quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O ESCRAVISMO
Com o surgimento do trabalho escravo e da propriedade privada o mundo passou por grandes transformações. A desigualdade se consolidou e os seres humanos se dividiram em duas classes sociais: de um lado estavam os senhores, donos dos escravos, das terras, das ferramentas de trabalho e de todos os bens materiais que eram produzidos. Do outro lado estavam os escravos. Não possuíam nada, não podiam vender nem sua força de trabalho e nem empregá-la em benefício próprio. Recebiam apenas a comida necessária para continuarem sobrevivendo e produzindo para os senhores.
Como os escravos não podiam ficar com nada do que produziam, logicamente não sentiam o menor interesse e vontade de trabalhar. Para manter os escravos produzindo era preciso exercer a violência direta sobre eles.
Para governar a sociedade e manter sob dominação aquela quantidade enorme de escravos, evitar fugas e reprimir as revoltas, foi se organizando um sistema de poder controlado pelos senhores, baseado em autoridades, leis e tributos e garantido pela força das armas. A esse sistema, em seu conjunto, deu-se o nome de Estado.
O trabalho escravo permitiu a formação de grandes impérios. Existem, ainda hoje, grandes obras que foram construídas através do trabalho escravo: as pirâmides dos faraós, no Egito; os templos e palácios da Grécia; os teatros e arquedutos de Roma.
Os escravos executavam a quase totalidade dos trabalhos braçais. Havia também uma certa quantidade de trabalhadores livres, como os artesãos, os comerciantes e funcionários do Estado. Os senhores, donos dos escravos se ocupavam apenas com atividades pensantes, com as artes e o divertimento.
Veio dessa época a idéia que existe até hoje, de que o trabalho manual é uma coisa sem valor e que o importante são as atividades intelectuais.
Foi no período do escravismo é que se desenvolveram as técnicas de cultivo da terra, com o aperfeiçoamento de ferramentas de metal como o arado, a foice, a enxada, etc.
O escravismo, que em seu início funcionou como um tipo de organização que impulsionou a produção, nos primeiros séculos da era cristã deixou de ser, transformando-se em uma espécie de freio que impedia novos progressos da humanidade.
Quais foram as causas disso:
O enorme contingente de escravos exigia manutenção de exércitos cada vez maiores que nada produziam e eram sustentados pelo trabalho escravo;
As guerras que eram travadas para ampliar o poder econômico dos impérios e dos grandes proprietários acabavam destruindo boa parte das forças produtivas.
Lavouras eram queimadas, as cidades saqueadas, estradas interrompidas, além de milhares de mortes de animais e de seres humanos.
Os escravos não ganhavam nada no seu trabalho duro e muitas vezes sabotavam as plantações e destruíam as ferramentas. Aconteciam também rebeliões dos escravos, como famosa revolta de Spartacos.
Com isso, muitos senhores de escravos começaram a diminuir o grau de opressão, para manter o nível de crescimento da produção.

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