Queiram agitar e sacudir Platão, cada qual, orgulhando de se apossar dele, coloca-o do lado que quiser”.



Trabalho - Texto: O Mito da Caverna

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